A IMPORTÂNCIA NA LEITURA E DA ESCRITA COMO AGENTES TRANSFORMADORES NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS.

Por JISELMA PEREIRA DA SILVA | 22/09/2023 | Educação

A IMPORTÂNCIA NA LEITURA E DA ESCRITA COMO AGENTES TRANSFORMADORES NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS.

Escrito em colaboração com as educadoras 

JISELMA PEREIRA DA SILVA 

ODILZA SANTANA DE ALMEIDA CAMPOS 

SOLANGE VITORINO SANTANA DA CURZ

INTRODUÇÃO 

O período mais difícil de toda a vida escolar é o período de alfabetização, pois requer de todos os professores uma busca de estratégias ou métodos de ensino que possa estimular os alunos garantindo o seu desenvolvimento e participação na construção do conhecimento.

Sabemos que a alfabetização um processo de representação a criança para aprender a ler e escrever precisa do domínio da codificação e decodificação, precisa aprender não só o que a escrita representa mas também de que forma ela representa, graficamente a linguagem na aprendizagem da leitura e da escrita.

 O mundo atual acha-se cada vez mais centrado na escrita o apelo informativo em nossa volta é muito grande. A muitos códigos que interagem com as varias linguagens, com isso, exige reflexões e pratica relacionadas a comunicação que oportunizam uma participação social maior do individuo e o melhor atendimento das demandas sociais. 

Sendo assim, não basta somente saber ler e escrever é necessário ser letrado, o letramento exprime um nível maior de compreensão das palavras é preciso usar a leitura e escrita nas praticas sociais, que aprende a ler e escrever e passa a usar a leitura e a escrita no seu dia, dia, torna-se um pessoa diferente, muda o seu modo de viver e a sua maneira de pensar agir, falar e até mesmo a sua participação na comunidade onde vive.

DESENVOLVIMENTO 

Uma sala de aula nunca é totalmente homogênea, existem alunos que aprendem rápido e facilmente, outros que demoram mais e ainda outros que necessitam de ajuda específica e / ou especializada e de atividades diferenciadas.

Nesse sentido, é de suma importância que o educador esteja informado sobre as dificuldades que interferem na aprendizagem da leitura e da escrita, para, compreendendo a situação, busque mecanismos efetivos para suprir tais deficiências e não simplesmente abandone o aluno a mercê da própria sorte. “O risco de crianças com dificuldades na aprendizagem, ficar a margem do processo é muito grande e, nas escolas, em geral acaba reprovando” tendo passado um ano inteiro sem avançar quase nada no seu processo de alfabetização.

Foi pensando nessa questão que o presente trabalho está sendo construído, pois temos convicção de que o domínio da leitura e da escrita são algumas das atividades mais importantes e prazerosas do ser humano, e que o permitem se relacionar de forma abrangente com o mundo. A leitura é uma das formas de conhecer o mundo sem sair do lugar, bem como sonhar, rir, devanear, preencher momentos de lazer, confirmar ou refutar um conhecimento, seguir instruções para o desempenho de alguma atividade e ampliar os horizontes. 

Assim, gradativamente irá se formando, além de um leitor competente, um escritor que vê na escrita uma forma de se comunicar com o mundo, seja através da expressão de sentimentos, comunicação de idéias, registro de achados científico e até mesmo uma forma de se destacar enquanto profissional. 

Porém, sabe-se que o momento atual exige muito mais do que a simples decodificação do texto, como acontecia até a década de 70, onde se usava Textos curtos, vazios de significados, um amontoado de palavras e frases desvinculadas da realidade. 

Desta forma os alunos decodificavam textos, mas mostravam-se inaptos para compreendê-los e interpretá-los. No início do processo de alfabetização, até que as crianças tenham dominado a forma de organização do código escrito, faz-se necessário o treino de sílabas, palavras e frases. 

Entendendo o processo é hora de partir para textos mais elaborados e variados. Com o desenvolvimento das teorias sobre leitura e da divulgação de pesquisas nessa área, entendeu-se que a decodificação é apenas um dos procedimentos utilizados na leitura e a escola precisa de uma reflexão muito mais fundamental, é necessário ir além da simples decodificação de símbolos, partir para o letramento.

Um leitor experiente, ao analisar sua própria leitura, constatará que a decodificação é apenas um dos procedimentos que utiliza quando lê. A leitura fluente envolve uma série de outras estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível rapidez e proficiência. 

É o chamado leitor competente, alguém que sabe selecionar, dentre os textos de circulação sócia, bem como ler não apenas o que está escrito explicitamente, mas outros textos já lidos. É nesse sentido que o presente trabalho busca contribuir.

O domínio da escrita está sempre associado ao desenvolvimento políticocultural e econômico de um povo. Assim, nos países mais desenvolvidos o número de analfabetos é ínfimo, a maior parte da população tem acesso à escrita, bem como à maioria dos bens que a sociedade produz.

Ao contrário, nos países com baixo desenvolvimento, o índice de analfabetismo é grande entre as classes sociais menos favorecidas. Por outro lado, o alfabetizado é aquele que foi ensinado pelo processo escolar de alfabetização que, para ler, basta seguir com os olhos, linha por linha, o texto escrito, tentando transformar cada letra, sílaba e palavra numa oralidade que seja sem muito sentido.

Tendo em vista o precário dispositivo que foi ensinado ao alfabetizado, o mesmo encontrou no decorrer dos anos muitas dificuldades na escrita.

 A chegada do século XX inaugurou uma fase de explosão da informação, redimensionando o papel da escrita nas sociedades modernas, confrontando uma série de problemas e dificuldades na linguagem escrita apresentadas pelas crianças na rede escolar do nosso país.

Sabe-se que mesmo diante dos problemas na linguagem escrita, ela é importante e merece grande atenção por parte da escola, pois é através da escrita que o indivíduo comunica suas idéias, sem limitações de tempo e espaço, é pela escrita que se expressa e fixa as idéias e emoções. O valor da expressão escrita destaca-se, no que se refere à realização pessoal; um trabalho bem escrito dá uma impressão bastante agradável ao leitor, que terá ótima impressão do que leu e por sua vez o escritor se sente satisfeito ao ver sua obra concluída. 

À escola cabe o papel de propiciar o desenvolvimento da expressão escrita, oferecendo ao educando oportunidades para adquirir hábitos e atitudes, possibilitar-lhes acesso aos variados tipos de textos, mostrando as características e formas de estrutura de cada, desenvolvendo assim as habilidades Indispensáveis à comunicação escrita. Segundo Soares, 2003, p.91, o termo alfabetização vem bem antes do termo letramento. É que o termo alfabetização sempre foi usado para referir-se a inserção do indivíduo no mundo da escrita, sendo assim, havia a necessidade de esclarecer que a alfabetização não era apenas utilizada quando se queria obter o conhecimento da tecnologia da escrita, mas também, a formação do cidadão leitor e escritor. 

Entretanto, o uso da palavra letramento, distinguiu os dois processos, primeiro garante a especificidade do processo de aquisição da tecnologia da escrita, por outro lado, da visibilidade ao processo de desenvolvimento da habilidade e facilidade o uso de tecnologia em práticas sociais que envolvem a língua escrita. 

Letramento De acordo com os PCNs de língua Portuguesa (2000, p.40-41) o trabalho com leitura como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referencias modelizadoras. 

A leitura, por um lado, nos fornece matéria-prima para a escrita: e o que escrever. Por outro, contribui para a constituição de modelos:como escrever(..) não se trata de simplesmente extrair informações da escrita, decodificando-a letra por letra, palavra por palavra(...) implica necessariamente, compreensão na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura propriamente dita (...) um leitor competente só pode constituir-se mediante uma pratica constante de leitura de textos de fato, a partir de um trabalho que deve se organizar em torno da diversidade de tetos que circulam socialmente. 

Nesse sentido, a leitura é um dos aspectos mais importantes para a criança como o ponto de partida para aquisição de conhecimentos, meio de comunicação e socialização, lazer, ampliação dos horizontes, forma de “viajar” pelo mundo, só um leitor competente é capaz de compreende o que lê e outros textos lidos, bem como entender os vários sentidos que podem ser atribuídos a um texto Segundo Silva (1986) Para iniciar o ensino da leitura, é necessária a criança tenha adquirido maturidade menta, física, social e emocional. O importante não é que a criança aprende tão somente a decifrar os símbolos (letras) impressos, mas que saiba captar a mensagem, o sentido das palavras. 

A leitura é de grande importância no desenvolvimento da criança; ela exerce não só a função de comunicação como também a função de conduta. Freire expressa que: A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquela. 

Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançado por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto (FREIRE,1985, p.59) Desta forma a compreensão do texto depende do conhecimento do mundo, é baseado nisto que podemos refletir e interpretação , baseado na concepção de vida e suas experiências.

CONSIDERAÇÕES

 Diante do exposto temos convicção de que o domínio da leitura e da escrita são algumas das atividades mais importantes e prazerosas do ser humano, e que o permitem se relacionar de forma abrangente com o mundo. A leitura é uma das formas de conhecer o mundo sem sair do lugar, bem como sonhar, rir, devanear, preencher momentos de lazer, confirmar ou refutar um conhecimento, seguir instruções para o desempenho de algumas atividades e ampliar os horizontes. Assim, gradativamente irá se formando, além de um leitor competente, um escritor que vê na escrita uma forma de se comunicar com o exterior, seja através da expressão de sentimentos, comunicação de ideias, registro de achados científicos e até mesmo uma forma de se destacar enquanto profissional. Porém, sabe-se que o momento atual exige muito mais do que a simples decodificação do texto, como acontecia até a década de 70, onde se usavam textos curtos, vazios de significados, um amontoado de palavras e frases desvinculadas da realidade. Desta forma os alunos decodificavam textos, mas mostravam-se inaptos para compreendê-los e interpretá-los. No início do processo de alfabetização, até que as crianças tenham dominado a forma de organização do código escrito, faz-se necessário o treino de sílabas, palavras e frases, cabendo assim ao educador a percepção do momento exato de avançar no processo de ensino-aprendizagem e a de partir para textos mais elaborados e variados. Com o desenvolvimento das teorias sobre leitura e da divulgação de pesquisas nessa área, entendeu-se que a decodificação é apenas um dos procedimentos utilizados na leitura e a escola precisa de uma reflexão muito mais fundamental, é necessário ir além da simples decodificação de símbolos, partir para o letramento. Um leitor experiente, ao analisar sua própria leitura, constatará que a decodificação é apenas um dos procedimentos que utiliza quando lê. A leitura fluente envolve uma série de outras estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível rapidez e proficiência. É o chamado leitor competente, alguém que sabe selecionar, dentre os textos de circulação sócia, bem como ler não apenas o que está escrito explicitamente, mas outros textos já lidos. É nesse sentido que o presente trabalho busca contribuir. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa, Secretaria de Educação Fundamental. Brasilía, 1997.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1985.

Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários á práticas educativas. Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra, 2013. 

LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência - o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1993. 13ª reimpressão, 2004.

SILVA, Ezequiel Theodora da. Leitura e Realidade Brasileira. 3. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986.

SOARES, Magda. Letramento e escolarização. In: RIBEIRO, era Masagão (org.). Letramento no Brasil. São Paulo: Global, 2003. Pt. 2 p.89-115. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1994

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