A Grande Tempestade
Por Inajá Martins de Almeida | 11/04/2008 | ReligiãoEm alto mar – no barco – Jesus dormia.
Grande agitação... mar revolto lançava o barco ora para cá, ora para lá.
Dos céus, clarões iluminavam a escuridão; trovões estarrecedores quebravam o silêncio lúgubre daquela noite de pescaria.
Os pescadores, acostumados que estavam com as intempéries do mar, jamais viram cena igual.
Acometidos de grande temor e tremos, em alto brado, pressentindo perigo eminente, clamavam:
– Jesus... Jesus... vamos morrer!
Calmamente Jesus dormia. Nada abalava aquela alma serena.
Novamente brados contritos gritavam mais forte:
– Mestre... Mestre... vamos morrer!
Mas afinal, como podia Jesus dormir em meio à tamanha agitação.
Acorda então Jesus, e com um simples sinal, um simples levantar de mãos, cessa a tempestade.
Atônitos, aqueles que há pouco gritavam, calaram-se, sem nada entender. Interrogativos, olhavam-se. Quem era aquele que curava enfermo, dava visão ao cego, ao coração contrito trazia alento, multiplicava pães e peixe, perdoava o pecador, acalmava a tempestade.
Quebra por fim o silêncio, e repreende aqueles que o acompanhavam:
– Homens de pouca fé, porque temais então, se no barco eu me encontro.
Todos calaram e, cabisbaixo, não puderam responder, porque realmente, Jesus estava no barco e disse bem; contudo, Ele não estava dentro de cada tripulante.