A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS JOGOS PEDAGÓGICOS NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Por SIMONE MIYUKI SAKAMOTO | 05/07/2024 | Educação

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS JOGOS PEDAGÓGICOS NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

 

SIMONE MIYUKI SAKAMOTO

 

RESUMO – A Educação Especial valoriza a inclusão, buscando a integração dos alunos com necessidades especiais em escolas regulares. Esse modelo favorece a interação social, a diversidade e o respeito às diferenças, promovendo um ambiente de aprendizagem enriquecedor para todos os estudantes. O uso de jogos pedagógicos na inclusão de alunos com deficiência é uma prática educacional que traz benefícios significativos, onde os jogos pedagógicos oferecem uma abordagem lúdica e interativa para o ensino, estimulando o desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos alunos, promovendo a motivação para a aprendizagem, a interação entre os estudantes e a adaptação às necessidades individuais de cada aluno com necessidades especiais. Para tanto, a pesquisa foi pautada em uma revisão bibliográfica, com o objetivo de trazer o tema aos conhecimentos de forma mais clara.

 

Palavras-chave: Educação Especial. Inclusão. Alunos. Aprendizagem. Jogos Pedagógicos.

 

 

INTRODUÇÃO

 

A inclusão é um princípio essencial que busca garantir igualdade de oportunidades e plena participação de todas as pessoas na sociedade, independentemente de suas características, habilidades ou diferenças. Na área da educação, a inclusão escolar é uma abordagem que visa proporcionar a todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência, dificuldades de aprendizagem ou outras necessidades especiais, o direito de receber uma educação de qualidade em ambientes educacionais regulares (MANTOAN, 2006).

A inclusão escolar vai além de simplesmente colocar os alunos em uma sala de aula comum, trata-se de criar um ambiente educacional adaptado e acolhedor, no qual todos os alunos possam participar ativamente, se

1

 

12

 

desenvolver integralmente e alcançar seu potencial máximo. A inclusão reconhece que cada aluno é único e valoriza a diversidade como um recurso enriquecedor para o aprendizado e o crescimento de todos.

Segundo Mantoan (2006), a inclusão de alunos com deficiência nas escolas é uma questão fundamental para promover uma educação equitativa e acessível a todos. Nesse contexto, o uso de jogos pedagógicos tem se mostrado uma ferramenta eficaz e enriquecedora para a inclusão desses alunos, proporcionando oportunidades de aprendizagem significativas e motivadoras.

Os jogos pedagógicos são recursos educacionais que utilizam elementos lúdicos e interativos para promover o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais. Eles podem ser adaptados de acordo com as necessidades individuais de cada aluno, oferecendo um ambiente de aprendizado inclusivo, onde todos os estudantes têm a chance de participar ativamente (AMARAL, 2018).

No caso dos alunos com deficiência, os jogos pedagógicos desempenham um papel importante na superação de barreiras e na promoção de uma educação acessível, podendo ser utilizados para auxiliar no desenvolvimento da linguagem, da coordenação motora, do raciocínio lógico, entre outras habilidades. Além disso, os jogos oferecem um ambiente seguro e acolhedor, no qual os alunos podem experimentar, errar, aprender e se engajar de forma mais autônoma.

Através dos jogos pedagógicos, os alunos com deficiência podem se envolver em atividades de aprendizagem de maneira mais significativa, estimulante e prazerosa. Eles proporcionam a oportunidade de vivenciar situações desafiadoras e motivadoras, promovendo o desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas, pensamento crítico e criatividade.

De acordo com Almeida (1999), além disso, os jogos pedagógicos também contribuem para a inclusão social, uma vez que proporcionam interações entre os alunos, promovendo o trabalho em equipe, a cooperação e a comunicação. Eles ajudam a criar um ambiente inclusivo, no qual as diferenças são valorizadas e respeitadas.

2

 

12

 

Portanto, o uso de jogos pedagógicos na inclusão de alunos com deficiência é uma abordagem pedagógica que traz benefícios significativos. Essa prática colabora para que esses alunos tenham acesso a uma educação de qualidade, onde promovem o desenvolvimento de suas potencialidades e se sintam parte integrante da comunidade escolar.

Assim, o objetivo principal da pesquisa é trazer aos conhecimentos a importância da inclusão dos alunos com necessidades especiais, dentro do contexto da Educação Especial, valorizando o uso de jogos pedagógicos, como ferramenta importante no auxílio a aprendizagem desses alunos com alguma deficiência, reforçando a importância da inclusão dos mesmos no ambiente escolar e social. Para tanto, a composição do trabalho foi realizada através de leituras e análises de materiais bibliográficos de modo a elucidar o tema.

 

1 CONTEXTUALIZANDO A INCLUSÃO

 

No Brasil, a discussão e implementação da inclusão têm sido temas centrais no contexto educacional e social nas últimas décadas. O movimento pela inclusão ganhou força a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, que estabeleceu o princípio da igualdade e o direito de todos à educação, onde desde então, diversas legislações e políticas públicas foram criadas com o objetivo de garantir a inclusão de todos os alunos no sistema educacional (ARANHA, 2017).

Um marco importante nesse processo foi a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996), que estabeleceu as bases da educação inclusiva no país. Essa lei defende a educação especial como uma modalidade de ensino que deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, buscando eliminar a segregação e promover a inclusão dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Assim,

O paradigma da Educação Especial baseada na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) implica o reconhecimento da diversidade como princípio fundamental, buscando a construção de uma sociedade inclusiva e o respeito à singularidade de cada indivíduo (BRASIL, 1996).

3

 

12

 

 

Posteriormente, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada pelo Brasil em 2008, reforçou o compromisso com a inclusão, estabelecendo que as pessoas com deficiência têm o direito de serem incluídas em todos os aspectos da vida em sociedade, incluindo a educação.

No entanto, apesar dos avanços, a realidade da inclusão no Brasil ainda apresenta desafios significativos, onde a infraestrutura das escolas nem sempre está adequada para receber alunos com deficiência, faltam recursos e profissionais especializados, e ainda persistem preconceitos e estigmas que dificultam a plena inclusão dos alunos.

Nesse sentido, o Plano Nacional de Educação (PNE), estabelecido pela Lei nº 13.005/2014, estabeleceu metas e estratégias para promover a inclusão educacional. Entre as metas, está a universalização do atendimento escolar para a população de 4 a 17 anos, com prioridade para as pessoas com deficiência, transtornos do espectro autista e altas habilidades ou superdotação (BRASIL, 1996).

Apesar dos desafios, é importante reconhecer os avanços conquistados no Brasil em relação à inclusão, de modo que a cada vez mais, a inclusão é vista como um direito fundamental e como um processo que requer o engajamento de toda a sociedade. A conscientização sobre a importância da diversidade e da valorização das diferenças tem aumentado, impulsionando a busca por práticas inclusivas mais efetivas e a melhoria contínua da educação para todos os alunos, independentemente de suas características e necessidades.

Segundo Aranha (2017), embora o Brasil tenha avançado na legislação e na criação de políticas voltadas para a inclusão, a implementação dessas medidas ainda enfrenta desafios significativos, sendo que um dos principais desafios é a falta de infraestrutura adequada nas escolas para atender às necessidades dos alunos com deficiência. Muitas escolas ainda não possuem rampas de acesso, banheiros adaptados, recursos de tecnologia assistiva e outras adequações que são fundamentais para garantir a plena inclusão dos estudantes.

4

 

12

 

Outro obstáculo de acordo com o autor acima é a carência de profissionais especializados em educação inclusiva, uma vez que a formação adequada dos professores é essencial para que eles possam compreender as necessidades individuais dos alunos e adotar estratégias pedagógicas adequadas. No entanto, a formação docente na área de inclusão ainda é limitada em muitas instituições de ensino, o que dificulta a implementação efetiva das práticas inclusivas.

Além disso, a falta de recursos financeiros e materiais também é um problema enfrentado pelas escolas, pois muitas vezes não há recursos suficientes para adquirir materiais adaptados, equipamentos e recursos de acessibilidade, o que compromete a inclusão plena dos alunos com deficiência.

Outro desafio está na superação de estigmas e preconceitos em relação às pessoas com deficiência, ainda persiste uma cultura que tende a excluir e estigmatizar esses indivíduos, o que reflete nas atitudes e comportamentos dentro das escolas. A inclusão não se trata apenas de colocar os alunos com deficiência em salas de aula regulares, mas também de criar uma cultura inclusiva que valorize a diversidade e promova o respeito mútuo entre todos os estudantes (ARANHA, 2017).

Apesar desses desafios, é importante ressaltar que o Brasil tem obtido progressos significativos na inclusão educacional. A conscientização sobre a importância da inclusão e a garantia dos direitos das pessoas com deficiência têm se ampliado, impulsionando iniciativas e programas que visam promover uma educação inclusiva e de qualidade.

Além disso, existem experiências positivas em todo o país, com escolas que têm adotado práticas inclusivas efetivas, promovendo a adaptação curricular, oferecendo suportes específicos e valorizando a participação de todos os alunos. Essas experiências bem-sucedidas servem como inspiração e exemplo para outras instituições de ensino.

De acordo com Aranha (2017), a inclusão no Brasil é um processo em constante evolução, que requer esforços contínuos de todos os envolvidos na área da educação e da sociedade em geral. A conscientização, o investimento em infraestrutura e recursos, a formação adequada dos profissionais e a luta

5

 

12

 

contra o preconceito são pilares fundamentais para promover uma educação inclusiva e garantir a igualdade de oportunidades para todos os estudantes.

Entretanto, a inclusão escolar requer mudanças nas práticas pedagógicas, nos currículos e na organização das escolas, a fim de atender às necessidades individuais de cada aluno. Isso implica em fornecer suportes e adaptações razoáveis, promover a colaboração entre professores e profissionais da educação, envolver os pais e a comunidade, e garantir um ambiente seguro, respeitoso e livre de discriminação (ARANHA, 2017).

Logo, a inclusão escolar não apenas beneficia os alunos com necessidades especiais, mas também beneficia toda a comunidade escolar, promovendo uma cultura de respeito, empatia e valorização das diferenças, preparando os alunos para viverem em uma sociedade diversa e inclusiva. Além disso, a inclusão contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas em todos os alunos, favorecendo a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

 

2 JOGOS PEDAGÓGICOS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA

 

O uso de jogos pedagógicos nas escolas tem se tornado uma prática cada vez mais difundida e reconhecida como uma forma eficaz de promover a aprendizagem significativa e engajadora. Os jogos pedagógicos são recursos educacionais que utilizam elementos lúdicos, interativos e desafiadores para estimular o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais dos estudantes (LUCKESI, 2002).

Segundo Luckesi, (2002), ao adotar jogos pedagógicos como parte do processo de ensino e aprendizagem, as escolas proporcionam uma experiência de aprendizado mais dinâmica e motivadora para os alunos. Os jogos têm a capacidade de despertar o interesse, o envolvimento ativo e a curiosidade, o que facilita a absorção e a retenção dos conhecimentos.

Além disso, os jogos pedagógicos são capazes de promover a aprendizagem de maneira contextualizada e prática, permitindo que os alunos

6

 

12

 

apliquem conceitos e habilidades em situações reais ou simuladas. Eles fornecem um ambiente seguro para os estudantes experimentarem, errarem e aprenderem com suas próprias ações, incentivando o pensamento crítico, a resolução de problemas e a tomada de decisões.

Os jogos pedagógicos também são altamente adaptáveis e podem ser personalizados de acordo com as necessidades e habilidades individuais dos alunos. É possível ajustar a dificuldade, os desafios e as metas dos jogos para atender aos diferentes níveis de aprendizado dos estudantes, promovendo uma educação mais inclusiva e diferenciada (AMARAL, 2018).

Outro aspecto importante do uso de jogos pedagógicos é a promoção da colaboração e interação entre os alunos, onde muitos jogos são projetados para serem jogados em grupo, o que estimula o trabalho em equipe, a comunicação, a negociação e a cooperação entre os estudantes. Essas interações sociais favorecem o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como a empatia, a resolução de conflitos e o respeito às diferenças.

Além disso, segundo Almeida (1999), com o avanço da tecnologia, os jogos pedagógicos estão cada vez mais presentes em formatos digitais e aplicativos móveis, o que amplia ainda mais as possibilidades de acesso e uso desses recursos. Os jogos digitais oferecem recursos adicionais, como feedback imediato, acompanhamento do progresso do aluno e personalização ainda maior das atividades.

No entanto, é importante destacar que o uso de jogos pedagógicos não substitui o papel do professor, pois o educador desempenha um papel fundamental na seleção, mediação e reflexão sobre os jogos utilizados, garantindo que eles estejam alinhados aos objetivos de aprendizagem e promovam uma abordagem pedagógica coerente (AMARAL, 2018).

Uma das principais vantagens dos jogos pedagógicos é a capacidade de tornar a aprendizagem mais envolvente e divertida, uma vez que ao introduzir elementos lúdicos e desafiadores, onde segundo Almeida (1999), os jogos capturam o interesse dos alunos de uma forma que os métodos tradicionais de ensino muitas vezes não conseguem. Isso ajuda a manter a motivação e o

7

 

12

 

entusiasmo dos estudantes, resultando em um maior engajamento e participação nas atividades educacionais.

Além disso, os jogos pedagógicos podem ser utilizados para abordar diferentes tipos de habilidades e conhecimentos, onde podem ser adaptados para trabalhar conceitos matemáticos, habilidades linguísticas, conhecimentos científicos, questões sociais e muito mais. Dessa forma, os jogos proporcionam uma abordagem multifacetada e abrangente para a aprendizagem, explorando diferentes áreas do conhecimento de maneira interdisciplinar.

Outro aspecto positivo dos jogos pedagógicos é que eles permitem aos alunos aprenderem com a prática, pois se envolvem ativamente em um jogo, os estudantes têm a oportunidade de experimentar, cometer erros e aprender com eles, de forma mais imersiva e contextualizada. Isso facilita a compreensão e a internalização dos conceitos, uma vez que eles são aplicados em situações concretas e relevantes (AMARAL).

Além disso, os jogos pedagógicos oferecem oportunidades para a prática da resolução de problemas, uma vez que muitos jogos apresentam desafios que exigem que os alunos pensem de forma crítica, analisem diferentes opções e tomem decisões estratégicas. Essas habilidades são essenciais para a vida cotidiana e a preparação para o mundo profissional, e os jogos podem proporcionar um ambiente seguro e estimulante para o desenvolvimento dessas competências.

Luckesi (2002), os jogos pedagógicos também têm o potencial de promover a colaboração e a interação entre os alunos. Muitos jogos podem ser jogados em equipe, o que incentiva a comunicação, a cooperação e o trabalho em grupo. Isso fortalece as habilidades sociais e emocionais dos estudantes, como a capacidade de se comunicar de forma eficaz, resolver conflitos, tomar decisões em grupo e valorizar as contribuições dos colegas.

Além disso, os jogos pedagógicos podem ser adaptados para atender às necessidades e habilidades de diferentes alunos. Eles podem ser ajustados em termos de dificuldade, ritmo, suportes e desafios extras, permitindo que cada estudante progrida em seu próprio ritmo e seja desafiado de acordo com suas capacidades individuais. Isso promove uma educação mais inclusiva, na qual

8

 

12

 

todos os alunos têm a oportunidade de participar plenamente e se beneficiar do processo de aprendizagem.

No entanto, é importante destacar que os jogos pedagógicos devem ser usados de forma equilibrada e complementar a outras estratégias de ensino. Eles não devem substituir a instrução direta do professor, mas sim ser integrados de maneira consciente e intencional em um ambiente de aprendiz

Diante do contexto, o uso de jogos pedagógicos nas escolas é uma estratégia que potencializa a aprendizagem dos alunos, oferecendo uma abordagem dinâmica, contextualizada e motivadora. Os jogos pedagógicos estimulam o engajamento, desenvolvem habilidades cognitivas e socioemocionais, promovem a inclusão e oferecem um ambiente propício para a construção de conhecimentos de forma ativa e significativa.

Portanto, os jogos pedagógicos podem desempenhar um papel significativo na aprendizagem de crianças com deficiência, oferecendo uma abordagem inclusiva e adaptada às suas necessidades individuais, de modo a promover muitos auxílios na aprendizagem dessas crianças, como (AMARAL, 2018):

Engajamento e motivação: Os jogos pedagógicos são naturalmente atrativos e envolventes, o que ajuda a capturar a atenção das crianças com deficiência e mantê-las motivadas durante as atividades de aprendizagem. Através da ludicidade e do desafio oferecidos pelos jogos, as crianças se sentem mais motivadas a participar ativamente e explorar os conteúdos educacionais;

Estímulo sensorial: Alguns jogos pedagógicos são projetados para trabalhar com diferentes estímulos sensoriais, como visão, audição e tato. Isso é especialmente benéfico para crianças com deficiência sensorial, pois permite que elas explorem e aprendam de maneiras que se adequem às suas habilidades sensoriais específicas;

Aprendizagem prática e concreta: Os jogos pedagógicos oferecem oportunidades para que as crianças com deficiência experimentem, pratiquem e apliquem conceitos e habilidades de forma prática e concreta. Ao interagir com os jogos, elas podem compreender e assimilar conceitos abstratos de

9

 

12

 

maneira mais tangível, facilitando a internalização e a transferência do conhecimento;

Adaptação às necessidades individuais: Os jogos pedagógicos podem ser adaptados para atender às necessidades específicas de cada criança com deficiência. Eles podem ser ajustados em termos de dificuldade, nível de suporte, velocidade de jogo e outros aspectos, garantindo que a criança esteja desafiada, mas não sobrecarregada. Essa flexibilidade permite que cada criança avance em seu próprio ritmo e sinta-se bem-sucedida em suas conquistas;

Desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras: Os jogos pedagógicos podem ser projetados para trabalhar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como raciocínio lógico, resolução de problemas, memória e atenção. Além disso, muitos jogos envolvem atividades motoras, o que contribui para o desenvolvimento de habilidades motoras finas e grossas das crianças com deficiência;

Inclusão social e interação: Os jogos pedagógicos oferecem oportunidades para a inclusão social e a interação entre crianças com e sem deficiência. Ao participar de jogos em grupo, as crianças com deficiência têm a oportunidade de interagir, colaborar, comunicar-se e compartilhar experiências com seus colegas, promovendo a construção de relacionamentos positivos e o desenvolvimento de habilidades sociais (AMARAL, 2028).

Portanto, é importante ressaltar que o uso de jogos pedagógicos para crianças com deficiência deve ser feito de forma planejada e acompanhado por profissionais capacitados, como educadores e terapeutas. A seleção adequada dos jogos, sua adaptação e a mediação adequada durante as atividades são fundamentais.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A utilização de jogos pedagógicos na aprendizagem de crianças com deficiência se mostra uma abordagem efetiva e benéfica para o desenvolvimento educacional e pessoal desses alunos. Através dos jogos, é

10

 

12

 

possível criar um ambiente de ensino interativo e motivador, proporcionando uma experiência de aprendizagem significativa e prazerosa.

Os jogos pedagógicos permitem que os estudantes com deficiência participem ativamente do processo de aprendizagem, estimulando o engajamento, a tomada de decisões e a resolução de problemas. Além disso, esses jogos podem ser adaptados para atender às necessidades individuais de cada aluno, permitindo o desenvolvimento de habilidades específicas e promovendo o progresso em seu próprio ritmo.

Além dos aspectos cognitivos, o uso de jogos pedagógicos também favorece a interação social, colaboração e trabalho em equipe, contribuindo para o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais das crianças com deficiência. Essa interação com os colegas de classe fortalece a autoconfiança, a autoestima e a autonomia dos alunos, auxiliando-os a enfrentar desafios e a se sentirem mais seguros em suas capacidades.

Ao longo da análise da pesquisa, é fundamental ressaltar que a inclusão de jogos pedagógicos na educação de crianças com deficiência amplia suas oportunidades de aprendizado e cria um ambiente favorável ao crescimento integral. Através dessa abordagem, os alunos têm a chance de explorar seus talentos, desenvolver suas habilidades e alcançar seu máximo potencial.

Portanto, o uso de jogos pedagógicos na aprendizagem de crianças com deficiência é uma prática valiosa que promove a inclusão e o sucesso acadêmico desses estudantes. Ao unir diversão, interação e aprendizado, os jogos pedagógicos oferecem uma maneira eficaz de estimular o interesse pelo conhecimento, tornando a jornada educacional mais significativa, gratificante e enriquecedora para todos os envolvidos.

Diante das análises, fica evidenciado que o uso de jogos pedagógicos na inclusão de alunos com deficiência representa uma abordagem promissora e efetiva para a promoção de uma educação inclusiva e de qualidade. Os jogos pedagógicos oferecem uma variedade de benefícios, incluindo o estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos alunos, a motivação para a aprendizagem, a promoção da interação e colaboração entre os estudantes e a adaptação às necessidades individuais de cada aluno.

11

 

12

 

Ao permitir que os alunos com deficiência participem ativamente do processo de aprendizagem e promover um ambiente de ensino inclusivo, os jogos pedagógicos ajudam a superar barreiras e preconceitos, promovendo a igualdade de oportunidades e o respeito pela diversidade. Além disso, eles possibilitam que os alunos explorem seu potencial, desenvolvam suas habilidades e se tornem agentes ativos de sua própria aprendizagem.

Diante da pesquisa fica claro ser fundamental que os educadores e profissionais da área de educação reconheçam a importância do uso de jogos pedagógicos na inclusão de alunos com deficiência e busquem estratégias adequadas para implementá-los em suas práticas educativas. Isso envolve a seleção de jogos apropriados, adaptação dos jogos para atender às necessidades individuais dos alunos e a criação de um ambiente de apoio e inclusão.

Para concluir, fica evidente que os jogos pedagógicos são ferramentas valiosas que promovem a aprendizagem significativa, o desenvolvimento integral e a inclusão de alunos com deficiência. Ao integrar diversão e aprendizado, eles oferecem oportunidades únicas para que esses alunos se engajem ativamente na construção do conhecimento e alcancem seu potencial máximo.

Portanto, investir no uso de jogos pedagógicos na educação inclusiva é investir em um futuro mais igualitário e capacitador para todos os estudantes, tornando mais promissor o âmbito da Educação Especial e Inclusiva no Brasil.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

 

ALMEIDA, M. E. B., & Valente, J. A. Multimídia e aprendizado: O computador na educação especial. São Paulo: Arte & Ciência, 1999.

 

AMARAL, L. A., & Bueno, J. L. O. O uso de jogos no processo de inclusão escolar de crianças com autismo. Educação em Revista, 34, e188334, 2018.

 

ARANHA, M. S. F. Educação inclusiva no Brasil: A implementação das políticas públicas. Campinas, SP: Alínea, 2017.

 

BORUCHOVITCH, E., & Santos, A. A. A. Contribuições do jogo na aprendizagem escolar. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(1), 153-160, 2010.

12

 

12

 

 

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

 

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: Reelaborando conceitos e recriando a prática. São Paulo: Cortez, 2002.

 

MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2006.