A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Por Francisca Marlethe S.Santos | 20/02/2019 | Educação

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO PROCESSO DE NA ALFABETIZAÇÃO.

Francisca Marlethe da Silva Santos

Psicopedagoga Clínica e Institucional

Professora de Nível  Superior   

 

RESUMO

 

O presente trabalho tem como objetivo despertar uma reflexão  sobre a leitura nas series iniciais. Propõe-se  analisar, como os professores abordam este tema em sala de aula e como utilizam os métodos  para inserir a pratica da leitura em sua prática pedagógica. Prentede-se neste artigo, descrever como os professores fazem para motivar e ao mesmo tempo estimular o aluno para o gosto e o prazer pela literatura junto aos educandos. Com base  em leituras reflexivas , definições e concepções que envolvem a prática da leitura, dentre outros teóricos, Amarilha (2006), Cagliari (1995), KLEIMAN (1999),Isabel Solé (1998). A finalidade é contribuir com  essa reflexão aos interessados nesta temática , a toma pose e conhecimento da importância do icentivo à leitura não só na escola, de forma que venha despertar sobre esta habilidade tão significativa que é a leitura em outros ambientes educacionais.

 

Palavra Chave: Leitura. Estimulo. Reflexão. Aluno.

 

A importância do ato de ler.

Para melhor compreender a leitura e sua importância pode-se lembrar o grande construtor da educação o mestre Paulo Freire, que afirma ser um ato que antecipa a escrita e outras aprendizagens cognitivas. Trata-se da leitura de mundo, incutido na realidade de cada indivíduo.

É possível observar que a habilidade da leitura em seus diversos métodos é uma  ação  intelectual, complexa, marcado por inquietações, pois  requer ativamente do indivíduo um continua afinidade. Ela converte-se num meio favorável para que o indivíduo consiga ampliar e desenvolver seus conhecimentos.

É importante que esta seja estimulada desde crianças na construção  de seus conhecimentos. O hábito da leitura necessita ser despertado na criança desde cedo, com o intuito de torna-los em futuros leitores. Para Martins: “seria preciso, então, considerar a leitura como um processo de compreensão de expressões formais simbólicas, não importando por meio de que linguagem.” (MARTINS, 1994, p. 30).

                   A escola enquanto instituição deverá organizar-se em torno de sua política educacional, a construção de leitores não apenas do público infantil, mas devidamente, envolvendo os professores e gestores. Sendo assim, todo professor, não apenas de Língua Portuguesa, é também professor de leitura (BRASIL, 1998, p.37). É essencial que a leitura tenha sentido para o leitor visto que, os interpretes das obras são pais, escola e o professor.

É imprescindível que as crianças sejam incentivadas desde a sua iniciação na educação, assim terão maiores possibilidades de se envolvam em outros mundos pelas vias da  literatura, visto que, na sociedade atual há uma perspectiva mais interativa no que diz respeito à leitura na qual há uma relação dialógica entre leitor, texto e autor determinada pelo contexto histórico e sociedade que os cercam.

MORAIS (1996) diz que: “(...) aprendizagem da leitura é um produto cultural, baseado sem dúvidas em capacidades naturais, mas pressionado por aquilo que as famílias e as instituições educacionais oferecem à criança” (p,201). Para Silva (1991) “quanto mais o ensino real da leitura for distorcido no âmbito das escolas e da sociedade, tanto melhor para reprodução das estruturas sociais injustas, existentes no país” (p. 46).

O ato da leitura leva o aluno a compreender o texto, e que, a partir do seu ponto de vista seja ele capaz de construir significados e produzir seus próprios  textos. O contato com a leitura faz com que o aluno aprenda um pouco de uma cultura e desperte o desejo pela fantasia que a mesma proporciona. É de fundamental importância desenvolver a relevante função que a leitura exerce na construção do conhecimento das crianças antes mesmo do processo de alfabetização.

Ler possibilita passear pelo mundo da fantasia e do conhecimento literário, além de possibilitar o aprimoramento das diferentes linguagens, o enriquecimento do vocabulário e o conhecimento do mundo nesse caso o educador tem um papel fundamental para facilita esse contato.

É imprescindível que desde os primeiros contatos com a leitura, que esta seja contada de forma contextualizada, ou seja, deve ter ligação com o âmbito vivencial do indivíduo.

Assim revela FREIRE (1992):

 

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. (1992, p. 11-12).

 

              A prática da leitura implica numa visão crítica, compreensão e reescrita do que foi lido. Concomitante a isso a prática da leitura torna-se essencial ao indivíduo uma vez que possibilita a integração no meio social e o define enquanto cidadão partícipe. Como um dos meios essenciais para que o ser humano consiga desenvolver seu conhecimento e exercer sua cidadania.

São as  leituras do  contexto social e cultural, construídas através da relação com a sociedade em que se vivem, e de acordo com o desenvolvimento da criança ela vai alcançando  e buscando outras formas para comunicar-se, por meio da linguagem, gestos e expressões e definitivamente por meio de leituras.

A instituição escolar, deve trazer em sí , uma prática de leitura analítica que consiga enxergar os conhecimentos prévios  do mundo individual de cada ser de cada aluno, de cada mundo , isso a tornaria   capaz de descrever o  que já conhece e proporcionar sugestivamente, outros meios de aquisição de leitura. A linguagem escrita, é o produto que se utiliza na escrita de textos, e  vá de encontro com a forma de representação na oralidade.

Apresentar as crianças  esse mundo literário desde as séries iniciais de forma atrativa e agradável, por meio de um recurso muito utilizado e que na maioria das vezes faz um grande efeito que são as revistas em quadrinhos.  A esta leitura cabe aos professores, consequentemente a formação de crianças alfabetizadas, bons leitores, bons escritores e profissionais criativos.

A partir do momento em que entendemos por texto, tudo que conseguimos compreender e interpretar. Desta visão, o código linguístico não é o único a permitir a leitura. “ Existem “os textos” que não são escritos com palavras, mas empregam outros códigos não linguísticos ou além dos linguísticos- os textos extra verbais. Exemplos: figuras, ilustrações, arquitetura, história em quadrinhos, charque, quadro de arte, música, gastos entre outros. (NASPOLINE 1996 p.46)

 

Desenvolver  na educação a apreensão da  leitura apresenta seria uma forte influência, nesta etapa da vida que a criança está desvendando o universo das letras, seria importante que nas séries iniciais, houvesse momentos  dedicados à prática da leitura com objetivo de promover a cultura de leitores de textos. Espera-se que: “Se a criança desde cedo fosse posta em contato com obras-primas, é possível que sua formação se processasse de modo mais perfeito” (MEIRELES, 1984, p. 123).

 Aqui escola família são primordiais, “Esses primeiros contatos propiciam a descoberta do livro como um objeto especial, diferente dos outros brinquedos, mas também fonte de prazer” (MARTINS, 1984, p. 43). Livros QUE sejam de qualidade e que despertem o interesse da criança e que possam ser significativas para ela. SILVA (2002, p. 75) idealiza a literatura a partir dos conceitos sociais que são descobertas na realidade brasileira: “Ler é um direito de todos e, ao mesmo tempo, um instrumento de combate à alienação e à ignorância."

É imprescindível que o educador permita momentos significativos de leitura, possibilitando o desenvolvimento do leitor para que este venha construir seus conhecimentos e ampliar sua capacidade, tornando-o  agentes textuais capaz de  inserir-se em um seleto grupo de pessoas capazes de dominarem regras e técnicas gramaticais e manter o eterno  desejo pela leitura.

 

BIBLIOGRAFIA 

CAGLIARI, Carlos Luiz. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 1995. DINORAH; Maria. O Livro Infantil e a Formação do Leitor. Petrópolis: Vozes,1995; FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1992. NASPOLINE, Ana Tereza. Didática de Português: Tijolo por Tijolo: Leitura e Produção Escrita. São Paulo: FTD, 1996.

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