“A IMPORTÂNCIA DA APRECIAÇÃO ARTÍSTICA E DO TRABALHO COM OBRAS DE ARTE PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIATIVIDADE E DA SENSIBILIDADE INFANTIL”

Por Lhais Leite | 27/11/2017 | Educação

Baseando-se no Art. 3º da Nova LDB, Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996: “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:...- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a Arte e o saber...” No entanto, existe a necessidade de conscientização não só dos educadores, como também de toda sociedade. Deste modo, consideramos fundamental opinar sobre a importância da Arte em nossas Escolas. A Educação Artística e extremamente importante para o desenvolvimento global do ser humano, devendo ser trabalhada, com liberdade e seriedade desde cedo. Partindo do pressuposto de que não são oferecidos tais suportes, a tendência é que o aluno bloqueie sua criatividade, visto que não lhe foram oferecidas tais condições.

A importância de valorizar a artes desde o início da vida da criança se dá pelo fato da necessidade que o universo infantil tem em ser estimulado, desafiado, confrontado de forma que venha enriquecer as próprias experiências da criança. Desde muito cedo, o mundo é um campo de investigação para as crianças. Tudo vira objeto de investigação. Mole, duro, fino, grosso, macio, áspero, pequeno, grande. Os olhos e as mãos se movem rapidamente - e narizes, orelhas, cabelos, óculos, brincos, chaves e chocalhos estão entre os "alvos" prediletos. E tudo passa pela boca. Nessa fase de descoberta, cabe aos adultos sinalizar o que pode ser experimentado. Na Arte, a experimentação é fundamental e esse espírito deve ser estimulado. Sabemos que os pequenos não fazem Arte porque não têm a intenção de fazê-lo, mas o educador bem preparado pode realizar um bom trabalho. É freqüente na Educação Infantil focar os procedimentos.

Ao potencializar as possibilidades de meios, suportes e ferramentas, fica mais fácil identificar marcas pessoais. Enquanto as crianças exploram, os educadores devem socializar as descobertas para que as trocas ocorram. Quando o adulto comenta o que os pequenos fazem, legitima e valoriza as conquistas, além de comunicar aos outros que eles também podem experimentar possibilidades. Os procedimentos também precisam ser considerados: ensinar desde cedo a usar a colher para comer e o pincel para pintar. Da mesma forma, a sopa serve para comer e a tinta para pintar. Nessa fase, não é bom apresentar a escova de dente como uma ferramenta de pintura, pois a criança primeiro precisa conhecê-la em sua função original.  As propostas, na maioria das vezes, devem ser individuais, pois as crianças não trabalham em grupo, mas lado a lado. Como o processo é mais importante que o produto, está totalmente liberado fazer e desmanchar. Nem tudo precisa ser exposto, mas algumas produções podem ser colocadas em murais baixos, para revelar a importância de apreciar.

As próprias crianças nos mostram como o olhar faz sentido. Hoje, a quantidade de estímulos visuais é muito grande e um modo de ajudá-las a conhecer e selecionar o que lhes interessa é criar situações de observação e conversa partindo de imagens, como reproduções de obras, fotos, vídeos, postais, slides, transparências, desenhos e pinturas infantis. Observar imagens de artistas em seus ateliês, na relação com diferentes materiais, ajuda a ampliar as referências como apreciadoras de Arte e nas produções próprias. Enquanto mediador do conhecimento, o professor é essencial para incentivar o aluno, seja ele pelo caminho da arte ou por outra área do conhecimento, oferecendo os melhores suportes, de forma que venha a somar no crescimento e formação do mesmo.