A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA INTENSIVA NA RECUPERAÇÃO DE PACIENTES NA UTI

Por Inoan Rodrigues Costa Campos | 26/10/2016 | Saúde

Inoan Rodrigues Costa Campos1

Tamiris da Silva Rodrigues2

Leila Ribeiro3

RESUMO 

A fisioterapia quando aplicada na UTI, oferece uma visão geral do paciente, pois a mesma atua no amplo gerenciamento do funcionamento do sistema respiratório e de todas as atividades correlacionadas com a otimização da função respiratória. Portanto, esta pesquisa apresenta como objetivo descrever dados bibliográficos que justifiquem a importância da fisioterapia intensiva na recuperação de pacientes na UTI. A situação problema que fundamenta essa pesquisa é: Qual a importância da fisioterapia intensiva na recuperação de pacientes na UTI, tendo como base a pesquisa bibliográfica? Para tanto, a realização deste justifica pela busca de respostas para confirmar a hipótese de que a fisioterapia intensiva traz benefícios eficazes ao paciente na UTI, pois os profissionais da Fisioterapia que hoje agem nas UTI’s, ofereceram um aspecto mais compassivo a essa modalidade de assistência. Para a construção deste artigo utilizou-se a pesquisa bibliográfica, isto é, realizou-se um levantamento bibliográfico com livros didáticos e artigos científicos em Português, Inglês e Espanhol, utilizando o google tradutor para uma melhor compreensão do tema, foram selecionados os melhores autores que retratam o tema referenciado aos longos do artigo. Em suma, percebeu-se que a maioria dos autores pesquisados defende que a fisioterapia intensiva em pacientes críticos é muito importante para o tratamento, pois, ela pode reduzir o tempo de internação dos pacientes nas UTIs, diminuindo assim a incidência e a gravidade de sequelas. 

Palavras-chaves: Fisioterapia Intensiva. Paciente Crítico. Terapeuta. UTI.

  1. 1. Pós graduanda em Terapia Intensiva da IEE – Instituto de Excelência em Educação e Saúde – Palmas – 2016. e-mail: inoancampos@hotmail.com
  2. 2. Pós graduanda em Terapia Intensiva da IEE – Instituto de Excelência em Educação e Saúde – Palmas – 2016. e-mail: tamirissbt@hotmail.com
  3. 3. Professora/orientadora cursando douturado na área de Educação. Possui graduação em Biologia pela Faculdade De Filosofia, Ciências e Letras de Patrocínio e graduação em Fisioterapia pela Faculdade de Fisioterapia de Patrocínio. Especialização em Fisioterapia Cárdio-Respiratória pelo Centro Universitário do Triângulo. Atualmente é fisioterapeuta do Hospital e Maternidade Dom Orione (coordenadora da Fisioterapia).

INTRODUÇÃO 

Para Souza (2007) as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são consideradas como locais destinadas à prestação de assistências especializadas a pacientes em estado crítico. Para os pacientes aí internados há necessidade de controle rigoroso dos seus parâmetros vitais e assistência de enfermagem contínua e intensiva.

Este artigo tem como objetivo primordial descrever dados bibliográficos que justifiquem a importância da fisioterapia intensiva na recuperação de pacientes na UTI. Afinal, ela é considerada por diversos estudiosos como elemento principal nos cuidados necessários ao paciente crítico.

Partindo do pressuposto de que a fisioterapia intensiva aplicada a pacientes críticos é de extrema importância, e que deve ser estabelecida por diretrizes e boas práticas de indicação, prescrição e preparo buscando prevenir e evitar possíveis complicações. Este artigo está fundamentado na busca de respostas para a seguinte situação problema: Qual a importância da fisioterapia intensiva em pacientes críticos?

A fisioterapia através do movimento humano e suas variáveis é capaz de promover a recuperação e a preservação da funcionalidade, enquadrando assim dentro de nova perspectiva assistencial e de gestão na equipe multiprofissional.

Espera-se com a pesquisa bibliográfica encontrar respostas precisas para a seguinte hipótese: A fisioterapia intensiva para pacientes críticos traz benefícios eficazes, pois ela é uma ciência capaz de promover a recuperação e preservação da funcionalidade, podendo minimizar as possíveis complicações.

Para a realização desta pesquisa utilizou-se a pesquisa bibliográfica, ou seja, realizou-se revisão da literatura acerca do conceito e aplicação da fisioterapia intensiva para pacientes críticos.

Em suma no ambiente da UTI a fisioterapia deve-se agregar aos protocolos de observação multidisciplinar oferecido aos pacientes, com o intuito de proporcionar a melhor recuperação de sua condição física e a redução dos níveis de ansiedade e desconforto em pacientes visando assim evitar possíveis complicações.

CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS 

  1. Conceito de UTI 

UTI  é uma sigla utilizada para conceituar a Unidade de Terapia Intensiva ou Unidade de Tratamento Intenso (UTI) de um hospital, caracteriza um lugar apropriado para tratamento de pessoas acometidas por distúrbios ou instabilidade clínica e com potencial de agravamento importante.

As UTIs foram criadas a partir da necessidade de atendimento do cliente cujo estado crítico exigia assistência e observação contínua de médicos e enfermeiros. Esta preocupação iniciou-se com Florence Nightingale, durante a guerra da Criméia no século XIX, que procurou selecionar indivíduos mais graves, acomodando-os de forma a favorecer o cuidado imediato (LINO; SILVA, 2001, p.35) 

Para compreender a evolução do surgimento das UTI’s é preciso remeter ao início do século XX época em que foram criadas as salas de recuperação, espaço em que os pacientes eram levados após alguma neurocirurgia no Hospital Johns Hopkins (EUA). Já no Brasil elas só começaram a ser implantadas na década de 70, primeiramente no hospital Sírio Libanês em São Paulo com apenas dez leitos (1971). (PEREIRA JÚNIOR GA; et. al. 1999); (ARRUDA, 2015, online).

A partir da necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos materiais e humanos para atendimento a pacientes graves é que surgiram as UTIs. Segundo Amorim e Silvério (1998, p.32): 

A unidade de terapia intensiva é um conjunto de elementos funcionalmente agrupados, que se destina ao atendimento de pacientes graves ou de riscos que necessitam de assistência médica e de enfermagem continuamente, além de equipamentos e recursos humanos especializados.

Silva (2001) coloca que a importância de se contextualizar, tanto para o paciente como para sua família, a compreensão de que a UTI é uma etapa fundamental para superação de determinados processos patológicos, porém tão importante é aliviar e proporcionar conforto independente do prognóstico ao qual o mesmo possa estar envolvido. Assim a equipe deverá estar orientada nos aspectos referentes ao respeito, a dignidade e auto-determinação de cada pessoa hospitalizada, estabelecendo e divulgando a humanização durante a execução de seus trabalhos, buscando amenizar os momentos de dificuldade vivenciados através do paciente e de sua família.

Entende-se que UTI são espaços hospitalares destinados a pacientes em estado grave, que carecem de cuidados altamente complicados e controles rigorosos, e nesse lugar ocorre tratamento de forma intensa. Neste local existe um sistema de monitorização contínua que permite o rápido tratamento para os pacientes graves ou que apresentam uma descompensação de um ou mais sistemas orgânicos. “O Cuidado Intensivo dispensado a pacientes críticos, torna-se mais eficaz quando desenvolvido em unidades específicas, que propiciam recursos e facilidades para a sua progressiva recuperação” (GOMES, p.84, 1988).

Pereira Júnior (1999) descreve ainda que o profissional que trabalha nas UTI’s é chamado de intensivista e a equipe é sempre formada por diversos profissionais como fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e outros, além dos médicos. O autor relaciona o termômetro, oxímetro de pulso (mede a oxigenação nos tecidos do paciente), eletrocardiográfico (mede a frequência cardíaca e a pressão arterial), monitor de pressão arterial, monitor cardíaco, sonda naso-enteral (para alimentar o paciente), sonda vesical (para coletar a urina); máscara e cateter de oxigênio (auxiliam a respiração), cateter (dispositivo que auxilia a circulação sanguínea), tubo orotraqueal (auxilia a respiração do paciente), ventilador mecânico (injeta e retira ar dos pulmões do paciente quando este não consegue respirar sozinho), como alguns dos equipamentos encontrados nas unidades de terapia intensiva.

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