A IMPORTÂNCIA DA DETERMINAÇÃO CONTÁBIL DE UM TRATAMENTO...
Por karoline barbosa de souza | 11/10/2016 | AdmA IMPORTÂNCIA DA DETERMINAÇÃO CONTÁBIL DE UM TRATAMENTO SEGREGADO PARA O CONTRATO DE SEGURO
1INTRODUÇÃO
Com o passar dos tempos a necessidade de se resguardar contra eventuais acontecimentos foi crescendo a cada dia. Desta forma a população no geral sentiu a necessidade de se prevenir contra os contratempos, surgindo o seguro. O seguro é um contrato que mediante um prêmio de seguro uma das partes se obriga a indenizar a outra por algum prejuízo descrito no contrato, seja eventual, material ou pessoal. A atividade de seguradoras no Brasil teve inicio em 1808 por meio da Companhia de Seguros Boa Fé que operava no ramo de seguro marítimo. Ao longo dos anos o mercado de seguro cresce gradativamente, crescimento que reflete positivamente no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. (SUSEP, 2015). Regulamentada principalmente pela SUSEP Sistema Nacional de Seguros Privados a atividade de seguros no Brasil em 1966, por meio do Decreto-lei n° 73, de 21 de 'novembro de 1966, foram reguladas as demais operações de seguros e resseguros, constituídos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); Instituto de Resseguros do Brasil (IRB); sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e corretores habilitados. As seguradoras no Brasil são constituídas sob a forma de sociedade anônima e são regulamentadas pelas normas instituídas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC e Comissão de Valores Mobiliários CVM. (SUSEP, 2015). Com o projeto estabelecido pelo IASB Internacional Standards Board, que veio para regulamentar e padronizar as demonstrações contábeis no Brasil por meio do CPC 11 – Contratos de Seguros, a forma de demonstrar as políticas contábeis agregou um tratamento claro e padronizado que será analisado em uma empresa com forte influencia no mercado de seguros, Porto Seguro Vida e Previdência S/A.
1.1 Problema de Pesquisa
Com o intuito de analisar as peculiaridades dos contratos de seguro surgiu a necessidade de explorar a seguinte problemática; qual a importância da determinação contábil de um tratamento segregado para o contrato de seguro?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar a importância da aplicabilidade do CPC 11 Contratos de Seguro apresentando a aplicação do CPC nas praticas contábeis da companhia estudada.
1.2.2 Objetivos Específicos
Apresentar a forma da companhia estudada em se adequar ao procedimento de tratamento de dados Verificar quais peculiaridades contábeis se apresenta acerca da temática. Analisar os procedimentos de contabilização em uma companhia de destaque no ramo de seguros.
1.3 Justificativa
As principais normas que regem a contabilidade são segundo a SUSEP a resolução CNSP nº 86 de 2002 e a circular nº 334 de 2007, ambos dispõe sobre as normas contábeis a serem observadas pelas seguradoras e resseguradoras. O CNSP fixa diretrizes e normas políticas, com o principal objetivo de alinhar a política de seguros. Com base no CPC 11 – Contratos de Seguros surgiu à necessidade das empresas brasileiras se adequarem as normas internacionais. A escolha do assunto a ser desenvolvido partiu da vontade de evidenciar a importância do estudo e análise das políticas contábeis nos contratos de seguro. Que é um fator cuidadosamente evidenciado nas demonstrações contábeis da empresa Porto Seguro Vida e Previdência, conforme aplicações dispostas no CPC 11- Contatos de Seguro, as análises propostas foram divulgadas com base nas demonstrações do semestre findo em 30 de Junho de 2015.
2 REFERENCIAL TEORICO
No referencial teórico serão abordados conceitos teóricos e demonstrações gráficas de do seguro e os campos envolvidos para se chegar há uma análise construtiva da política das demonstrações contábeis da companhia estudada. 2.1 Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - órgão encarregado por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; é formado pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça, representante do Ministério da Previdência Social, Superintendente da Superintendência de Seguros Privados, representante do Banco Central do Brasil e representante da Comissão de Valores Mobiliários. Das funções do CNSP estão: regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que executam atividades subordinadas ao SNSP, bem como a cumprimento das penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; determinar as diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das devidas operações e instruir a corretagem de seguros e a profissão de corretor. (BACEN, 2015). Conforme descrito no portal SUSEP as atribuições do CNSP são basicamente; Fixar diretrizes e normas da política de seguros privados; Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, bem como a aplicação das penalidades previstas; Fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do IRB; Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações; Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor. (SUSEP, 2015).
2.2 Instituto de Resseguros do Brasil – IRB
Em 1939 foi criado o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), por meio do Decreto-lei n° 1.186, de 3 de abril de 1939. As sociedades seguradoras se tornaram obrigadas, desde então, a ressegurar no IRB as responsabilidades que excedessem sua capacidade de retenção própria, por meio da retrocessão, passou a partilhar o risco com as sociedades seguradoras em execução no Brasil. O Instituto de Resseguros do Brasil oferece soluções para riscos de propriedades, financeiros, de petróleo e gás, rurais, de pessoas, engenharia, transportes e responsabilidade civil, entre outros. (IRBBRASIL RE, 2015).
2.3 Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
A Superintendência de Seguros Privados foi criada por meio Decreto Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, suas principais atribuições são; Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização; Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem; Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas; Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. (SUSEP, 2015).
2.3.1 Segregação de Mercados
A tabela abaixo demonstra os valores de receitas, apurados para os mercados supervisionados, sendo de seguros, previdência e capitalização. No entanto será apresentado com enfoque relevante de maneira agrupada e segregada voltada para o mercado de seguros e os percentuais de participação no PIB.
De acordo com os dados coletados, levando se em consideração a participação no PIB, o mercado de seguros apresentou grande crescimento, elevando do nível de 1.86% para o 11 patamar de 3.00% em 2013, o que é bastante relevante, uma vez que o PIB brasileiro também se manteve crescente na maior parte do período. Os valores do segmento de seguro saúde se encontram sobre a supervisão da Agencia Nacional de Saúde Suplementar ANS desde agosto de 2001 por isso não foram levantados nesta amostra. (RELATÓRIO DE ANÁLISE E ACOMPANHAMENTO DOS MERCADOS SUPERVISIONADOS, SUSEP, 2014). Sobre os gráficos de concentração do mercado de seguros por empresa e grupos econômicos o Relatório de Analise da SUSEP destaca que;
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