A GLOBALIZAÇÃO E AS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
Por Letícia Gonçalves Rodrigues | 28/11/2016 | EducaçãoIntroduzir as tecnologias no setor da educação, não pretende solucionar toda a problemática educativa, mas introduzir melhorias na área.
Com a globalização e as grandes inovações tecnológicas, principalmente as geradoras de informação (internet, televisão, rádio), uma avalanche de informações chegam a todos os lugares do mundo espalham-se em segundos, porém, exige-se a necessidade de verificação das mesmas.
Como outros fenômenos complexos da globalização, este setor também apresenta vantagens e desvantagens. No que diz respeito ao processo de democratização da cultura e informação, ela tem um papel de mediadora e facilitadora, já que esta rede se interliga a todos os lugares do mundo, sem visar condições econômicas e outras diferenças de seus usuários.
Os sistemas educativos enfrentam os reflexos desta modernização, tendo não só o desafio de responder a essa demanda, mas o de articular suas práticas as novas tecnologias, que vem adquirindo um papel relevante. É importante ressaltar que este é um conhecimento a ser construído, criando condições de acesso eficaz às informações. Não devemos esquecer que, para transformar a informação em conhecimento, exige-se mais do que o acesso às mesmas, sendo indispensável que o usuário tenha um senso crítico para gerenciar as informações que lhe são significativas.
Pretto (2000) afirma que a escola:
“... passa a ter um papel muito mais forte, um papel significativo na formação das novas competências, que não sejam necessariamente competências vinculadas à perspectiva de mercado que domina hoje toda a sociedade. Que não seja enfim, uma simples preparação para o mercado, mas que sejam capazes de produzir uma sinergia entre competências, informações e novos saberes.” (p.82).
USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA
Desde os primórdios da humanidade o homem busca formas para adaptar-se cada dia mais ao meio, e ao que almeja para seu bem estar, no intuito de desenvolver-se e aprimorar seu conhecimento. Assim, desenvolveu várias habilidades e técnicas para interagir e modificar o meio a seu favor.
Em um momento de expansão tecnológica, o educador deve ter a clareza que a educação vive um novo contexto social, sendo necessário reavaliar o trabalho didático - pedagógico, pois a exigência de tais recursos reflete diretamente em uma formação contínua do professor.
Libâneo, (2007), afirma que:
“... a formação continuada pode possibilitar a reflexividade e a mudança nas praticas docentes, ajudando os professores a tomarem consciência das suas dificuldades, compreendendo-as e elaborando formas de enfrentá-las. De fato não basta saber sobre as dificuldades da profissão, é preciso refletir sobre elas e buscar soluções, de preferência, mediante ações coletivas”.
Assim, os professores necessitam adaptar suas práticas, e os cursos superiores precisam preparar esses novos docentes para não perderem o controle das tecnologias digitais que são requeridas ou se dispõem a utilizar em suas salas de aulas.
Para isso, o professor deve aprender a manusear diferentes tipos de aparelhos tecnológicos, atentando-se aos objetivos pedagógicos, pois estes não devem substituir o objetivo fundamental do processo ensino - aprendizagem que é a construção do conhecimento. Mas para que isso ocorra de modo eficaz, os professores precisam utilizá-las para educar, aproximar-se das mesmas, familiarizar-se com elas, apoderar-se de suas potencialidades, e dominar sua eficiência para seu uso, criando novos saberes para melhor orientar os alunos a utilizarem os diferentes recursos tecnológicos de forma eficaz. Não se eximindo de outras práticas mais tradicionais, e sim utilizando - as dentro de suas especialidades a que se diz respeito.
Segundo GADOTTI, 2002:
“Desta forma o uso das tecnologias passa a aproximar alunos e professores, já que o aluno sai do papel de receptor da informação, para um sujeito ativo e participativo. O professor deixará de ser um lecionador para ser um organizador do conhecimento e da aprendizagem (...) um mediador do conhecimento, um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um co- operador, e, sobretudo, um organizador de aprendizagem”.
Nesse sentido, o currículo de formação de professores deve responder às exigências atuais de utilização das chamadas novas tecnologias da informação e comunicação (NTIC) na pratica pedagógica.
Para TEDESCO (2004) “só assim será possível formar quadros técnico-pedagógico capazes de propor iniciativas de reforma de dentro do sistema educacional”.
Considerações Finais
Atentando-se para todos os requisitos da escola e sua clientela, num contexto geral e em suas especificidades, como instituição responsável, visa à formação integral do ser humano em seus princípios e valores promovendo formação para cidadania e preparação para a vida.
No que diz respeito à globalização e seus reflexos em todos os setores da sociedade o âmbito educacional sente a necessidade de reformular suas práticas para atender sua clientela que vive em um contexto integralmente tecnológico.
Utilizando-se destas ferramentas, o educador é responsável por fazer à mediação do conhecimento e as novas formas de informações, que são disponibilizadas à sociedade. Para tanto é necessário que o corpo docente esteja apto a integrar tais recursos a sua rotina prática, visando desenvolver seu objetivo no processo de ensino-aprendizagem, resultando na construção de um conhecimento significativo a seus educandos, fazendo da sua formação um aprendizado constante.
É evidente que a instituição escolar tem a responsabilidade de disseminar o conhecimento e a formação integral dos seus educandos, tornando-se papel do educador transformá-lo em cidadão crítico, a fim de que possam selecionar as informações e conhecimentos que lhe são significativos em todos os aspectos que se fazem necessários para sua vida.
REFERÊNCIAS
GADOTTI, Moacir. A boniteza de um sonho: Ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5 ed. rev.ampl. Goiânia: Alternativa, 2004.
PRETTO, N. L.: Desafios da educação na sociedade do conhecimento. In: Reunião Anual da SBPC. Brasília, 2000
TEDESCO, Juan Carlos. Educação e Novas Tecnologias: Esperança ou Incerteza? São Paulo: Cortez, 2004.
INTERNET
A Educação Frente às Novas Tecnologias: Perspectivas e Desafios . Disponível em:< http://www.profala.com/arteducesp149htm.>.Acesso em 02 nov 20h32min.
A Educação E As Novas Tecnologias. Disponível em:
<http://www.webartigos.com/artigos/a-educacao-e-as-novas-tecnologias/3050. Acesso em 03 nov. 23h48min.
As tecnologias na Educação. Disponível em:
< http://tvescola.mec.gov.br>. Acesso em 04 nov. 22h54min.