A Ilogicidade das Coisas.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 27/10/2013 | PoesiasO sentido ilógico das coisas.
Não tenho muitas palavras.
A dizer.
A não ser o silêncio.
Da madrugada.
O caminho a seguir.
Solitariamente.
Pauto-me pelo infinito azul.
A polimorfia da cor significativa.
Esse mundo é colorido por mil.
Sistemas ideológicos.
Mas não tenho ideologia.
O mundo é muito simples.
Eu tive uma sorte medonha.
De encontrar a liberdade.
A minha razão foi construída.
Funciona-se pela ausência.
Por centenas de processos.
De sínteses.
Negados.
E afirmados ao mesmo tempo.
Evidentemente.
Mas o que é a verdade.
Para mim.
Essa perspectiva não existe.
O motivo de ser tolerante.
O meu saber é totalmente vazio.
Entretanto, opíparo.
Na sua formalidade.
Sinto-me aliviado.
As pessoas com as quais convivo
Muitas delas perderam e perdem.
O significado profundo da existência.
Eu nunca perdi.
Porque a referida não tem sentido.
O tempo não existe.
Motivo pelo qual estou aqui.
Estou e não estou.
O que significa os anos.
Que passaram.
Os que virão.
Ontogenia da espécie.
Apenas a terra girando.
Em torno do seu próprio eixo.
Esse girar provoca tudo.
Até meus cabelos grisalhos.
A vontade de dormir.
Ou ficar acordado.
Um movimento.
Tão significativo.
Que me leva a imaginação.
A um inexaurível saber.
Apenas partículas de átomos.
Que compõem a passagem.
Sei que esse tempo será.
A doutrina do hilozoísmo.
A natureza toda cheia de vida.
Tudo que existe é.
A não existência.
A verdadeira finalidade.
Do espermatozoide.
Apenas repetir por um tempo.
A reprodução dos hormônios.
O movimento da passagem.
O mundo é a repetição.
Nós somos a ilusão dela.
Tudo se repete na diferença.
Dos aspectos essenciais da forma.
Opresso.
Acreditar em deus.
Qual a finalidade da crença.
Mas o que não é crença.
A curvatura do universo.
Sem olvidar.
O princípio da incerteza.
Ou a teoria da evolução.
Tudo que não for essencialmente.
Empírico.
Evidentemente comprovado.
De certo modo não seria.
Uma compreensão heterônoma.
Ao que se refere a sua parcialidade.
O mundo é composto de superstições.
Heuristicamente ideológicas.
Ser e não ser exatamente complexo.
Sem persecução.
A dialética das parcialidades.
Quando o sujeito e o objeto.
Identificam.
A epistemologia da interpretação.
A não ser um idealista na acepção.
Naturalmente clássica.
A junção das sínteses precárias.
Elaboradas pela primeira consciência.
O que denomina da logica.
Das primeiras imaginações.
Minha razão é toda construída.
Perscrutável.
Em parte cartesiana.
Mistura-se o cartesianismo.
Com o empirismo.
Descrevo com a coerência.
Monista.
Escrevo poesia.
Em linhas retas.
Tortas.
E curvas.
Escrevo de todas as formas.
Lógicas.
Também ilógicas.
O mundo tem diversas.
Formatações.
Porque o nada não é.
Uma mônada.
O ser não é moral.
Muito menos heurístico.
O que o ser é.
Hermenêutico.
Interpretativo.
O ser é essencialmente.
Ideológico.
Ele imagina ser o que é.
Mas é o que não é.
A lógica da constitucionalidade.
Da vida.
O que não deve ser.
O que não poderá ser.
Exatamente o ser.
A idiossincrasia indubitável.
Do que é.
E o que não é o ser.
Edjar Dias de Vasconcelos