A Grécia a Crise e o Brasil

Por José Berton | 09/10/2012 | Política

A Grécia a Crise e o Brasil

Que existe direito a recuperação financeira quando a medida se faz necessária todos nós sabemos e torcemos para que isso aconteça o mais rápido possível. Inúmeros países já viveram crises semelhantes a essa pela qual a Grécia passa, entretanto foram agraciados por leis de recuperação econômica e da política da mão estendida. Para evitar à insolvência e fugir da pressão dos demais países europeus, e do FMI a Grécia inicia 2012 com negociações para um acordo junto aos credores, especialmente os bancos privados.  A partir de fevereiro se estabelece o novo acordo onde credores privados arquem com a maior parte da divida Grega (53,5%). Os lucros que os estados membros da eurozona obtiverem serão repassados com títulos da divida aos próprios gregos até 2020, ano em que a divida do país deverá cair dos atuais 160% do pib para 120,5% do PIB em 2020, o que irá garantir 130 bilhões de euros em ajuda até 2014. Com isso é possível o  resgate da imagem junto às grandes potências do bloco europeu. Países como Argentina, França e Itália superarão seus entraves financeiros e hoje fazem parte de outro contexto. Não basta suprir a demanda quando a oferta é feita com produtos de origem duvidosa. Será necessária qualidade! A credibilidade sempre foi conquista de longos anos vigiados, sob olhar crítico. Até algumas décadas, essa escalada foi construída com trabalho e tecnologia guardada a sete chaves. Solidez comprometida com desenvolvimento era uma máxima. Suprir o mercado cada vez mais exigente é necessário. Quanto ao Brasil vale lembrar a proximidade do final de um ano relativamente bom para o mercado brasileiro, porém, para manter esse nicho de commodities serão necessários investimentos na educação, na formação de novos profissionais, e na gestão política para  mercado que fomentem o giro da moeda internacional. Se a crise na Europa poderá ou não respingar também no Brasil é algo para se acompanhar de perto. Será preciso marcação cerrada de nossos economistas a fim de criar um mecanismo suficiente o bastante para não permitir que sejamos arrastados por consequências, talvez, irreversíveis a curto, ou médio prazo! Hoje o bloco econômico comprometido através de alianças com o desenvolvimento deverá rever conceitos com urgência, oportunizando a que outros membros exponham suas idéias. Estender as questões voltadas para com o meio ambiente, por exemplo, é uma boa medida para adesão de novas bandeiras.  Neste universo competitivo onde a moeda tem peso e medida diferente desde que o mundo é mundo, política mono não passa de sistema retrógrado! Crises econômicas como as da Grécia, são exemplos de risco iminente que podem causar um colapso do qual não estamos livres. Segundo o ministro da Fazenda Guido Mantega será preciso valorizar ainda mais nossos produtos e tratar com mais cuidado as tarifas referentes ao mercado internacional. A Europa é um cliente em potencial, portanto será necessária estabilidade financeira por lá para que respingos da crise não cheguem até aqui. Não basta ficarmos na dependência do (IPEA) instituto de Pesquisa e Economia Aplicada, há commodities brasileira em jogo, apesar disto não ser oficialmente um grande tabuleiro de xadrez será preciso ousar ao mudarmos com as peças.

                                                                 José Berton

                                                             Jornalista e escritor