A Gramática em Cordel
Por Rui Vicente Feitoza Muniz | 20/11/2014 | PoesiasA GRAMÁTICA EM CORDEL
Vou tentar nesse cordel
Escrever com toda tática
Escrevendo com palavras
A palavra em sua prática
Retirando um pingo d’água
Do oceano da gramática.
Pra descrever a gramática
Fazendo a iniciativa
Informo que se divide
Em gramática Descritiva
E a outra que estudaremos
Que é a gramática Normativa.
Essa gramática incentiva
Com padrões de alta soma
Dizendo certo ou errado
Ensina sem ter diploma
E é a melhor professora
Na escola do idioma.
Essa gramática é quem toma
Para si em alta escala
A norma culta da língua
E pra nós vem ensiná-la
Pois é a legislação
De quem escreve e quem fala.
Quando vamos estudar
Na prática e na teoria
Vemos que ela se divide
Primeiro em Fonologia
Por último é em Sintaxe
E no meio em Morfologia.
A famosa ortografia
É o estudo da escrita
Ortoepia ou Ortoépia
Cuida da pronúncia e dita
E a prosódia dá acento
Quando a sílaba tônica grita.
Fonologia recita
Das palavras o poema
Traduz a sonoridade
Do vocábulo em seu dilema
E oferta sem receber
O fruto do seu fonema.
Morfologia é a gema
Ligada por entre as quais
Faz-se estudo das palavras
Analisa e é capaz
De estudar e dividi-las
Em classes gramaticais.
A sintaxe corre atrás
Dum relacionamento
De palavra e oração
Seguindo esse pensamento
Sem batina vira padre
Fazendo esse casamento.
Seguindo esse pensamento
Se vê os Substantivos
Próprios, simples e concretos
Abstratos, coletivos
Derivados e compostos
Os comuns e os primitivos.
Dão nome aos seres vivos
Reais ou imaginários
Pois mudam em grau e gênero
E em números necessários
Meia dúzia de letrinhas
Dão nome extraordinário.
Os artigos, legendários
Pois sempre próximos estão
Ligado ao substantivo
Pertinho nessa união
Como unha unida a carne,
Uma casa e um botão.
O adjetivo, então
É quem traz a qualidade
Dá a um substantivo
Qualifica de verdade
Eita que coração bom
Que só traz fraternidade.
Flexiona-se a vontade
Seja, gênero número e grau
Derivam-se muitos outros
Partindo do original
Acrescentando o sufixo
A base do radical.
Dos pronomes o ideal
É sempre de acompanhar
Ou de substituir
Sua vida é ajudar
A todo substantivo
Quando ele precisar.
Sete espécies a contar
Primeiro os demonstrativos
Pessoais, de tratamento
E os interrogativos,
Relativo, indefinidos
E por último os possessivos.
O verbo com seus motivos
Indica ação com certeza
Indica estado também
Em um tempo com sem surpresa
A mudança de um estado
E fenômeno da natureza.
O verbo em si é a presa
Da forma oracional
Por último são desinências
Mais primeiro é o radical
E fazendo o equilíbrio
Tem-se no meio a vogal.
Tem o verbo principal
Tem também o irregular
Anômalo e defectivo
Abundante: fixar
E os irregulares dão
Trabalho pra conjugar.
Três modos tem pra falar
Primeiro é o indicativo
Que indica uma certeza
Depois é o subjuntivo
Que indica uma dúvida,
Ordem é o imperativo.
O modo indicativo
No mundo indicativo
São divididos seus tempos
Em meia dúzia ou seis
O imperativo são dois
E o subjuntivo três.
Eu digo sem timidez
Sobre esses tempos verbais
Só não vou dizer os dez
Que vai nome de mais
E ainda lembro das três
Que são formas nominais.
Vozes do verbo, tem mais
Primeiro é a voz ativa
Sujeito fazendo ação
Quando recebe é passiva
E quando faz e recebe
Faz a voz reflexiva.
O advérbio incentiva
Um verbo modificar
Ou outro substantivo
Se a frase necessitar
Adjetivo e até ele
Se o tempo determinar.
Do advérbio vou citar
Sua classificação
Tempo modo ou de lugar
Dúvida ou afirmação
Tem também de intensidade
E por último de negação.
A nobre preposição
É invariável profunda
Pois é quem liga a palavra
Ao sentido da segunda.
É líquido da mesma água
Que no sentido se inunda.
A conjunção é profunda
São palavras com funções
São pequenos tijolinhos
De gigantes construções
Não é concreto, mas une
Paredes de orações.
Exprimindo as emoções
A interjeição dá sinal
De estado e sensações
De apelo pessoal.
E quantidade e posição
Quem nos mostra é o numeral.
A sintaxe sem igual
De maneira organizada
Traz de bandeja pra nós
Oração subordinada
E depois na sobremesa
Refeição de coordenada.
Oração subordinada
Divide-se em subjetiva
Objetiva direta,
Indireta e completiva
Apositiva e agente
Por último predicativa.
A sintaxe incentiva
Para nós termos enfim
Porém se formos falar
Da gramática assim, assim
Iniciamos agora
E só Deus sabe onde é o fim.
Caro leitor, deixo assim
Gratidão de forma prática
Por conhecer meu trabalho
Só fiz do resumo a prática
Pra você sentir o cheiro
Da panela da gramática.
Autor: Rui Vicente Feitoza Muniz
A GRAMÁTICA EM CORDEL
Vou tentar nesse cordel
Escrever com toda tática
Escrevendo com palavras
A palavra em sua prática
Retirando um pingo d’água
Do oceano da gramática.
Pra descrever a gramática
Fazendo a iniciativa
Informo que se divide
Em gramática Descritiva
E a outra que estudaremos
Que é a gramática Normativa.
Essa gramática incentiva
Com padrões de alta soma
Dizendo certo ou errado
Ensina sem ter diploma
E é a melhor professora
Na escola do idioma.
Essa gramática é quem toma
Para si em alta escala
A norma culta da língua
E pra nós vem ensiná-la
Pois é a legislação
De quem escreve e quem fala.
Quando vamos estudar
Na prática e na teoria
Vemos que ela se divide
Primeiro em Fonologia
Por último é em Sintaxe
E no meio em Morfologia.
A famosa ortografia
É o estudo da escrita
Ortoepia ou Ortoépia
Cuida da pronúncia e dita
E a prosódia dá acento
Quando a sílaba tônica grita.
Fonologia recita
Das palavras o poema
Traduz a sonoridade
Do vocábulo em seu dilema
E oferta sem receber
O fruto do seu fonema.
Morfologia é a gema
Ligada por entre as quais
Faz-se estudo das palavras
Analisa e é capaz
De estudar e dividi-las
Em classes gramaticais.
A sintaxe corre atrás
Dum relacionamento
De palavra e oração
Seguindo esse pensamento
Sem batina vira padre
Fazendo esse casamento.
Seguindo esse pensamento
Se vê os Substantivos
Próprios, simples e concretos
Abstratos, coletivos
Derivados e compostos
Os comuns e os primitivos.
Dão nome aos seres vivos
Reais ou imaginários
Pois mudam em grau e gênero
E em números necessários
Meia dúzia de letrinhas
Dão nome extraordinário.
Os artigos, legendários
Pois sempre próximos estão
Ligado ao substantivo
Pertinho nessa união
Como unha unida a carne,
Uma casa e um botão.
O adjetivo, então
É quem traz a qualidade
Dá a um substantivo
Qualifica de verdade
Eita que coração bom
Que só traz fraternidade.
Flexiona-se a vontade
Seja, gênero número e grau
Derivam-se muitos outros
Partindo do original
Acrescentando o sufixo
A base do radical.
Dos pronomes o ideal
É sempre de acompanhar
Ou de substituir
Sua vida é ajudar
A todo substantivo
Quando ele precisar.
Sete espécies a contar
Primeiro os demonstrativos
Pessoais, de tratamento
E os interrogativos,
Relativo, indefinidos
E por último os possessivos.
O verbo com seus motivos
Indica ação com certeza
Indica estado também
Em um tempo com sem surpresa
A mudança de um estado
E fenômeno da natureza.
O verbo em si é a presa
Da forma oracional
Por último são desinências
Mais primeiro é o radical
E fazendo o equilíbrio
Tem-se no meio a vogal.
Tem o verbo principal
Tem também o irregular
Anômalo e defectivo
Abundante: fixar
E os irregulares dão
Trabalho pra conjugar.
Três modos tem pra falar
Primeiro é o indicativo
Que indica uma certeza
Depois é o subjuntivo
Que indica uma dúvida,
Ordem é o imperativo.
O modo indicativo
No mundo indicativo
São divididos seus tempos
Em meia dúzia ou seis
O imperativo são dois
E o subjuntivo três.
Eu digo sem timidez
Sobre esses tempos verbais
Só não vou dizer os dez
Que vai nome de mais
E ainda lembro das três
Que são formas nominais.
Vozes do verbo, tem mais
Primeiro é a voz ativa
Sujeito fazendo ação
Quando recebe é passiva
E quando faz e recebe
Faz a voz reflexiva.
O advérbio incentiva
Um verbo modificar
Ou outro substantivo
Se a frase necessitar
Adjetivo e até ele
Se o tempo determinar.
Do advérbio vou citar
Sua classificação
Tempo modo ou de lugar
Dúvida ou afirmação
Tem também de intensidade
E por último de negação.
A nobre preposição
É invariável profunda
Pois é quem liga a palavra
Ao sentido da segunda.
É líquido da mesma água
Que no sentido se inunda.
A conjunção é profunda
São palavras com funções
São pequenos tijolinhos
De gigantes construções
Não é concreto, mas une
Paredes de orações.
Exprimindo as emoções
A interjeição dá sinal
De estado e sensações
De apelo pessoal.
E quantidade e posição
Quem nos mostra é o numeral.
A sintaxe sem igual
De maneira organizada
Traz de bandeja pra nós
Oração subordinada
E depois na sobremesa
Refeição de coordenada.
Oração subordinada
Divide-se em subjetiva
Objetiva direta,
Indireta e completiva
Apositiva e agente
Por último predicativa.
A sintaxe incentiva
Para nós termos enfim
Porém se formos falar
Da gramática assim, assim
Iniciamos agora
E só Deus sabe onde é o fim.
Caro leitor, deixo assim
Gratidão de forma prática
Por conhecer meu trabalho
Só fiz do resumo a prática
Pra você sentir o cheiro
Da panela da gramática.
Autor: Rui Vicente Feitoza Muniz