A IMPORTÂNCIA DA GEOGRAFIA ESCOLAR PARA A FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO

Por alessandra aparecida avelino dos santos custodio | 05/07/2024 | Educação

ALESSANDRA APARECIDA AVELINO DOS SANTOS CUSTÓDIO DA SILVA 

 

A IMPORTÂNCIA DA GEOGRAFIA ESCOLAR PARA A FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO

 

Resumo

 

O trabalho a seguir trata da importância do ensino de Geografia no âmbito escolar, enfatizando seu papel na formação do indivíduo, de modo a formar cidadãos para o exercício em cidadania. O trabalho ainda trará questões legais do ensino da disciplina de Geografia, como também as questões dos espaços físicos e recurso naturais, que compreendem o ser humano enquanto ser que constrói seu saber, de modo a ser impulsionado a atuar como cidadãos críticos e ativos. Assim, a pesquisa de enfoque teórico bibliográfico demonstrará o papel da escola em toda essa vertente e a importante contribuição da disciplina de Geografia fazer parte do currículo como formadora. 


 

PALAVRAS-CHAVE: Geografia. Cidadania. Escola. Indivíduo.

 

Abstract

The following work deals with the importance of teaching Geography in the school environment, emphasizing its role in the formation of the individual, in order to form citizens for the exercise of citizenship. The work will also bring up legal issues of teaching the discipline of Geography, as well as issues of physical spaces and natural resources, which understand the human being as a being who builds his knowledge, in order to be driven to act as critical and active citizens. Thus, the research with a theoretical bibliographic focus will demonstrate the role of the school in all this aspect and the important contribution of the Geography discipline to be part of the curriculum as a trainer.

 

 

KEYWORDS: Geography. Citizenship. School. Individual.

 

 

1. Introdução

 

Ao longo dos tempos, percebe-se que as práticas de ensino passam por muitos desafios e dificuldades relacionadas às competências do processo de ensino e aprendizagem, onde surgiram várias percepções a fim de investigarem as práticas adotadas pelos docentes no âmbito escolar, para que fosse possível buscar novas formas de ensino dentro das salas de aulas. 

Atualmente, o ensino de Geografia nas escolas, passa por reorganizações, cujas propostas foram questionadas após a escrita e validação de documentos norteadores como a Lei de Diretrizes e Bases, Parâmetros Curriculares Nacionais e ainda Programas Curriculares criados pelos órgãos estaduais e municipais, onde através dos mesmos surgiram discussões acerca da consolidação para o ensino de geografia (CAVALCANTI, 1998).

Diante disso, para o ensino de Geografia, é necessário que sejam trabalhados temas voltados ao desenvolvimento das capacidades e habilidades do indivíduo trabalhar com o espaço geográfico, desenvolvendo a observação dos elementos da natureza, juntamente com dados estatísticos. Para tanto, há em destaque a isso os procedimentos descritos nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia, (PCN): 

 É fundamental que o professor crie e planeje situações de aprendizagem em que os alunos possam conhecer e utilizar os procedimentos de estudos geográficos. A observação, descrição, analogia e síntese são procedimentos importantes e podem ser praticados para que os alunos possam aprender e explicar, compreender e representar os processos de construção de diferentes tipos de paisagem, territórios e lugares. (BRASIL, 1998, p.30).

 

De acordo com Cavalcanti (2010), atualmente o ensino escolar demanda atenção, merecendo ser debatido, pois as escolas passam por sérios problemas que envolvem o processo de aprendizagem de seus alunos, com ênfase principalmente nas escolas públicas. Esses problemas segundo o autor englobam despreparo dos docentes, falta de formação específica, baixos salários, problemas psicológicos, devido a alta demanda de aulas no decorrer do dia entre outros. 

Algumas orientações curriculares são voltadas para o ensino de geografia e suas propostas, onde se relacionam diretamente com a formação dos cidadãos críticos e participativos, como: 

i) o construtivismo como atitude básica do trabalho com a geografia escolar; ii) a “geografia do aluno” como referência do conhecimento geográfico construído em sala de aula; iii) a seleção de conceitos geográficos básicos para estruturar os conteúdos de ensino; iv) a definição de conteúdos procedimentais e valorativos para a orientação de ações, atitudes e comportamentos socioespaciais. (CAVALCANTI, 2012).

 

Segundo Cavalcanti (2006), a partir dos estudos da Geografia Cultural, foi iniciado o reconhecimento de diferentes grupos sociais, aos quais todos fazem parte da paisagem de alguma forma e consequentemente são responsáveis pela formação do espaço geográfico. Assim, sociedade e natureza não se diferem, elas se completam. 

A relação entre uma ciência e a matéria de ensino é complexa; ambas formam uma unidade, mas não são idênticas. A ciência geográfica constitui-se de teorias, conceitos e métodos referentes à problemática de seu objeto de investigação. A matéria de ensino de Geografia corresponde ao conjunto de saberes dessa ciência, e de outras que não têm lugar no ensino fundamental e médio como Astronomia, Economia, Geologia, convertidos em conteúdos escolares a partir de uma seleção e organização daqueles conhecimentos e procedimentos tidos como necessários à educação geral. [...] Há, no ensino, uma orientação para a formação do cidadão diante de desafios e tarefas concretas postas pela realidade social e uma preocupação com as condições psicológicas e socioculturais dos alunos. A ciência geográfica, por si só, não tem responsabilidade de ocupar-se com esses aspectos. (CAVALCANTI, 2006, p. 9-10).

 

É através da geografia cultural que nasce a necessidade, a importância e a curiosidade de conhecer comunidades com papéis significativos dentro da sociedade, juntamente com suas culturas e grupos sociais, trazendo enormes possibilidades de concepções e conhecimentos (CAVALCANTI, 2006).

Ao longo de todos os estudos realizados durante o curso de Licenciatura em Geografia, as experiências adquiridas foram relevantes, onde através de todas as atividades vivenciadas e dos desafios e problemas trabalhados, resultaram no aumento das competências, de modo a adquirir percepções relevantes e importantes à docência, que no futuro mediarão à docência em Geografia, onde o trabalho do professor deve ser construído a partir do conhecimento do aluno, salientando sua ênfase pedagógica na contribuição de valores e atitudes, onde:

A ênfase pedagógica sobre a formação integral do estudante, colocando junto aos conteúdos de caráter cognitivo (o saber), também, e sobretudo, os comportamentais (saber fazer) e as atitudes e valores (o ser), conforme a perspectiva presente em Coll (1997), resulta na necessidade de pensar/planejar essa temática de uma forma mais abrangente, ainda que tomando como foco o lugar. Não basta saber sobre a cidade e o urbano, mas impõe-se um envolvimento com o lugar, em atitudes de cooperação, respeito, participação e solidariedade. (SCHAEFFER, 1998, p.107-8).

 

Assim, a presente pesquisa de cunho bibliográfico, visa tratar como o estudo de Geografia se tornou importante dentro das salas de aula, complementando o currículo escolar dos alunos, favorecendo seu crescimento e formação individual. Para tanto, a pesquisa foi realizada a partir de uma revisão bibliográfica acerca do tema, de modo a oferecer conceitos que possam afirmar a importância do ensino de Geografia aos indivíduos em sua formação. 

 

2 Desenvolvimento

 

2.1 O Ensino de Geografia 

 

A escola é considerada um local de encontros de diversas culturas, de saberes, particularidades, costumes e criatividades, dentro das salas de aulas e em toda área externa da instituição, sendo nesse ambiente que há a mediação para os confrontos de aprendizagem. 

Segundo Forquin (1993), na escola há três tipos de culturas que são lidadas diariamente, sendo: a cultura escolar, onde se tem todo o repertório do currículo, como conteúdos e metodologias já organizadas, a cultura da escola, que é desenvolvida durante as atividades rotineiras do dia, constituindo os saberes e práticas da instituição e a cultura dos alunos e professores, que é construída por todos que fazem parte do processo escolar e também com a sociedade em torno. 

Logo, é na escola que os alunos estudam as diferentes matérias do currículo, as metodologias e todos os procedimentos adotados de ensino, de forma a sistematizar toda a cultura escolar, sendo importante que haja a organização do trabalho pedagógico, reforçando a identidade do aluno e doa professor. Assim, ensinar geografia no contexto escolar é oferecer aos alunos um trabalho com os diferentes saberes geográficos, de modo que os agentes desse processo trabalhem juntos, professor e aluno. 

De acordo com Cavalcanti (1998), o ensino de geografia pode contribuir de forma significativa com grande parte da formação da cidadania, onde engloba conhecimentos acerca da construção e reconstrução, diferentes habilidades, variedade de valores que podem ampliar de forma significativa as capacidades de crianças e jovens de compreender o mundo em que vivem e atuam, a partir de uma escola organizada que compreende diferentes espaços livres.

Callai (2001), relata que a Geografia ainda sofre um ensino fragmentado, onde o que é apresentado aos alunos durantes as aulas, possuem uma distância muito grande da realidade do educando, de modo que o conteúdo ensinado muitas vezes não possui significados ao aluno, ao qual não é contextualizado a sua rotina. O autor ainda afirma, que essa é a realidade de muitas escolas brasileiras e analisa que: 

São aspectos naturais e humanos do espaço geográfico, traduzidos em aulas sobre relevo, vegetação, clima, população, êxodo rural e migrações, estrutura urbana e vida nas cidades, industrialização e agricultura, estudados como conceitos abstratos, neutros, sem ligação com a realidade concreta da vida dos alunos. (CALLAI, 2001, p. 139). 

 

Assim, todos os conteúdos das aulas de geografia não devem ser passados aos alunos somente como informação, mas sim como informação e bases para que os alunos possam construir, formar habilidades de desenvolver o raciocínio geográfico, ao qual lhe possibilitaria realizar diferentes interpretações dos fenômenos naturais, sociais e espaciais. 

Professores por sua vez, estão sempre construindo geografia em suas atividades diárias, pois brincam, trabalham em diferentes locais, constroem lugares, produzem e reproduzem espaços novos, colocam limites em territórios, de modo que com essas atividades construam ainda mais espaços e conceitos geográficos, contribuindo com a formação do cidadão (CAVALCANTI, 1998).

Assim,

Contribui para a formação da cidadania através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. (CAVALCANTI,1998, p. 47).

 

Questões envolvendo a construção da cidadania, vem sendo discutido em um texto de Damiani (1999), onde relata a relevância de construir um projeto voltado a construção da cidadania para o ensino de geografia. A autora, por sua vez coloca sua preocupação em sempre considerar o aprendizado que o aluno já possui, podendo assim ampliá-lo. Logo, 

 É possível, embora este não seja o único objetivo, realizar um trabalho educativo, visando esclarecer os indivíduos sobre sua condição de cidadãos, quando se apropriam do mundo, do país, da cidade, da casa e ao mesmo tempo, decifrando os inúmeros limites decorrentes das alienações. O trabalho consiste em discernir as experiências sociais e individuais e, assim, potencializá-las. (DAMIANI, 1999, p.58)

 

Percebe-se que a preocupação em incluir os ensinamentos de geografia na rotina escolar é bastante evidente, de modo que Kaercher (1997), também relata que: 

[...] os conceitos e vivências espaciais (geográficas) são importantes, fazem parte de nossa vida a todo instante. Em outras palavras: Geografia não é só o que está no livro ou o que o professor fala. Você a faz diariamente. Ao vir para a escola a pé, de carro ou de ônibus, por exemplo, você mapeou, na sua cabeça, o trajeto. Em outras palavras: o homem faz Geografia desde sempre. (KAERCHER, 1997, p. 74).

 

Entretanto, Maia (2009) ressalta que a Geografia também pode englobar muitas outras questões, que se referem a pontos de localização geográfica, espaço, cidadania, noções de conceitos e outras considerações, de modo que o ensino da disciplina foi se renovando juntamente com as novas tecnologias, de modo que o objetivo compreende-se em construir com os alunos, juntamente com movimentos sociais, uma ética ambiental, que possa construir e consolidar práticas democráticas, solidárias, consciência e realização de práticas sérias em relação a natureza e o ambiente construído. 

Diante disso, 

Meio Ambiente passa a ser não apenas o espaço biológico das espécies animais e vegetais, mas, também, um aspecto fundamental nas relações antrópicas. Valoriza-se a utopia realista de um Meio Ambiente onde os espaços naturais e sociais vivem e convivem com as dimensões harmônicas e conflitivas, ocupando o espaço da utopia idealista onde o aspecto conflitivo é excluído ou propositalmente ignorado. (SIQUEIRA, 1997, p. 13).

 

Assim, em meados de 1980, ocorreram mudanças significativas no ensino brasileiro em relação a geografia, onde se iniciaram movimentos críticos acadêmicos e sociais, de modo a reivindicar democracias e novos paradigmas em busca de novas compreensões e análises. 

Ainda nesse contexto:

O “movimento” da década de 1980 também focava o ensino de Geografia, procurando atribuir maior significado social a essa disciplina escolar. Questionava-se a estrutura dicotômica, fragmentada (composta por “partes estanques”) do discurso da Geografia escolar (de um lado, apresentavam-se os fenômenos naturais e, de outro, os humanos). A proposta era de uma nova estrutura, cujo eixo era o espaço e as contradições sociais, orientando-se pela explicação das causas e decorrências das localizações de certas estruturas espaciais. 

Na década de 1990, no contexto sociopolítico, científico e educacional de crise e de ampliação dos referenciais interpretativos da realidade, as orientações para o trabalho docente com a Geografia foram se reconstruindo. Surgiram propostas alternativas, mais articuladas a orientações pedagógico-didáticas, definindo diferentes métodos para o ensino de Geografia. Com essas novas orientações, reafirmou-se o papel relevante da Geografia na formação das pessoas e reconheceu-se que mudanças relacionadas ao cotidiano espacial de uma sociedade globalizada, urbana, informacional, tecnológica requerem uma compreensão do espaço que inclua a subjetividade, o cotidiano, a multiescalaridade, a comunicação, as diferentes linguagens do mundo atual (CAVALCANTI, 2010, p. 5).

 

Ainda de acordo com Cavalcanti (1998), é importante ressaltar que:

Em razão dessa distinção, a seleção e organização de conteúdos implicam ingredientes não apenas lógico-formais como, também, pedagógicos, epistemológicos, psicognitivos, didáticos, tendo em vista a formação do cidadão diante de desafios e tarefas concretas postas pela realidade social e uma preocupação com as condições psicológicas e socioculturais dos alunos. A ciência geográfica, por si só, não tem responsabilidade de ocupar-se com esses aspectos” (CAVALCANTI, 1998, p.9-10).

 

Cavalcanti (1998) também ressalta que para o aluno se tornar um cidadão crítico, o mesmo deve se posicionar como um conhecedor dos conceitos de espaços, localização, características físicas, aspectos socioculturais, entre outros, onde tais conhecimentos se sobressaem aos somente teóricos e metodológicos. 

Assim, 

Geografia no que se refere a espaços e localidade deve ser interpretada e observada, pois só assim é que o ambiente será transformado e a apropriação do mundo será concretizada, já que, no que se trata de leis, direitos e deveres todos são iguais (STRAFORINI, 2004, p.56).

 

Segundo Freire (1980), uma das principais características que definem a Geografia Crítica está na delineação da conscientização que deve ser decorrente durante o processo de aprendizagem, salientando que esta deve transcorrer de forma natural e proporcionar uma criticidade ao contexto em questão.

Ainda segundo Freire (1980) essa posição crítica na qual se faz uma denúncia, em prol de se construir algo novo, acaba por conduzir os envolvidos a uma libertação. Todavia, quando se faz referência a Geografia partindo do pressuposto de que esta seja crítica ou não, é importante frisar que, existem três conceitos fundamentais que a envolvem, sendo estes, o espaço, a interpretação e a forma, de modo que métodos e conteúdos se complementem. 

Assim, 

Pelo fato de a prática pedagógica em sala de aula poder ainda ser caracterizada pela profunda distância entre método e conteúdo, entendemos pertinente uma análise preliminar daquilo que esse autor compreendia como uma necessidade urgente e imperiosa: tornar a Geografia uma ciência, o que a seu ver não seria obtido fora do âmbito da instituição escola; assinalando, assim, relações inextricáveis entre ensino e ciência Geografia [...] (VLACH, 1989, p. 149 apud ALBUQUERQUE, 2011, p. 42).

 

De acordo com Maia (2009) não compete a Geografia somente apontar a geolocalização e conceitos naturais, ou seja, é preciso que a mesma seja entendida como uma disciplina cuja intenção é a participação popular, o exercício pleno dos direitos e deveres, o repúdio às injustiças e principalmente a efetivação do respeito.

Para formar um cidadão é necessário instruir, formar a criticidade, onde o aluno seja capaz de pensar e analisar toda a realidade que o cerca no meio em que vive, fazendo relações e inter-relações entre diferentes espaços e tempos (BORGES, 2001). 

Assim, segundo o autor acima:

Formar o aluno cidadão não significa domesticá-lo, instruindo-o a cumprir seus deveres e a elencar os seus direitos. É necessário ir além, é necessário formar a criticidade do aluno sujeito, capaz de fazer uma análise da realidade que o cerca, dos lugares da experiência, não só reduzindo a experiência aos lugares e tempos próximos, como também correlacionando aos outros espaços-tempos. (BORGES, 2001, p.68).

 

Pensando neste contexto e fazendo uma análise das consequências que toda essa situação acarreta, é que entra o papel da escola, onde de acordo com Santos (2011), é através da mesma que se pode tronar possível a diminuição da taxa de marginalização, onde através da expansão e mediação do conhecimento, seja possível formar cidadãos reflexivos e críticos, opondo-se a um sistema dominante em relação às classes menos favorecidas.

Segundo Cavalcanti (2010), muitas vezes professores transferem ao aluno a posição de professor, onde ele próprio precisa buscar e encontrar a verdadeira motivação para as aulas que frequenta, tirando de si a responsabilidade de mediar aulas interessantes, prazerosas, com atitudes e metodologias corretas, permitindo assim que suas aulas de geografia sejam apenas transmitidas por formalidade do currículo escolar obrigatório.

Assim, Cavalcanti (2010), ressalta que: 

(...) é a necessidade de reconhecer as vinculações da espacialidade das crianças, de sua cultura, com o currículo escolar, com os conteúdos das disciplinas, com os conteúdos da Geográfica, com o cotidiano da sala de aula e de todo o espaço escolar. Alguns projetos inovam porque partem do pressuposto de que não basta manter as crianças e os jovens dentro dos muros da escola; é necessário que ali eles possam vivenciar seu processo de identificação, individual e em grupos, e que sejam respeitados nesse processo (CAVALCANTI, 2010, p. 2).

 

Logo, entende-se que a tarefa do professor deve ser sempre procurar se aperfeiçoar e estar engajados em novas estratégias de ensino para que possa usufruir do sistema escolar que leciona, de forma a alinhar seus conteúdos com uma realidade próxima da sua clientela de maneiras prazerosas, pois o professor por sua vez é um mediador de aprendizagens e conhecimentos, podendo proporcionar aos alunos por meio de suas metodologias, momentos de aprendizagens prazerosas e satisfatórias. 

Os Parâmetros Curriculares nacionais expressa que o ensino deve abordar uma concepção de ensino construtivista, de modo que o aluno e professor possam construir juntos sua aprendizagem, como descrito no documento:

Abordagens atuais da Geografia têm buscado práticas pedagógicas que permitam apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade, de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. (Brasil-PCNs, 1997, p.115) Espera-se que, ao longo dos oito anos do ensino fundamental, os alunos construam um conjunto de conhecimentos referentes a conceitos, procedimentos e atitudes relacionados à Geografia [...] (BRASIL,  1997, p.121)

 

De acordo com Cavalcanti (2012), é possível se trabalhar diversos temas e métodos durante o ensino das aulas de geografia, utilizando uma abordagem construtivista, onde a temática ética ambiental deve ser salientada em sala de aula, de modo que seja contextualizado e discutido entre alunos e professores, com o objetivo de formar valores, ideias e convicções sobre o ambiente e sua relação com a natureza. 

Assim, 

Quando a criança entra na escola, ela passa a viver sob outros contatos, estabelece outras relações, submete-se a outras regras e convive a partir do que já construiu em sua vida afetiva. Reconhecer emoções como parte do ato de aprender e identificar a reciprocidade entre afetividade e inteligência como um agente interativo à atividade de construir conhecimento, é essencial para que nós educadores possamos planejar e administrar uma ação verdadeiramente educativa. (PAROLIN, 2007, p. 74).

 

Nesse contexto, o professor de Geografia possui um importante papel na formação do indivíduo, onde o contexto educacional brasileiro deve propiciar condições e formações para que a mediação seja efetiva e a aprendizagem e o desenvolvimento possam ser conquistados. 

 

2.2 A Geografia e a Escola: Uma Relação Forte

 

A geografia é compreendida como sendo uma disciplina estratégica, onde sua aprendizagem deve ser vivenciada e mediada por meio da vivencia da rotina diária, de modo que busquem respostas para diversas questões, onde o professor possa contextualiza-la com a realidade, tornando-a mais significativa. 

Cavalcanti (2006), questiona: 

O que é a Geografia escolar na atualidade? Como ela se realiza? Como o professor a constrói? Quais os desafios da prática do ensino da Geografia? Quem são os alunos da Geografia? Como são esses alunos? Como praticam a Geografia do dia-a-dia? Como aprendem Geografia na escola? Que significados têm para os alunos aprender Geografia? Que dificuldades eles têm para aprender os conteúdos trabalhados nessa disciplina? (CAVALCANTI 2006, p. 66).

 

O ensino de Geografia tem mostrado diferentes características desde sua obrigatoriedade ao currículo educacional brasileiro, demonstrando sua importância para o contexto geográfico e para o desenvolvimento do educando, onde, de acordo com Albuquerque (2011, p.20) “em muitos casos a Geografia escolar pode ser considerada como um marco inicial no desenvolvimento do conhecimento geográfico, e posteriormente, como algo que se reproduz a partir do que se fazia/faz na academia”.

Ainda segundo Albuquerque (2011), há dois marcos distintos na história da Geografia escolar no Brasil, sendo que o primeiro se iniciou por volta de 1830, que foi marcado pelo poder do saber geográfico, solidificando o papel da escola. O segundo momento de acordo com o autor, foi marcado por volta de 1911, onde nesse período se conhece a geografia moderna e também a pedagogia científica. Os dois marcos foram muito importantes para a história da geografia no Brasil, reforçando sua importância acadêmica, pois no primeiro momento se evidenciou o reconhecimento da geografia como instrumento de localização e no segundo a geografia dualista, onde foi evidenciado o tratamento da natureza e do outro a sociedade e suas dinâmicas e particularidades. 

De acordo com Albuquerque (2011), 

É preciso reconhecer que os primeiros manuais do século XIX traziam poucos conteúdos sobre o Brasil. Eles centravam suas abordagens sobre a Geografia geral. Nesta perspectiva, tratavam de Geografia matemática, Geografia “antiga”, cosmografia e corografia. Nesta última abordavam os continentes, dando ênfase à Europa, mas também trazendo um grande número de dados e nomenclaturas sobre a Ásia, África, América e Oceania. Alguns desses livros dedicavam-se especificamente ao estudo detalhado dos países europeus. Em linhas gerais, destacavam a nomenclatura de países e principais cidades, rios e montanhas, classificações de climas, além de dados quantitativos sobre a população (ALBUQUERQUE, 2011, p.30).

 

De acordo com Santos (2011), a Geografia emergiu a partir das necessidades imperialistas no século XIX, até se tornar, posteriormente, uma disciplina escolar. Assim, em relação aos conteúdos escolares, Orso (2008) destaca que:

Na maioria das vezes os conteúdos estão mais voltados para ensinar que “a Eva viu a uva”, ou seja, conteúdos abstratos, do que para compreender a vida concreta, isto é, a matemática da fome, o português da violência, a geografia e a história da exploração e dos problemas sociais, a ciência da história da vida real dos homens e voltam-se mais para a adaptação, para a alienação e para o conformismo do aluno ao meio do que para desmistificar, para questionar as condições de vida e o modo de produção capitalista. (ORSO, 2008, p.51).

 

A geografia segundo Santos (2011), é um ensino ligado a ciência social, onde sua compreensão engloba o entendimento por meio do espaço produzido a partir do campo social, partindo do princípio do trabalho, intencionando a produção dos seres sociais e seu estudo, onde muitas vezes demanda uma escala de cunho mundial.

Logo, a construção do conhecimento pode ser socialmente construída, onde são mediadas através da relação entre aluno e professor, constituindo ambos a agentes do saber, sendo ativos no processo de construção do aprendizado, sendo importante uma atitude sócio construtivista, onde, 

É “sócio” porque compreende a situação de ensino-aprendizagem como uma atividade conjunta, compartilhada, do professor e dos alunos, como uma relação social entre professor e alunos ante o saber escolar. É “construtivista” porque o aluno constrói, elabora, seus conhecimentos, seus métodos de estudo, sua afetividade, com a ajuda da cultura socialmente elaborada, com a ajuda do professor. (LIBÂNEO, 1995, p.6)

 

Desse modo, a relação entre professor e aluno, se torna fundamental para o bom processo de ensino e aprendizagem, onde a relação de sociedade entre ambos detentores de saberes, realizam trocas de conhecimentos em busca de uma construção elaborada e contextualizada.

Entretanto, em relação aos métodos e ensino e aprendizagem, a escola focava na memorização dos conceitos geográficos, dos nomes dos estados, países, capitais, cidades, serras, montes, bacias, características e outros, onde Albuquerque (2011), afirma que esse método se perdurou por tempos durante o século XXI, na geografia crítica, estando longe do ensino construtivista.

Cavalcanti (1993), ressalta que é importante vincular o ensino de geografia, aos conteúdos relacionados ao espaço geográfico, as práticas sociais, ao caráter social, as condições de uma sociedade, de modo a originar novos espaços. 

Assim, 

A importância de se vincular conteúdos de Geografia no ensino fundamental está vinculada ao caráter de espacialidade de toda a prática social e ao caráter social da espacialidade. Qualquer prática social – por exemplo, uma produção agrícola, a abertura de estradas, a instalação e o funcionamento de indústrias, um movimento político da sociedade – é condicionada pelo espaço (natural, social, histórico) e dá origem a um outro espaço, a uma outra espacialidade (CAVALCANTI, 1993, p. 70).

 

O autor aponta ainda que na rede pública de ensino, as situações desfavorecem de forma expressiva a estrutura do ensino, como indisciplina dos alunos, salários baixos e tantos outros. Cujos fatores desmotivam de forma significativa a carreira docente, onde por muitas vezes trabalhavam em jornada dupla para melhorarem os salários, causando ainda mais desmotivação. 

Segundo Cavalcanti (1993), há muitas questões que permeiam as práticas de ensino no Brasil, onde docentes não se encontram preparados para estarem a frente das salas de aulas, possuem suas metodologias engessadas a um ensino tradicional e pouco desafiador aos alunos e ainda fora do contexto real do aluno. 

Portanto, independentemente da prática de ensino utilizada pelo professor, a eficiência de suas aulas se dá pelos recursos utilizados, pela mediação satisfatória e efetiva do conteúdo, pela variação de metodologias utilizadas respeitando as singularidades e limites da sala e ainda trabalhar a partir do contexto vivenciado pelo aluno, proporcionando uma aula significativa e produtora de saber. 

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia, há norteadores de conteúdos no ensino que precisam ser estruturados de acordo com a faixa etária e ano escolar do aluno. Assim, o documento relata que: 

Outro critério fundamental na seleção de conteúdos refere-se às características de análise da própria Geografia. Procurou-se delinear um trabalho a partir de algumas categorias consideradas essenciais: paisagem, território, lugar e região. A partir delas é que podemos identificar a singularidade do saber geográfico. (BRASIL, 1998, p.39).

 

Segundo Carvalho (1925), todos os conteúdos deveriam ser ensinados com temáticas próximas da realidade e da rotina do dia-a-dia dos alunos. Porém, para que isso acontecesse seria necessário construir com a Geografia Moderna, onde o ensino da mesma trabalhava com ambos contextos que se interligavam, onde há junção de sociedade e natureza, em uma ligação de interdependência.  Dessa forma, o autor afirmava que:

A finalidade deste ensino é o estabelecimento elementar, mais claro e permanente, das relações entre a terra e o homem. E, por conseguinte, duplo o critério que vem sendo adoptado entre nós, no ensino de Geografia primaria: o alargamento gradual dos conhecimentos geographicos desde os pontos mais próximos e mais familiares até aos mais afastados e complexos e a necessidade de ficarem todas as explicações e descripções em redor do factor humano, desde o homem isolado até ao homem em sociedade, em nação e em diferentes continentes. (CARVALHO, 1925, p.48 apud ALBUQUERQUE, 2011, p.45).

 

Muitas mudanças aconteceram no século XX, e uma mudança importante foi no ensino primário, onde de acordo com Santos (2004, p.9) “a escola primária era considerada o caminho para regenerar a nação brasileira. Dentro dela, a geografia era tida como a disciplina que maior possibilidade teria de mostrar as grandezas naturais e os progressos produtivos e econômicos do país”. Diante dessa afirmação, pode-se dizer que é despertando desde muito cedo esses sentimentos nos alunos que o Brasil poderia se tornar melhor.

Cavalcanti (2010) cita que o “movimento” da década de 1980, focava no ensino de Geografia, procurando atribuir maior significado social a essa disciplina escolar, de modo a relacionar o ensino da disciplina envolvendo conhecimentos sobre os espaços geográficos e sua ligação com os humanos de forma contextualizada, sem separações, de forma a interliga-los. 

Assim, 

Com essas novas orientações, reafirmou-se o papel relevante da Geografia na formação das pessoas e reconheceu-se que mudanças relacionadas ao cotidiano espacial de uma sociedade globalizada, urbana, informacional, tecnológica requerem uma compreensão do espaço que inclua a subjetividade, o cotidiano, a multiescolaridade, a comunicação, as diferentes linguagens do mundo atual (CAVALCANTI, 2010, p. 5).


 

É necessário sempre repensar e reorganizar as metodologias utilizadas nas aulas de geografia, de forma que o ensino seja satisfatório e contribua com o desenvolvimento e aprendizado dos alunos de forma real e contextualizada, uma vez que dentro da sala é possível construir conhecimentos. Logo, a disciplina de Geografia é tão importante e fundamental como qualquer outra disciplina do currículo, precisando ter sua relevância reconhecida e valorizada por todos, uma vez que através do ensino da mesma, tratamos situações da formação e da consciência crítica do indivíduo.

Diante do exposto, o maior objetivo da geografia é desenvolver nos indivíduos a construção do pensamento autônomo nos alunos, ou seja, que criem condições de formular reflexões, críticas e ideias incitando o raciocínio geográfico, considerando a organização dos conceitos tratados em sua rotina. 

Portanto, de acordo com o presente estudo realizado a disciplina de geografia é de extrema importância para o currículo, sendo indispensável para a formação integral do aluno e consequentemente para a promoção da vida adulta, transformando-o em indivíduo crítico, reflexivo e criativo. 

 

3. Conclusão

 

Após o estudo realizado acerca do tema e chegado ao fim deste artigo, vale dizer que a Geografia, em suma, está muito longe de ser apenas uma disciplina escolar, isto é, ela pode ser equiparada a uma alça da vida, que nos permite enxergar aspectos e situações que nem sempre são delineados, permitindo visualizar de modo crítico e conciso.

Devemos pensar então que nós seres humanos, somos seres pensantes e devemos sempre nos posicionar em relação a alguma situação, haja vista que a sociedade é dinâmica e se encontra em constante mutação. 

Devemos nos expressar em todos os aspectos, podendo estes ser políticos, sócio-políticos, sociais, físicos, naturais, e outros, sendo indispensável diante de todas as condições impostas pela vida, cuja atividade pode ser desenvolvida através dos estudos da geografia, onde a mesma nos ensina a ser cidadãos críticos e reflexivos. 

É só assim que os nossos direitos serão válidos, assim como os deveres, partindo do princípio que só assim seremos cidadãos constituídos, onde todos temos a responsabilidade e o dever de sermos participantes ativos da sociedade, sendo nesta condição que a Geografia nos coloca, ou seja, nos permite entender o nosso papel no campo social, nossa verdadeira participação histórica em determinados lugares e épocas. 

Sendo assim, compete à escola também se colocar como um espaço socializador crítico, uma vez que, um dos principais objetivos desta disciplina está em inserir o cidadão no espaço social como ser crítico e ativo, e o mais importante, pensante.

Ainda em relação ao âmbito escolar, foi possível notar através da pesquisa o quanto ainda docentes precisam se reciclar, pois vários professores ainda apresentam suas aulas totalmente de formas tradicionais, que não despertam o interesse pela disciplina, cujas aulas são maçantes e desinteressantes. 

Os professores por sua vez devem sempre estar em constante formação e informação para que suas práticas e técnicas metodológicas possam ser ricas em dinâmicas e conhecimentos. Logo, é necessário o docente trabalhe a geografia a partir da junção de sociedade e natureza, de modo a demonstrar a importância dessa ligação ao aluno, para que o mesmo consiga construir seu conhecimento por meio de conhecimentos prévios, desenvolvendo novos valores éticos para si e para a sociedade. 

De forma geral, a pesquisa nos trouxe conhecimentos às vistas acerca das inovações vivenciadas pelo ensino de Geografia, marcada pela importância de um ensino contextualizado, de acordo com a realidade dos alunos, partindo para um ensino baseado na construção. 

Assim, sabe-se que devemos sempre buscar nos informar, conhecer, assimilar informações, para que saibamos nos posicionar e impedir que o povo seja enganado e até mesmo que sofra golpes, como vem ocorrendo com a política brasileira, cujo exemplo tem levado sociedades ao fracasso e ao descaso com suas localidades e bens. 

Infelizmente não é de interesse dos governantes que cidadãos sejam críticos e nem conhecedores dos seus direitos e deveres, mas devemos ir em frente, para que saibamos reagir a degradação humana e tirar o país da situação vexatória em que o mesmo se encontra, pois embora alguns praticam muito bem sua cidadania ainda há muito o que se fazer. 

Porém, a formação de conceitos por parte dos indivíduos é fundamental, compreendendo uma habilidade importante no dia-a-dia, de modo que consigam construir conceitos, realizar generalizações e tratar de diversos conceitos de forma real e objetiva. 

Portanto, conclui-se que Geografia pode ser uma grande aliada a nos auxiliar em uma situação de escuridão e nos fazer refletir sobre todos os aspectos, mesmo que por muitas vezes passamos pela desvalorização da classe docente, a escola ainda é a instituição de extrema importância na vida do cidadão e para a sociedade como um todo, pois a mesma apesar de sofrer muitos percalços é fundamental para a formação do cidadão de modo geral. 

 

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