A HISTÓRIA DE ZÉ, EM VERSO E PROSA

A estória que eu vou contar

Passou-se em um lugar

Chamado Ouricuri

Terra verde e viçosa

Cantada em verso e prosa

Pelos poetas dali

 

Naquela bela cidade

Moça de pouca idade

Já pensava em namorar

As loiras e as morenas

Até mesmo nas novenas

Só falavam em se casar

 

E quando é um belo dia

Chegou Zé de Anania

Que nasceu em Ouricuri

Mas foi cedo pra cidade

Ainda com pouca idade

Zé não estava mais ali

 

Zé voltou para ficar

E já falava em se casar

Pra construir uma família

Logo apareceu Claudete

E também a Marinete

Só depois veio a Cecília

 

Sem falar na Carmelita

E também na Adelita

Entrou na briga a Mazé

Foi um grande alvoroço

Toda hora de almoço

O assunto era Zé

 

Claudete era formosa

Moça muito fogosa

Que chamava a atenção

Seios belos e grandões

Pareciam dois melões

Do pomar de seu Adão

 

Marinete era uma Deusa

Da ternura e da beleza

Parecia uma miragem

Estava pronta pra casar

Se Zé quisesse só ficar

Ela também tinha coragem

 

 

E a doce Cecília

Sapeca igual Emília

Do Pica Pau Amarelo

Cabelo longo cacheado

Sem falar no rebolado

Nas pontas de seu chinelo

 

Carmelita, minha nossa

Tinham um par de perna grossa

Que nem dá pra acreditar

Tinha um jeito bem dengoso

Mas um tanto perigoso

Estava escrito em seu olhar

 

Adelita era demais

Comparando aos animais

Seria uma tigresa

Ar felino insinuante

Parecia boa amante

Sem falar em sua beleza

 

Finalmente a Mazé

Parecia um jacaré

De tamanha a feiura

Além de feia e pedante

A moça era ignorante

Gente de pouca leitura

 

O rapaz pensou bastante

Comprou logo um diamante

Presente de casamento

Ao escolher a pretendente

Chamaram Zé de inocente

E até mesmo de jumento

 

Mas ele estava feliz

Procurou breve o Juiz

Que logo casou o Zé

Isso mesmo meu amigo

Dizem que foi castigo

A escolhida foi Mazé