A imaginária descrição.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 24/02/2013 | Filosofia

A imaginária descrição.

Isso aqui é um vazio imenso.

Que descrevo pelos sinais atraídos.

Léria ao caminho da imaginação.

Aos eixos da gravidade.

Ao que devo dizer.

A misantropia de um santuário.

A mnemonização do destino.

 Sem  finalidade.

Tantas vezes aos pés publicamente.

Os sinais literalmente descritos pela vontade.

Os imiscíveis pronunciamentos devem dizer lhes aos cantos dos segredos.

Isso aqui é uma onda a qual não poderia ser descrita.

Qual o sentido de piscar aos olhos os fretes imprecativos.

O que devo acreditar a não ser a ânsia dos significados.

O comboio dos tempos preso às estrelas e suas luzes.

Então porque nascemos e perpetuemos ao imperscrutável silêncio.

Tudo que quero dizer não sei falar, muito menos pensar.

A cultura peremptória do vosso entendimento entre as palavras escolhidas.

O restrugir ondulado solicitamente ao mistério bálsamo premeditado.

A insubsistência converge ao fastiento sonho indecifrável.

As decifrações recidivas ao entendimento metafísico das coisas.

Aquelas que não têm receios aos paladares incongruentes.

Perola-se então aos finais de uma imaginação presente apenas ao medo.

Não sei se o resto do tempo teria então algo significativo à explosão.

Um olhar especial melancólico ao equilíbrio predito aos vossos dizeres.

A alma como um relâmpago oblíquo a inteligência dialética.

Átomos compostos de partículas deliberadas a pervicácia do tempo.

A persecução de algo que não teve início começo e como tal não poderá ter final.

Sem pernície ao aspecto do fundamento da natureza quanto sua intemporalidade.

Perspicácia de um destino comum quando a existência é apenas a nominalidade do conceito.   

Isso aqui exatamente tudo não tem nada em sua natureza exuberante.

Apenas uma per transição de cada momento a outro momento dentro da historicidade do conceito.

Não deveria solidarizar a picardia dos comunicados axófitos a pícrica demarcação do sol.   

Quanto a mim sei apenas caminhar às vezes pensar e imaginar.

O que é então essa fantasia predestinada ao absoluto silêncio entre as festes.

A polimorfia das ideologias  tantas razões políticas aos rótulos.

Inexorável destino polissêmico a edilidade pontiaguda das flores perdidas ao deserto.

Não tenho mais nada a imaginar a esse mundo, além do imenso desejo próvido as palavras indeléveis.

Ao pródromo momento indescritível a vossa sabedoria.  

Edjar Dias de Vasconcelos.