A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE COMO FERRAMENTA NO ENSINO DO JIU JITSU PARA CRIANÇAS
Por Ricardo Boeira da Silva | 28/11/2023 | EducaçãoA IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE COMO FERRAMENTA NO ENSINO DO JIU JITSU PARA CRIANÇAS
BOEIRA, Ricardo da Silva¹
Resumo
O Jiu Jitsu ou ¨arte suave¨ segundo alguns historiadores, nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas, além de um forte viés educacional. Com a expansão do budismo o Jiu Jitsu percorreu o sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão Feudal, onde se desenvolveu e popularizou-se, trazendo em suas raízes a austeridade militar e a veneração do Dojô (local onde se pratica o Jiu Jitsu) como um local sagrado de aprendizagem. Estes fatores acompanham ainda hoje muitas academias e escolas de Jiu Jitsu que impõe o aprendizado tecnicista e autoritário. Vendo na ludicidade, uma ferramenta de ensino que além de ser prazerosa, é essencial para a formação de pessoas críticas e criativas, o presente estudo busca repensar o Jiu Jitsu, utilizando o lúdico como um meio facilitador na aprendizagem deste esporte. Neste trabalho é possível olhar para além do horizonte, para além dos tatames de competição e atletas de alto rendimento, e ver uma nova forma de ensino do Jiu Jitsu. Este, tendo como um dos seus pilares, profissionais com uma boa formação, pode contar com a ludicidade como uma ferramenta nas aulas de Jiu Jitsu, não só agregando e facilitando o ensino, mas também promovendo a inclusão e permanência de seus praticantes.
Palavras-chave: Jiu Jitsu. Ludicidade. Crianças.
- Introdução
O Jiu Jitsu desde sua criação sempre teve um viés educacional forte, oriundo da cultura japonesa, onde apesar de não ter nascido, foi onde se popularizou-se com a expansão do budismo. Alguns professores de Jiu Jitsu ainda acreditam no ensino do Jiu Jitsu de forma “tecnicista”, apenas pela demonstração e repetição de movimentos específicos do Jiu Jitsu tradicional. Além disso primam por uma disciplina rígida, influenciada pela cultura autoritária do Japão feudal, privando assim a liberdade da criança de refletir e criar. Quando se trata de crianças, tão importante quanto o desenvolvimento físico motor, é também o psicossocial e psicológico, onde o lúdico deve estar presente, como fator motivador e de inclusão para que permaneçam em uma atividade como o Jiu Jitsu, que por si só já agrega valores como honestidade, humildade, solidariedade e respeito. Já dizia Grilo (2002, p.96):
O lúdico é um importante fator para o desenvolvimento biopsicossocial da criança. A palavra lúdico se origina do latim ludus que significa brincar ensina que o que caracteriza o lúdico "é a experiência de plenitude que ele possibilita a quem o vivencia em seus atos". A ludicidade como um estado de inteireza, de estar pleno naquilo que faz com prazer pode estar presente em diferentes situações de nossas vidas.
Buscando unir o que há de bom neste esporte com uma metodologia de ensino adequada para crianças, buscamos saber aqui qual a importância da ludicidade como ferramenta no ensino do Jiu Jitsu para crianças?
Justifica-se a escolha desse tema pelo interesse acadêmico em relação a importância deste estudo para todos os profissionais da educação física que atuam como professores de Jiu Jitsu em escolas, clubes e academias. Estes trabalhando diretamente com crianças, mostrando a importância da ludicidade como um método a motivar a continuidade dos pequenos nos treinamentos e tornando mais eficiente a aprendizagem dos movimentos do Jiu Jitsu, facilitando assim o desenvolvimento motor dentro da realidade das crianças. Conforme Mednick (1983, p.21) “Se não há aprendizagem sem o
lúdico, a motivação através da ludicidade parece ser uma boa estratégia no auxílio da aprendizagem”.
Com o presente estudo vamos analisar a importância da ludicidade no ensino do Jiu Jitsu para as crianças, verificando como uma metodologia lúdica pode ser facilitadora no processo educativo nas aulas de Jiu Jitsu. Queremos propor repensar a visão do Jiu Jitsu, para que não seja associado somente a competições, alto rendimento ou a um ensino autoritário visando apenas a imposição de regras.
Baseado em pesquisas bibliográficas, este artigo teve como influência diversos artigos, livros e publicações sobre o assunto envolvido (A importância da ludicidade como ferramenta no ensino do Jiu Jitsu para crianças), listando artigos e livros de diversos anos para obtenção de dados e referências para uma melhor apresentação deste artigo.
- Metodologia
A metodologia utilizada neste artigo foi a pesquisa bibliográfica. Após definir a problematização do ensino tecnicista do Jiu Jitsu pela maioria dos treinadores, e a ausência do lúdico - que é uma poderosa ferramenta já na educação infantil, iniciamos a nossa pesquisa buscando elucidar a causa do ensino austero do Jiu Jitsu, buscando respostas na sua história e trajetória até sua chegada no Brasil. Após concluído a motivação do Jiu Jitsu tecnicista, buscamos demonstrar através de pesquisas a importância do lúdico, principalmente na fase infantil e como isso poderia ser conectado ao ensino do Jiu Jitsu.
Como descritores de pesquisas, os artigos deveriam conter no seu título um dos seguintes possíveis conjuntos de palavras: Jiu Jitsu/Crianças; Jiu Jitsu/Ludicidade; Jiu Jitsu/Infantil, Criança/Ludicidade ou ainda as seguintes palavras isoladas no título: Jogos, Jiu Jitsu, Lúdico, Infantis, Psicologia. Segundo Gil (2008, p.46), “a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais previamente publicados e que apresentam vinculação com o tema abordado”. Ainda, a pesquisa foi realizada através de diversas publicações que abrangem o assunto, sendo então, pesquisa de
fonte secundária, que segundo Gil (2008, p.64) "abrangem toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo".
Com o intuito de reunir as informações necessárias para a pesquisa, foram utilizados os seguintes fatores de inclusão/exclusão: a) Objetivo da publicação: artigos publicados no Brasil que abordem o tema do Jiu Jitsu e a ludicidade; b) Ano de publicação: Artigos publicados entre diversas datas; c) Idioma: artigos publicados no Brasil, em português.
Inicialmente, os artigos foram mapeados seguindo os critérios de inclusão/exclusão, sendo levado em conta tudo o que for pertinente ao Jiu Jitsu e a Ludicidade. Posteriormente, os dados coletados foram analisados de forma descritiva, sendo feito assim uma exploração do tema abordado. Desta forma, foi possível desenvolver um maior estudo sobre a importância da ludicidade como ferramenta no ensino do judô para crianças.
3. Referencial Teórico
3.1 História do Jiu Jitsu
De acordo com (GURGEL, 2002), o jiu-jitsu teve seu princípio associado ao Budismo, onde pessoas religiosas eram responsáveis por sua propagação, mal sabiam eles que desenvolveriam uma grande Arte Marcial, os monges Budistas, considerados homens de grande doutrina que propunham a libertação dos sofrimentos da mente e do corpo, de extrema sabedoria e coração gentil por coisas vivas da natureza. Esses monges realizavam suas peregrinações em longos caminhos às cidades mais próximas e pelo interior da Índia propagando sua religiosidade por onde passavam, no intuito de aumentar o número de pessoas interessadas na sua religião Budista e mostrando também seus conhecimentos do seu modo de viver para algo voltado a uma boa saúde, e mostrando assim seus conhecimentos de medicina em sua época.
Ainda relata o autor exposto a cima que, os monges não faziam o uso de armas por sua rigorosa doutrina Budista, eram frequentemente abordados por ladrões das tribos Mongóis e saqueados constantemente e roubavam tudo o que tinham, com essa frequência de problemas que ocorriam de roubos no caminho até a cidades, incomodados com essas situação começaram a pensa em uma forma de isso acabar.
Segundo (SOUZA E SOUZA, 2005), com os conhecimentos baseados do corpo humano e da física os budistas começaram a surgir ideias como, a de luta como defesa por suas facilidades de conhecer alguns movimentos do corpo como: flexão, torções, mobilização, força, equilíbrio, centro da gravidade e defesa pessoal, e não precisavam fazer o uso de quaisquer tipos de armas, usavam só a técnica da luta que foi desenvolvida para imobilizar os ladrões, usando como legítima defesa os métodos budistas.
De acordo com o autor exposto acima para considerar e comparar sem dúvidas o seu desenvolvimento de sua Arte Marcial mais completa e eficiente onde não agredia, só os dominavam e imobilizavam, com o nome de Jiu-Jitsu que significa “Arte Suave”.
Com tempo começaram a espalhar e expandir pela Ásia surgindo diversos tipos de lutas como o Sumô, totalmente o oposto do jiu-jitsu, onde usa todo o seu peso corporal e força para derrotar os seus oponentes com vários estilos reais de luta consagrado no combate, (SOUZA E SOUZA, 2005).
Para (ROBBE, 2006), o jiu-jitsu do século XXI não só deu uma alavancada como também se enraizou no Brasil pelo grande mestre Matsuyo Maeda estabelecendo uma grande amizade com Gastão Gracie, homem muito importante no meio político ensinar as técnicas do jiu-jitsu japonês e judô que dominava perfeitamente à um dos seus cinco filhos de Gastão Gracie o Carlos Gracie que absorveu todas as técnicas ensinadas, com passar do tempo já começava a ministrar aulas de jiu-jitsu para alguns alunos,
De acordo com os autores exposto a cima, Hélio Gracie como sofria de vertigens e frequentes desmaios na escola em sala de aula, motivos onde levou à retira-lo da escola, tento mais tempo de acompanhar as aulas ministrada de seu irmão Carlos Gracie, após alguns anos Hélio Gracie já sabia repetir todos os movimentos da técnica que Carlos passava para seus alunos.
Carlos Gracie se atrasou para ministrar às aulas para os alunos, em forma de desculpas do atraso de seu irmão Hélio Gracie deu aula em seu lugar, os alunos gostaram tanto que continuaram a fazer aulas só com ele, modificando as técnicas, à metodologia e suas estratégias do jiu-jitsu japonês e judô, aprimorando ainda mais às técnicas de jiu-jitsu favorecendo seu biótipo fraco e franzino e baixa estatura, onde que a técnica possibilita vencer seus oponentes mesmo sento mais fortes e pesados Surgindo então o Brazilian jiu-jitsu com técnicas adaptadas ao seu estilos e reconhecido ao ponto que Hélio Gracie desenvolveria Federações Brasileira de jiu-jitsu, e oficializando regras para futuros campeonatos.
Segundo(BERG, KRISTIAN, 2012), antes o Jiu Jitsu era praticado somente por pessoas de alta sociedade, ao longo do tempo teve um crescimento ainda maior em sua arte marcial passando ser como esporte profissional e de forma educativa, com diversos fatores benéficos para manter boa saúde, logo após expandindo e chegando em academias de musculação como um tipo a mais de modalidade, se tornando uma profissão e quebrando grandes barreiras de preconceito podendo ser praticado por todos os tipos de pessoas, de modo que o professor de jiu-jitsu sabe separar aqueles que querem praticar a arte-suave, aqueles que querem praticar no intuído de ser um lutador de jiu-jitsu competitivo profissional.
Os autores acima citados ainda relatam os benefícios físicos e psicológicos que o jiu-jitsu proporciona, podendo-se citar: alongamentos - eliminando a dor e as lesões, aptidão física, músculos mais fortes, coordenação motora, equilíbrio, agilidade, destreza, disciplina e adquirindo aprendizado dentro do tatame como forma de ensinamentos da liderança e compreensão, da lealdade, autocontrole, foco, e sua melhora da autoestima e confiança levando para sua vida.
Ainda de acordo com (GOMES DA SILVA, 2012), aprender a técnica do jiu-jitsu não somente ajudará como motivo de defesa pessoal, mas melhorando o seu modo de vida, incluindo grande melhoria em diversos motivos sabendo viver em aspetos de ambiente diferentes, e adquirindo sua melhora de memorizar às técnicas passada nos dias de treinos, motivo que o cérebro não ficará apenas com as tarefas normais do dia a dia do ser humano, mas terá que trabalhar bem para que corresponda às atividades físicas como à do jiu-jitsu.
3.2 O lúdico no processo de ensino-aprendizagem
O termo lúdico descende do Latim “ludus”, que se entende na palavra brincar. O brincar esteve vigente em todas as épocas da humanidade, independentemente de sua classe social ou cultural, mantendo-se assim até hoje. Segundo Teixeira (2012, p.26) “desde os povos mais primitivos aos mais civilizados, todos tiveram e ainda têm seus instrumentos de brincar. Em qualquer país, rico ou pobre, próximo ou distante, no campo ou na cidade, existe a atividade lúdica”.
Teixeita (2012) Ainda nos dize que o lúdico é um fator importante para aprendizagem das crianças em todos os tipos de modalidades da educação. Assim, a formação de pessoas críticas e criativas as leva a construírem seus próprios conhecimentos. Daí a importância desde cedo os alunos desenvolverem atitudes de iniciativa respeitando o já aprendido, explorando-o e reconstruindo-o. Então, daremos alguns conceitos de diferentes autores sobre a palavra lúdica.
Para Roza (2010), o lúdico é uma forma divertida de aprender, com ele, as crianças desenvolvem uma atividade com objetivo predeterminado pelo professor, que pode usar brincadeiras, jogos e outros. Segundo HUIZINGA apud SILVA, 1971:
O lúdico tem caráter abrangente. A origem da palavra é grega – ludus – que significa brincar. O jogo está vinculado ao divertimento (prazer e alegria) e independe da cultura, da época e da classe social, as atividades lúdicas fazem parte da vida da criança, pois o jogo está presente na formação do pensamento, na descoberta de si, do outro e dos objetos que a rodeia.
Segundo Grilo (2002, p.96):
O lúdico é um importante fator para o desenvolvimento biopsicossocial da criança. A palavra lúdico se origina do latim ludus que significa brincar ensina que o que caracteriza o lúdico "é a experiência de plenitude que ele possibilita a quem o vivencia em seus atos". A ludicidade como um estado de inteireza, de estar pleno naquilo que faz com prazer pode estar presente em diferentes situações de nossas vidas.
“O lúdico é o estado de espírito que leva a pessoa a se divertir de maneira espontânea, indicando ações prazerosas, com equilíbrio dos mundos interiores e exteriores”. (PIMENTEL apud SILVA, 2010).
Assim o lúdico se expressa com vigor no jogo, ou ainda, atravessa toda a compreensão de jogo, sendo um caminho para que possamos perceber potencialidade da dimensão humana da inventividade. Então a intencionalidade do jogo não se inscreve em uma lógica linear, mas a partir de uma racionalidade sensível, em que o lúdico é sua natureza ontológica e epistêmica (MELO, 2010 , p.67).
Logo, o lúdico envolve o desenvolvimento das múltiplas aprendizagens como cognitivas, motora, sócio afetiva, sendo estas as principais.
É importante o vínculo criado entre aluno e professor, onde ambos possam trocar aprendizagens, tornando o ambiente de aprendizagem mais prazeroso e duradouro, neste processo a criança recebe influência psicológica e desenvolve seus aspectos: cognitivo, motor e emocional influenciada pelo professor.
Assim Santos (2001, p. 33) afirma que:
Para alguns educadores a educação é falha, rejeitam o ensino pela via do treinamento, da racionalidade excessiva, da repressão e da massificação. Por outro lado, são unânimes também em considerar a ludicidade como uma estratégia viável que se adapta a novas exigências da educação.
Para Roza (2010, p. 10):
O professor utiliza o lúdico para construir uma interatividade, relacionando o homem com o ambiente em que vive, ou seja, não se pode rotular o lúdico como um jogo ou apenas divertimento, porém, pode ser uma atividade divertida, que exige entrega total do ser humano, unindo essa entrega corpo e mente com um objetivo definido. Uma verdadeira ferramenta para o professor. A única explicação de o lúdico ser fundamental no desenvolvimento da criança é exatamente o aprender como uma forma divertida, e não imposta ou obrigatória. A criança, brincando e jogando, apresenta desenvolvimento físico, motor, social, emocional e, também, cognitivo.
Segundo Sheridan (1971): “O brincar é tão necessário para o desenvolvimento de uma criança como o ar e como os exercícios, que ajuda na construção de sua personalidade e de seu intelecto”.
Segundo Miranda (1983 apud GROSSO, 2003): O brincar para a criança é coisa séria, aquele que os proíbe, proíbe os meios de desenvolvimento físico, superiormente fornecido. A atividade dos jogos para os quais os instintos nos impelem é essencial ao bem-estar do corpo, a construção da personalidade e ao conhecimento do mundo externo e interno. Portanto é de suma importância a criação de espaços onde as crianças possam se relacionar, aprender, criar e principalmente brincar.
Segundo Mednick (1983, p. 21): “Se não há aprendizagem sem o lúdico, a motivação através da ludicidade parece ser uma boa estratégia no auxílio da aprendizagem”
De acordo com Pinto (1997, p. 336): “Não há aprendizado sem atividade intelectual e sem prazer".
Diante destas informações, entende-se que o lúdico é caracterizado em toda ação ou momento que leve a criança a expor, fantasiar e libertar o que sente naquele determinado espaço de tempo. Sabendo que as brincadeiras podem acontecer por diferentes maneiras, mas com os mesmos objetivos, é importante ressaltar a relevância dos jogos e das brincadeiras enquanto ferramentas facilitadoras no processo de ensino-aprendizagem. Assim, as atividades lúdicas se fazem presentes e acrescentam um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, permitindo que sua criatividade aflore.
3.3 O lúdico no ensino do Jiu Jitsu
Deve-se utilizar bastante do lúdico em todo o aprendizado infantil, pois através dele as crianças podem se desenvolver melhor, tanto fisicamente quanto intelectualmente, porém as atividades lúdicas devem ser trabalhadas de maneira correta para melhor desenvolvimento, tal como cita Cartaxo (2013, p.24): “o professor deve definir sua atuação, os jogos e brincadeiras que vai utilizar, a partir da faixa etária de seus alunos, além disso, a faixa etária ainda é capaz de desenvolver a área social a criança de forma mais rápida”.
Um bom planejamento é de fundamental importância para o professor, principalmente quando se trata de crianças, pois elas são como um diamante a ser lapidado. Assim, preconiza Roza (2010, p.77):
“Este planejamento tem como parâmetro a psicologia do desenvolvimento, ou seja, está direcionado às especificidades da criança, e a intenção maior é que sejam determinados objetivos a partir dos quais serão organizadas atividades que estimulem as crianças naquelas áreas consideradas importantes: físico-motora, afetiva, social e cognitiva. Por exemplo: estimular a criatividade e, a motivação, o fazer, o descobrir e a curiosidade”.
A atividade lúdica como já dito, é de fundamental importância para qualquer atividade e no Jiu Jitsu também se faz necessária, principalmente no Jiu Jitsu infantil, onde se tem a maior parte do desenvolvimento motor da criança. Podem-se executar diversos exercícios para desenvolver melhor as aulas, como é descrito no parágrafo abaixo.
Roza (2010,p.83-84) cita que diversas atividades podem ser utilizadas para o desenvolvimento de uma aula de Jiu Jitsu lúdica, assim como: Exercícios de imitação de animais (cachorro, canguru, sapo...), brincadeiras infantis e principalmente jogos cooperativos que promovem divertimento, trabalho em equipe e socialização dos alunos. Pois através do lúdico se consegue uma melhor participação dos alunos no decorrer da aula, tornando-a mais prazerosa e dinâmica.
A utilização do lúdico para os fundamentos iniciais do Jiu Jitsu (amortecimentos de quedas, rolamentos, os princípios filosóficos, equilíbrio, noção de espaço e tempo, solidariedade, golpes iniciais, etc.) são características centrais em um processo de iniciação que leve em conta a autonomia do sujeito. Assim, toda a atividade que estiver ao alcance das crianças e adolescentes, de forma adequada e progressiva, torna possível a adequação de escolhas dentro do esporte. O desenvolvimento de metodologia de ensino na iniciação esportiva é um processo que envolve mais do que o ensino-aprendizagem de gestos motores, isto é, envolve uma pedagogia esportiva, ainda pouco explorada pela pesquisa e intervenção profissional.
Conforme Feijó citado por Grosso (2003): O lúdico é uma necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente, faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, e que “... caracteriza-se por ser espontânea, funcional e satisfatória, onde nem todo lúdico é esporte, mas todo esporte deve ser integrado no lúdico”. Por isso crianças e adolescentes não chegam limitados e sem condições de aprender, na verdade são os professores que devem dispor de conhecimento adequado para poder criar oportunidades de aprendizagem para todos os alunos. Tradicionalmente, o ensino tem sido baseado na pura repetição (ou imitação) de movimentos, limitando a possibilidade de escolhas que são sementes do desenvolvimento da autonomia e inteligência no jogo. Nesse formato, muitos professores erraram ao assumir, como certos, padrões únicos de movimento, modelos ideais de execução de técnicas esportivas, principalmente no Jiu Jitsu.
É necessário entender que o diferente não é errado, mas uma nova forma de buscar objetivos e resultados. Na iniciação esportiva, deve-se levar em consideração tais requisitos, observando e registrando o processo pedagógico. A utilização de técnicas corporais para a solução de problemas de jogo (“estratégicos”, “motores” “sociais”) são características centrais em um processo de iniciação que leve em conta a autonomia do sujeito. Assim, toda a atividade que estiver ao alcance das crianças e adolescentes, de forma adequada e progressiva, torna possível a adequação de escolhas dentro o esporte. O que é simples para alguns pode ser complexo para outros, portanto, na medida do possível, a aprendizagem deve levar em conta o sujeito. Isto parece óbvio, não é? Então pensemos juntos: Você lembra de alguma situação específica na qual tenha possibilitado com que a escolha final – do que fazer, do como fazer, tenha sido de seus alunos? Pois é nesse momento que estamos praticando a inclusão e o desenvolvimento da compreensão por parte dos alunos de que é possível criar e participar. (SADI,2005, p84)
De forma geral, os educadores como vimos em diferentes pontos de vista acima, estão sempre acertando e errando ao mesmo tempo. À primeira vista, parece que o ensino aprendizagem é um processo fácil, mas quando analisamos os condicionantes implicados, vemos que uma série de dificuldades se apresenta. Hoje em dia o elevado número de informações e conhecimentos de variadas fontes permitem questionar a existência da figura do professor.
Quando começamos a falar de esportes individuais podemos logo lembrar de jogos individuais, jogos nos quais as crianças dependem somente delas próprias para que a atividade aconteça.
Pela necessidade de envolvimento com o ambiente em que vivem, as crianças buscam suas realizações, criam relações de conhecimento com seu meio que talvez não imaginemos, e é neste momento que o ensino deve deixar o “certo e o errado” de lado e oportunizar a aprendizagem do “poder fazer”, do “ser permitido criar”. No ensino do Jiu Jitsu isso poderá ocorrer no Dojô dando ênfase ao desenvolvimento da formação humana.
No dojô, a criança aprende a conhecer-se, a discernir os seus defeitos e as suas qualidades. Aprende, sobretudo a disciplina e gosto pelo esforço. Aprende a estimar os companheiros, a progredir com eles; encontra um escape para a sua energia, a sua turbulência e a sua agressividade. Fora do dojô, a criança torna-se menos nervosa, menos agressiva. (ROBERT,1976, p.10 ).
Ainda na visão de Robert (1976, p.11 – p.15), quem educa deve deixar criar, deixar errar, entender que isso faz parte de um longo processo de aprendizagem e que é possível participar e ter escolhas dentro e fora do mundo de jogos e esporte. Isso não significa o ensino espontâneo que prevê o educador como simples mediador passivo. A educação esportiva por parte de quem ensina deve ser ativa, estimuladora, problematizadora, deve conduzir a novos conhecimentos, deve continuamente avaliar e contribuir para a organização coletiva dos estudantes.
É importante ao profissional que trabalhe com crianças atentar para os períodos de desenvolvimento humano segundo Piaget⁴, conhecendo as características comuns de uma determinada faixa etária com a qual se pretenda atuar, objetivando assim o desenvolvimento de um trabalho consciente, funcional e satisfatório. Deveria também o professor observar os aspectos físicos, intelectuais, afetivos e sociais de seus alunos, respeitando sempre a individualidade de cada um e, principalmente atentando para o fato de que a criança não é um adulto em miniatura e consequentemente não deverá ser exigido dela um comportamento além de suas capacidades. É comum o “professor/técnico” na ânsia de obter “resultados satisfatórios” exigir uma performance exagerada de seus alunos, não atentando para os direitos da criança no esporte, esquecendo-se que acima de tudo vem o questionamento sobre a sua função de educador, que é propiciar o que na realidade a criança está buscando, isto é, praticar um desporto que lhe traga benefícios físicos, mentais, sociais e principalmente alegria.
Várias citações foram transcritas no decorrer deste trabalho de diferentes autores, onde relatam a importância da ludicidade, da motivação para a aprendizagem:
“O normal da criança é, e sempre foi brincar” (TEIXEIRA,1970);
“O brincar para a criança e coisa séria, é como a criança constrói a si mesma”. (VELASCO, 1996);
“Precisamos de ambas as coisas, aprendizagem e motivação para o desempenho de uma tarefa” (MEDNICK, 1983);
“Não há aprendizado sem a atividade intelectual e prazer... Não há aprendizagem sem o lúdico... Por que não se servir do jogo, em suas múltiplas utilidades, para facilitar a aquisição de novos símbolos, de novos conhecimentos? ” (RIZZO PINTO,1997).
A análise destas frases nos instiga a pesquisar sobre o uso da ludicidade como estratégia de ensino nas aulas de judô para crianças. É notória a popularidade do Jiu Jitsu como desporto e como atividade educacional, também é notório que a utilização do lúdico como estratégia de ensino é eficiente e altamente recomendado principalmente no trabalho com crianças. Porque não unir o Jiu Jitsu ao lúdico?
De acordo com Feijó (1992) “nem todo lúdico é esporte, mas todo esporte deve ser integrado do lúdico”, segundo o mesmo autor o esporte antes de ser competitivo é cooperação e visa o benefício de todos, incluindo-se aqueles com poucas habilidades. Esta afirmação reforça uma característica do esporte, que é a inclusão de todos que buscam praticar uma atividade física de maneira segura, prazerosa independentemente de buscar resultados competitivos.
Feijó (1992) ainda nos monstra que no processo de ensino do Jiu Jitsu o professor deve proporcionar aos alunos uma consciência-crítica corporal nas atividades que eles estão fazendo, desenvolvendo nas crianças noções de espaço, tempo, equilíbrio, cognição, movimentos, lateralidade e possibilitando que o lúdico através de brincadeiras possa facilitar essa aprendizagem ajudando na interação e integração dos alunos.
E refletindo se essas aulas tecnicistas não poderiam ser realizadas em um contexto que respeite a realidade social da criança, o desenvolvimento humano e os limites de seus alunos e desenvolva no aluno a formação de um cidadão critico, criativo e solidário, pois, esse é o princípio básico que Jiu Jitsu proporciona aos seus praticantes. E buscando no componente lúdico como uma ferramenta facilitadora e de contribuição nesse ensino aprendizagem do Jiu Jitsu. Em relação ao objetivo prioritário de proporcionar aos praticantes de Jiu Jitsu um desenvolvimento globalizado e não apenas físico técnico, transformando-os não em grandes campeões, e sim em verdadeiros homens.
A prática do Jiu Jitsu pode despertar poderes na criança que despertam a motricidade, fazê-lo aprender o domínio do corpo, fazer cair suas resistências e suas inibições mais ainda quando o aprendizado é ligado ao divertimento. Segundo Freire (1991) “O jogo é considerado o principal conteúdo estratégia do ensino, pois, quando joga ou brinca, a criança aprende”.
Segundo Souza e Souza (2005), Pelo treinamento em ataque e defesa, educa-se o corpo e o espírito, tornando a essência espiritual do Jiu Jitsu uma parte de seu próprio ser. Assim todos os valores que o aluno aprende em seus treinamentos como, por exemplo, a humildade e a perseverança devem ser praticadas nos atos do dia-a-dia. A disciplina, respeito, educação, desenvolvimento da força física e técnica, são as cinco regras básicas que o aluno deve seguir.
No entanto, completanto a visão dos autores acima citados e partilhando uma visão minha de professor de Jiu Jitsu, o espírito do Jiu Jitsu deve animar o aluno em todas as circunstâncias da vida e devemos lutar com todas as nossas forças para resgatar os valores sociais que o Jiu Jitsu possui, pois, uma metodologia que enfatiza a ludicidade é o caminho para resgatar esses valores de forma dinâmica. E adequando à uma educação esportiva pode promover cidadania e ética na formação humana capaz de mudar relações egoístas. Isso pode ser conseguido pelo desenvolvimento de processos inteligentes do Jiu Jitsu dentro da iniciação esportiva. Cabe ressaltar o vasto campo de experiências pedagógicas a ser trilhado por quem deseja efetivamente ensinar um esporte de qualidade.
O professor de Jiu Jitsu deveria questionar-se quanto à sua postura e conduta em relação ao objetivo prioritário de proporcionar aos praticantes de Jiu Jitsu um desenvolvimento globalizado e não apenas físico-técnico. Com essa atitude o professor estará realizando plenamente o papel de um verdadeiro educador, que objetiva através do seu conhecimento a promoção na melhoria da qualidade de vida dos nossos semelhantes, atentando principalmente para o fato de que uma criança não é um pequeno adulto e muito menos uma máquina que deve ser ajustada para obter resultados desportivos, ela é um ser humano que está em plena formação e que possui sentimentos, anseios e vontades, portanto requer muita atenção, dedicação, carinho e respeito para que se tornem no futuro seres humanos verdadeiramente humanos isto é, seres conscientes de seus direitos e deveres e que utilizem todo o conhecimento e experiências adquiridas ao longo dos anos de convivência com o Jiu Jitsu na contribuição para a perpetuação de um mundo melhor.
4. Considerações finais
Tendo em vista o aperfeiçoamento dos esportes em nossa sociedade, sempre dispondo de ferramentas que possam agregar facilitadores no processo de ensino e inclusão, ao analisar em específico o Jiu Jitsu, vimos a necessidade de uma nova visão deste esporte. Uma nova perspectiva de ensino, onde os professores possam além de aumentar o repertório das aulas, dispondo de novas formas de cativar e despertar habilidades psicomotoras, os praticantes também possam aprender de forma prazerosa e ainda se tornarem pessoas ativas e criativas. Dentro desse contexto apresentamos o seguinte problema: "a importância da ludicidade como ferramenta de ensino nas aulas de Jiu Jitsu".
Essa pesquisa buscou primeiramente analisar os fatores históricos do Jiu Jitsu, buscando em suas origens entender o porquê de tantos professores ainda ensinarem o Jiu Jitsu de forma tecnicista e com ampla cobrança de uma disciplina austera. Como o Jiu Jitsu sendo um esporte oriundo da cultura japonesa que naquela época beirava o feudalismo japonês, trouxe em suas raízes essa forma de ensino, e ao chegar ao Brasil por ter iniciado em muitas academias militares se manteve como uma forma de complemento da educação, sendo bem aceito pelos profissionais. Em contrapartida a esse cenário, analisamos as vantagens da ludicidade em vários aspectos, inicialmente entendendo que o lúdico faz parte do desenvolvimento humano, e é essencial para toda criança. Na educação já vem sendo utilizado há muito tempo. Nas pesquisas específicas sobre a "ludicidade vs Jiu Jitsu", foi possível notar a grande vantagem que o lúdico pode trazer aos alunos, ampliando o repertório de técnicas para ensino das quedas e golpes de forma mais prazerosa, inclusiva e ampliando a capacidade da criança de enxergar aquele seu espaço como um local de criação e o descobrimento de sua pessoa como participante de um grupo social, se tornando mais ativa.
Vendo como ainda temos muitos profissionais que talvez desconheçam a ludicidade como ferramenta de ensino, acreditamos que poderia ser mais explorado e divulgado novos estudos científicos para que abranja toda a comunidade de profissionais ligados à área do ensino, em específico da Educação Física. Assim, acreditamos que a ludicidade se mostrando efetiva nos treinamentos de Jiu Jitsu, possa contribuir em outros esportes que trabalham com crianças.
5. Referências
ANTUNES, Celso. Jogos para estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis: Vozes, 1998.
ARANA, Ivana Denório. A matemática através das brincadeiras e jogos. Campinas, SP.Papirus,1996.
BARBBOSA, L. M. S. (Org.) Intervenção psicopedagógica no espaço da clínica. Curitiba: IBPEX, 2010. BRASIL.
Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.
BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura. Revisão técnica e versão brasileira adaptada por WAJSKOP, G. São Paulo: Cortez, 1995.
GARCIA 2003 apud, GOMES, J. C. S. Brincar: uma história de ontem e hoje .
Campinas – SP. 2006/UNICAMP (conclusão de graduação) GRASSI, T. M. Oficinas psicopedagógicas. 2ª ed. rev. e atual. Curitiba: IBPEX, 2008.
KISHIMOTO, T. M. (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 7ª ed. São Paulo. Cortez, 2003. MARINHO, H.R.B.; JUNIOR, M.A.M.; FILHO, N.A.S.;
FINCK, S.C.M. Pedagogia do movimento: universo lúdico e psicomotricidade . 2ª ed. Curitiba: IBPEX, 2007.
Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 5 – nº 1 - 2014 OLIVEIRA, M.A.C. Psicopedagogia: a instituição em foco. Curitiba: IBPEX, 2009. OLIVEIRA, M.K.O.
Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. 4ª ed. São Paulo:
Scipione, 1998. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.
PILETTI, C.; PILETTI, N. Filosofia e história da educação. 6ª ed. São Paulo: Ática, 1998.
SMITH & STRICK. Dificuldades de aprendizagem de A a Z. São Paulo: Artes Médicas, 2001.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente: O desenvolvimento de processos psicológicos superiores. 6ª ed. São Paulo, 1988.
VYGOTSKY, L.S.; LURIA, A.R.; LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 2ª ed. São Paulo: Ícone Editora, 1988.
https://www.graciemag.com/pt-br/historia-do-jiu-jitsu/ (Autor: Gracie Magazine, Obra: História do Jiu Jitsu, acesso ao link dia 16/02/2023)
https://leaodourado.com.br/historia-do-jiu-jitsu/#:~:text=Segundo%20alguns%20historiadores%20o%20Jiu,da%20for%C3%A7a%20e%20de%20armas . (Autor: Leão Dourado Jiu Jitsu, Obra: História do Jiu Jitsu, acesso ao link no dia 16/02/2023)
https://www.webartigos.com/artigos/historia-do-jiu-jitsu-e-sua-pratica/153319#google_vignette
(Autor: Web Artigos, Obra: História do Jiu Jitsu, acesso ao link no dia 19/03/2023)
GURGEL, F. Manual do Jiu Jitsu. Sao Paulo: Tatame, 2002.
GURGEL, F. Jiu-titsu: Manual doJiu-jitsu. Rio de Janeiro, Editora Tatame, 2000.
ROBBE, Maurício. Jiu-Jitsu: Arte suave. São Paulo: On Line, 2006.
BERG, Kristian. Indicações de alongamento: eliminando a dor e prevenindo lesões. Porto Alegre: Artmed, 2012.
CARTAXO, C. A. Jogos de combate. 2º ed. 2013, Vozes.
FEIJÓ, O. G. Corpo e Movimento: Uma Psicologia para o Esporte. Rio de Janeiro: Ed. Shape, 1992.
FREIRE, J. B. F. O Jogo: Entre o Riso e o Choro. São Paulo, Autores
Associados, 1991.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6º ed. São Paulo: Atlas,
2008.
GRILO, Ana Paula Santiago, ET AL. O lúdico na formação do professor. Salvador – BA, 2002.
HUIZINGA, J. L. H. O jogo como elemento da Cultura. São Paulo: VSP, 1971.
MELO, J. P; DIAS, J. C. N. S. N. Do jogo e do lúdico no ensino da educação física escolar. Belo Horizonte, março de 2010.
MIRANDA, Nicanor. 200 Jogos Infantis. 8. ed. Belo Horizonte, ed Itatiaia,1983.
PIAGET, J. A Formação do Símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.
PINTO, J. R. Corpo Movimento e Educação – o desafio da criança e adolescente deficientes sociais. Rio de Janeiro: Sprint, 1997.
SADI, R. S. Projeto de Pesquisa: Pedagogia do Esporte: Descobrindo novos caminhos. 2005. (Curso Graduação Educação Física), Universidade Federal de Goiás. 2005.
SANTOS, S. M. P. A ludicidade como ciência. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
SHERIDAN, M. D. Brincadeiras espontâneas na primeira infância. 2. ed. São Paulo: Brasil, 1971.
SILVA, T.A.C; GONÇALVES, K.G.F. Manual de lazer e recreação: o mundo ao alcance de todos. São Paulo: Phorte, 2010.
TEIXEIRA, M. S. Recreação para todos – Manual Teórico-prático. 2º ed. São Paulo, OBELISCO, 1970.
VELASCO, C. G. Brincar – o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint, 1996.
96.
ROZA, A. F. C. Judô infantil: uma brincadeira séria! São Paulo: Phorte Editora, 2010.