A GUERRA DO CONTESTADO: UM OLHAR SOBRE OS CABOCLOS E OS MONGES CURANDEIROS.
Por Eragon Von Der Shinig | 01/10/2015 | HistóriaIntrodução:
As tantas revoluções civis que aconteceram no Brasil, veio marcar de um jeito impressionante a história de um povo, gente que em todo o caso não tinha tanta importância aos olhos do estado, como também dos coronéis grandes latifundiários de terras que detinham enorme poder nessa época em que o Brasil aprendia a ser república.
Toda postura revolucionária dos caboclos no estado do Paraná, bem como em Santa Catarina, emerge forças semelhantes a outras revoltas que aconteceram anteriormente em outros lugares do Brasil; podemos observar no sertão da Bahia em Canudos, onde os sertanejos eram guiados também por um religioso, “beato Antônio Conselheiro”, esse que na sua formação tinha uma grande paixão pela a monarquia e expressava grande ódio à república. Observa que essa revolta teve uma menor importância que a do contestado, mas que a luta do povo era a mesma, sempre visando maior participação da população quanto à ocupação da terra, deixando claro que a luta latifundiária é algo grandioso e que nasceu junto com a república.
Mas é interessante que, antes de tratar do caboclo, da sua luta pela a terra, é conveniente destacar a importância da figura dos religiosos, tanto em Santa Catarina, quanto em Canudos. O religioso dessa empreitada junto ao sertanejo e caboclo tinha uma importância muito grande. Por mais que fossem leigos, fora da hierarquia da igreja, essas figuras exercia um grande papel, uma liderança que marcaram essa história de resistência no Brasil republica. Uma resistência que possamos considerar, bem como é colocada como por muitos historiadores, como movimentos messiânicos...