A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA A INCLUSÃO...

Por jaqueline dos santos soares | 25/01/2017 | Educação

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA A INCLUSÃO E DESENVOLVIMENTO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Jaqueline dos Santos Soares

Jackeline Menezes de Sá

Resumo

Neste artigo irei abordar sobre a importância da Educação Física Adaptada para incluir alunos com necessidades especiais, para que esse aluno assim como os outros denominados “normais” possam ter o mesmo direito e as mesmas possibilidades de desenvolvimento físico e psíquico, fazendo que o aluno com necessidades especiais possa estar se socializando com os outros alunos, e mudando esse pensando que só porque ele tem algum tipo de necessidade ele é inferior ao outro colega que se diz normal, ele é diferente sim assim como todos nós somos diferentes uns dos outros e devemos ser tratados diferentes de acordo com nossas individualidades, mais não devemos excluir ninguém. E a primeira coisa que se tem que se ensinar é que devemos respeitar uns aos outros, estabelecendo relação de afetividade.

Palavras Chave (Educação Física Adaptada– Inclusão – Necessidades Especiais)

INTRODUÇÃO

A escola é um lugar onde a criança tem que se sentir acolhida, amada, se sentir a vontade para que ela possa desenvolver integralmente, a escola pode fazer o sucesso ou o fracasso do aluno, e o professor de Educação Física tem uma grande responsabilidade em suas mãos, pois nas aulas de Educação Física a criança desenvolve seus aspectos mentais, psicológico, social, cultural, físico, contribui para o pleno desenvolvimento da criança.

Não se deve excluir nenhum aluno das aulas de Educação Física, independente se ele tem necessidades físicas ou mentais, tem que se criar oportunidades para o mesmo estar participando das aulas de forma integral, e com isso o professor terá que usar de sua criatividade e buscar conhecimentos para que possa adaptar as suas aulas para todos os tipos de alunos e suas necessidade especiais.

  A constituição federal de (1988) e a lei de diretrizes e bases da educação nacional (lei n° 9394/96) diz que todas as escolas devem receber os indivíduos com necessidades especiais. Mais não somente recebê-los, mais da oportunidade dos mesmos estar participando das aulas de maneira ativa, pois do que adianta o aluno com necessidades estarem freqüentando as aulas mais não estarem inseridos dentro dessas aulas, os mesmos tem que ter a experiência de convivência e aprendizado com os outros alunos, e o professor tem que ensiná-los a respeitar uns aos outros e a si próprios.

METODOLOGIA

O presente artigo foi realizado através de pesquisa na web e artigos científicos, para que através desse artigo os professores possam estar despertando a atenção para o estudo da Educação Física Adaptada, e possam surgir novos estudos para podermos ampliar o conhecimento a respeito desse assunto.

Essa pesquisa foi feita para que os professores de Educação física se conscientizar que eles têm um papel muito importante na construção de conhecimento da criança, e o mesmo não pode focar suas aulas somente no senso comum, ele tem que buscar atingir todos os alunos para que assim todos tenham a mesma oportunidade de vivenciar as práticas pedagógicas.

.

REVISÃO E DISCUSSÃO DA LITERATURA

Hoje em dia se fala muito sobre inclusão escolar, mais quando se fala em incluir alguém isso quer dizer que esse aluno está excluído. Devemos mudar nossa concepção assim como a escola deve mudar seu sistema educacional para que todas as crianças sejam beneficiadas levando em conta a sua individualidade e não suas deficiências.

Mas temos que pensar que para que a inclusão se efetue, não basta estar garantido na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto sócio.­econômico, além de serem gradativos, planejadas e contínuas para garantir uma educação de ótima qualidade (Bueno, 1998).

 A inclusão depende da mudança de valores da sociedade, por isso o professor de Educação Física além de incluir a criança com necessidades especiais em suas aulas deve fazer com que os outros alunos não o rejeite, o respeite e o entenda que apesar desse aluno ter alguma necessidade ele e uma criança assim como ele.

Kunc (1992), fala sobre inclusão: "o principio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a idéia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo".

Mais não adianta de nada a escola aceitar um aluno com necessidades especiais se a escola não responder as diversas necessidades deste aluno, pois ele será um mero coadjuvante, sendo privado de ter as vivências das práticas pedagógicas que as outras crianças têm.

Torna-se importante frisar que todos devem estar engajados nesta luta para que aconteça o processo de inclusão. No entanto, mesmo com essa perspectiva conceitual transformadora, as políticas educacionais implementadas não alcançam o objetivo de levar a escola comum a assumir o desafio de atender as necessidades educacionais de todos os alunos. (BRASIL, 2008, p.15).

São várias as barreiras que a inclusão enfrenta como o desrespeito, preconceito, falta de apoio, resistência. Não se pode pensar em inclusão sem pensar em educação para todos, para que possa mudar a mente das pessoas e estas além de respeitar as diferenças, possam entender que não é só o indivíduo com necessidades especiais que sai ganhando nesse processo, somos todos nós em igual medida.

Pensando neste aspecto a autora Werneck (1997) destaca que, "Incluir não é favor, mas troca. Quem sai ganhando nesta troca somos todos nós em igual medida. Conviver com as diferenças humanas é direito do pequeno cidadão, deficiente ou não." (p.58).

A educação Física adaptada se aplicada é uma ótima forma de inclusão, pois ela é uma ferramenta na qual o professor irá não só incluir o aluno com necessidades especiais na aula, como fazê-lo vivenciar as práticas pedagógicas e assim ajudá-lo em seu desenvolvimento integral, aprimorando suas habilidades.

Segundo os PCN’S (1997, p. 30) “Na escola, portanto, quem deve determinar o caráter de cada dinâmica coletiva é o professor, a fim de viabilizar a inclusão de todos os alunos. Esse é um dos aspectos que diferencia a prática corporal dentro e fora da escola”.

O professor de Educação Física tem que buscar se capacitar constantemente para estar preparado para desenvolver atividades adaptadas que atendam a todos os tipos de alunos e que possam atender a seus interesses e envolvam todos os alunos, e ser criativo para sempre estar inovando e criando atividades que vão fazer com que os alunos criem respeito uns pelos outros se socializem, se superem a cada dificuldade, para que suas aulas um instrumento de aprendizagem entre os alunos.

Na vida profissional de um professor ele recebe vários alunos especiais, formam a classe com alunos chamados de normais, apesar dessa circunstância, se não forem oferecidas condições de ensino, cursos de capacitação e materiais alternativos e/ou adaptados para que possa exercer melhores condições de ensino a situação dos professores fica fragilizada. Se o investimento na qualidade de ensino não se tornar uma ação constante, pode intensificar a rejeição já existente nas escolas e resultar em maiores dificuldades desses educando de estudarem juntos aos outros alunos. (MANTOAN, 2006).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer deste artigo, pude concluir que a Inclusão da Pessoa com Deficiência na Escola Regular é um processo que exige respeito, dedicação e compreensão ao próximo, tanto das instituições de ensino, quanto as pessoas que recebem este aluno, aceitando as diferenças de cada um.

É preciso que, antes de tudo o próprio aluno com deficiência se aceite dentro de seus limites para que seja incluído na sociedade. A nova Política de Educação Inclusiva enquanto política publica, tem sustentado novas propostas no campo da Educação Especial, no que diz respeito à formação dos profissionais para atuarem na área, organização dos serviços e as características dos alunos que compõe este universo.

É possível observar ações desenvolvidas pela Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação com o objetivo de consolidar a Educação Inclusiva nas políticas Nacionais. A atuação do professor e a forma de ministrar suas aulas devem ser analisadas com mais rigor, ou seja, ele não deve se prender a metodologias prontas.

Sabemos que educar uma criança com necessidades educativas especiais é uma experiência nova para o professor e também um desafio. Para ensinar a turma toda se parte do pressuposto que todo educando pode aprender porém, nos métodos e no jeito que lhe são apropriados, portanto é essencial que todo professor nutra uma elevada expectativa pelo aluno.

O sucesso da aprendizagem esta em explorar, possibilidades, talento e as predisposições atuais do aluno. As deficiências, as dificuldades, e limitações precisam ser reconhecidas, mas não devem restringir o processo de ensino. As escolas devem avaliar as inovações em seu projeto político pedagógico para julgarem a necessidade de programar propostas inclusivas na escola comum.

Neste sentido, faz-se necessário rever os conceitos da educação inclusiva, pois ela é o principal alicerce para o desenvolvimento social das pessoas com deficiência. Entretanto se deve ressaltar que deixar um aluno com necessidades educativas especiais em uma sala regular e não atender as suas necessidades, não é inclusão, pois as dificuldades existem e quando passamos a observá-las de forma crítica o trabalho, pode ser mais bem planejado.

Portanto é essencial que o poder público, federal, estadual e municipal encare os problemas referentes à educação para todos de frente, não como um favor a nós e sim como uma obrigação para todos, obrigação esta que deve ser cumprida.

Sabe-se que tratar de Inclusão Escolar de fato ainda é divergente, não se tem um único método, ou formula para ter êxito no que tange a proposta inclusiva. Propor medidas, conceitos e reavaliações educacionais sobre como ensinar e como aperfeiçoar os docentes para esse tipo de educação torna-se a ferramenta imprescindível ao alcance dos objetivos que a escola inclusiva propõe ao aluno deficiente.

A lei diz que e direito de todos à educação, portanto cabe à escola aprender a conviver com as diferenças e traçar caminhos que levem de fato a inclusão. A LDB fala de igualdade, respeito, qualidade dos direitos, cabe a todos nos cumpri-las ou cobrar o seu cumprimento para que os alunos portadores de deficiência sejam realmente atendidos na sociedade e na escola, pois tratar da educação para todos é uma tarefa inacabada, como vimos a todo o momento leis, decretos e declarações são aperfeiçoados para o cumprimento da inclusão, cabe a nós como cidadãos com direitos e deveres fazer jus ao que se referem constituições inclusivas encarando todo esse paradigma de frente com o compromisso de respeitar as diferenças na igualdade do ensino.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.p.168.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação física / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.

Referenciais para Construção de Sistemas Educacionais Inclusivos-Fundamentação Filosóficos a História a Formação-EDUCAÇÃO INCLUSIVA Direito à Diversidade-curso de Formação de Gestores e Educadores.

WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro: ED. W.V.A, 1997.

MANTOAN, Maria Teresa Egler O direito de ser, sendo diferente, na escola. In: RODRIGUES, D. Inclusão e Educação: Doze Olhares sobre a Educação Inclusiva. São Paulo Summus, 2006.


Artigo completo: