A GEOGRAFIA E SEUS DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA APRENDIZAGEM

Por EMILENE COSTA DE SOUZA | 13/12/2019 | Educação

A GEOGRAFIA E SEUS DESAFIOS E POSSIBILIDADESNAAPRENDIZAGEM[UdW1] [JS2] 

SOUZA, Emilene Costa de (aluna)[1]

AMARAL, Maria do Carmo (orientadora)[2]

 

RESUMO:[UdW3] 

A disciplina de  Geografia vem passando por provações e  mudanças por muitos anos,apresentado muitas dificuldades no desenvolvimento de ensino e aprendizagem, tais percalços tem se tornado um grande desafio e chamado a atenção de muitos educadores. Isso porque a Geografia no âmbito escolar  tem vivido como método de ensino a  desvalorização nas escolas, onde em épocas de globalização, vê-se uma maior valorização para as disciplinas de exatas sobre as disciplinas de humanas, levando o desinteresse do aluno por esta disciplina. Esse artigo foi feito tendo como base pesquisas bibliográficas, contendo uma contextualização histórica da entrada da  disciplina de Geografia nas escolas do território brasileiro, até chegar aos problemas vividos pelos professores em suas aulas nos dias atuais, trazendo possibilidades para que a prática seja desenvolvida com maior eficácia e dinamismo. Neste sentido, o presente artigo  tem como foco principal,compreender e analisar os principais desafios de lecionar Geografia, dialogar a respeito da educação, especialmente no ensino da disciplina de  Geografia qual o  papel dos professores no sistema dessa aprendizagem, tratando-se de uma tentativa de oferecer subsídios aos profissionais que procuram novas formas de atuar nesta disciplina.

 

 

Palavras chave: Ensino e aprendizagem. Desafios. Geografia.

 

 

 

 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO[UdW4] 

 

A transmissão de conhecimentos, geralem especial a disciplina de Geografia, tem apresentado múltiplas situações que o docente encara no dia-a-dia em suas,mediante tal situação, é comum a existência de dificuldades de aprendizagem e  observa-se que os desafios se apresentam hoje em todas as modalidades e níveis do ensino.

Por conta disso, atualmente, mesmo com  tantas ferramentas inovadoras no campo da educação, sendo elas: a introdução e uso de tecnologias como multimídias e a interação  e instrução ao conhecimento,tão importantes e em ascendência, hoje, o professor ainda encontra dificuldades na sala de aula, relacionados ao respeito,  motivação dos alunos para essa aprendizagem em especifico.

Conforme afirmação de  PONTUSCHKA(2009),“Na era da globalização, em que as informações chegam de forma muito rápida por meio da televisão, do cinema, do rádio, do vídeo, do computador, o trabalho pedagógico do professor enriquecer-se-á se ele utilizar todos esses recursos para a produção de um conhecimento que ajude o aluno a compreender o mundo que vive”. (PONTUSCHKA et al., 2009, p. 263).[UdW5] 

A perda[UdW6]  de interesse na participação dos alunos no desenvolvimento da disciplina  de geografia, também se faz pelo fato de que o professor segundo a visão dos alunos, ainda tem concepções utilizadas em métodos tradicionais na forma de desenvolver a disciplina, que é sustentada por uma lógica em que o professor  é considerado quem tem mais facilidade em entender sobre a disciplina, ainda tem como postura uma aula fragmentada e com conhecimentos em que os  conteúdos na  estruturação curricular é rígida  e as  estratégias, sem novidades, monótona, o que deixaas aulas mais chata,repetitiva,sem nada que despertem os alunos a entenderem e se interessarem.

Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), documento muito importante no desenvolvimento da aprendizagem,dizque na disciplina de geografia, em seu desenvolvimento,  o jeito que uma grande  maioria dos professores se prende a muitos livros didáticos, esses mesmos conservava ainda a linha tradicional, descritiva e despolitizada, herdada da Geografia Tradicional.O que criou-se uma contradição entre o discurso do professor e o conteúdo dos livros deGeografia, que se convencionou chamar de crítica, por ter sido  marcada por um discurso retórico. (Brasil, Parâmetros Curriculares p. 22).

No entanto, infelizmente essa falta de vontade de mudar as estratégias por parte dos professores,  quem perde sempre são os alunos por conta de não conseguir  ter um melhor entendimento, o professor infelizmente  ainda acreditava que tem que ser do jeito tradicional, sem abertura para questionamentos alegando que através e métodos mais tradicionais  sempre funcionou, que se não for assim não terá sentido, a seriedade do ensino da disciplina de geografia, podendo virar bagunças e mais indisciplina..

Dessa forma uma das justificativas do presente artigo é desenvolver possibilidades de intervenção pedagógica pautada nesta disciplina de geografia, diante os desafios que são vivenciados e expressos pelos alunos que tem muitas dificuldades em aprender, temcomportamento  agitado e questionador. Dentre tantas situações conflituosas, nessa aprendizagem foi utilizadomateriais, métodos tendo como estratégias, pesquisa de caráter bibliográfico, transitando entre ideias de autores contemporâneos específicos da área de geografia.

Segundo Cavalcanti (2011), “Um ensino que centra suas ações na busca de uma aprendizagem significativa dos alunos deve ter como ponto básico o conhecimento dos próprios alunos, pois, considerando as contribuições dos psicólogos da linha vigotskiana, essa aprendizagem só ocorre num processo de formação interintrasubjetivo, no qual o sujeito (aluno) é ativo e possuidor de conhecimentos”.(CAVALCANTI, 2011, p. 36)[UdW7] .

Possuir como intuito a reflexão e revisão dos professores  e com isso compreendam   importância do  desenvolvimento da disciplina Geografia  durante as aulas ,que tenha  olhares novos visando oportunidades e  possibilidades de rever a realidade, tal situação  que configura e agrega as visões do mundo enquanto sociedade.

TEIXEIRA, afirma que: “O uso de toda uma gama de ferramentas dentro do contexto de sala de aula objetiva a um entrar a motivação, tanto de professores quanto de alunos, já que possibilita uma interação diferenciada, mais constante, na medida em que amplia as possibilidades de contato entre educandos e educadores, não mais restrito apenas ao ambiente escolar”. (TEIXEIRA, 20 11, p.1 61).[UdW8] 

 No Brasil, por exemplo, observado como espaço  geográfico encontra-se em constante transformação, às propostas curriculares também precisam ser modificadas pensando no que ensinar, como ensinar,  para alunos sendo membros participativos e  importantes em nossa sociedade, então neste contexto  as abordagens, conteúdos, métodos e metodologias do ensino dessa ciência /disciplina escolar necessitam de uma constante readequação  que favoreça os  alunos  e também aos desafios que se apresentam hoje na prática pedagógica, para que as mesmas sejam elencadas, com uma melhora significativa no conhecimento da disciplina de geografia.

“O  caminho construção do conhecimento, o aluno, ao formular seus conceitos, vai fazê-lo operando com os conceitos do cotidiano e os conceitos científicos. Em geral, todos temos conceitos formulados a respeito das coisas, e a tarefa da escola é favorecer a reformulação dos conceitos originários do senso comum em conceitos científicos. [...] A construção dos conceitos ocorre pela prática diária, pela observação, pelas experiências, pelo fazer" (CALLAI, 2009, p.103).

Assim, é apresentada uma breve discussão que convida a todos a refletirem sobre seu exercício  e sua ação, tanto na escola quanto na sociedade, dessa maneira serão apresentados neste artigo situações que abordam como a Geografia chegou ao ensino brasileiro, quais eram seus objetivos assim como obstáculos, que a disciplina vivenciou para que tivesse seu espaço e agregar no conhecimento dos alunos, não deixando de mencionar aqui que a disciplina de geografia,a qual  sua prática no Brasil, era apenas para alunos considerados da elite.

Será mostrado também quais foram os desafios apontados sobre como a disciplina encontraem dias atuais, para chamar a atenção dos alunos  para a aprendizagem e  dos professores que ministram essas aulas, em que muitas vezes se sentem frente a diversos desafios frustação e desanimo.

Finalizando o artigo destacando as possibilidades de novas estratégias possíveis na tarefa de educar e ensinar com sucesso e retorno efetivo de aprendizagem nessa disciplina a geografia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 A ENTRADA DA DISICPLINA DE  GEOGRAFIA NAS ESCOLAS DO  BRASIL

 

A geografia passou a ser difundida em um contexto mundial como ciência e disciplina escolar a partir do século XVIII, na antiga Grécia, porem sua entrada  sua aqui no Brasil,  ocorreu em 1837, no  Colégio Pedro II, e enquanto disciplina  era  voltada para um caráter descritivo e com o objetivo de criar uma identidade nacional, que acabará de ficar independente, tanto que enquanto componente curricular, o objetivo da disciplina  de geografia  era ensinar cultura básica exclusivamente  para alunos ,com alto poder aquisitivo, que tinham condições de conhecer melhor nosso pais , para tanto primeiros professores que podiam ministrar a  disciplina de geografia  eram pessoas  de outras profissões, como advogados, sacerdotes ou autodidatas.

SegundoCassab (2009), “a geografia passa a ganhar uma nova dimensão no Brasil apenas na década de 1930, quando foi fundado o Curso Livre de Geografia”. (Cassab 2009)[UdW9] 

Todavia a disciplina de Geografia no em território brasileiro, foiformalizado como nível superior em anos subsequente  se organiza com a ,fundação da AGB (Associação de Geógrafos Brasileiros) em 1935,e o Conselho Nacional de Geografia em 1937 e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 1939, sendo nessa época de  1940 a 1970, o e primeiros livros didáticos da disciplina de Geografia, começaram a ser publicados no Brasil.

Com a organização e  mudança,a disciplina de Geografia, de fato ganhou  seu espaço, com estudos mais específicos para que pudesse ser compreendida, mas não durou muito pois, 1964,houve um golpe político  e a disciplina de  geografia foi usada como uma técnica ideológica a qual teve grande interferência para a população civil.

Segundo Cavalacanti (2006) Cabe reafirmar e explicitar a importância da Geografia escolar para a formação geral de cidadãos. Na relação cognitiva de crianças, jovens e adultos com o mundo, o raciocínio espacial é necessário, pois as práticas sociais cotidianas têm uma dimensão espacial. Os alunos que estudam essa disciplina já possuem conhecimentos nessa área oriundos de sua relação direta e cotidiana com o espaço vivido. Sendo assim, o trabalho de educação geográfica é o de ajudar os alunos a analisarem esses conhecimentos, a desenvolverem modos de pensamento geográfico,a internizarem métodos e procedimentos, de captar a realidade vivida e “apresentada” pela geografia escolar, tendo consciência de sua espacialidade. Esse modo de pensar geográfico é importante para a realização de práticas sociais variadas, já que essas práticas são sempre práticas socioespaciais(CAVALCANTI, 2006, p. 34).

Na década de 1980, a disciplina de Geografia sendo mais bem observada no Brasil, conseguiu ampliar o nível  e ensino atingindo em nível superior teses de mestrado, doutorado em Universidades, no entanto o foco ainda estava na economia e organização (delimitação) espacial em sociedade, que deu um valor a  paisagem do pais enquanto   território brasileiro. 

Cassab (2009) afirma que: Na educação escolar, a Geografia  se restringia ao estudo das paisagens naturais e humanizadas, além de estratégias didáticas pautadas na memorização dos lugares e de seus elementos. Ao aluno cabia descrever e relacionar os fatos naturais e sociais, fazer analogias entre eles e elaborar suas generalizações ou sínteses. O propósito era ensinar uma Geografia  científica, na época sinônimo de neutra (CASSAB, 2009).

Com entrada da Geografia crítica no Brasil,  a mesma afetou muito enquanto disciplina enquanto ensino, porque a metodologia  utilizada era puramente vinculado a  correntes envolvendo teorias qualitativas, por ser decorativa  e que  não  tinha compreensão  dos  alunos, não que fossem conteúdos ruins mas a forma como era desenvolvidas,deixavam a disciplina e seu ensino compouco sentido e conhecimento. Para tanto que nos anos 80 foi revisada novamente, quanto à compreensão e aprendizagem dos assuntos,que a disciplina disponibilizava, com isso a chegada da corrente humanista, por meados dos anos de 1990, essa aprendizagem ganhou maior significado, pois se tinha a preocupação de inserir o aluno ao conhecimento dentro da disciplina de geografia, estudos e aprendizagens que envolviam também o local onde o aluno morava assim como fatos diários .

Santos (2008) afirma que [...] algo dinâmico e unitário, onde se reúnem materialidade e ação humana. O espaço seria o conjunto indissociável de sistemas de objetos, naturais ou fabricados, e de sistemas de ações, deliberadas ou não. A cada época, novos objetos e novas ações vêm juntar-se às outras, modificando o todo, tanto formal quanto substancialmente. (SANTOS, 2008, p. 46)

Nos anos 90, com implantação da política neoliberal,  a elaboração da LDB (Leis de Diretrizes e Bases),  formalizou-se em 1996, proporcionando com objetivos  novas diretrizes na educação nacional,estipulando um Sistema Nacional de Educação, o que não foi apenas uma Organização na Educação nacional, mas a união de sistemas educacionais em documentos sendo o mesmo de caráter mais investigativo e pesquisado dentro da política neoliberal, em que proposito  da aprendizagem fossem atingidos pelos alunos.

Propósitos esses que  estabelecidos juntamente com órgãos internacionais como a UNESCO, Banco Mundial, os quais se vincularam também para que a educação, pudessem ser avaliadas também com avaliações  da economia mundial.

Mediante, esse avanço na organização da educação, a LDB, (Lei de Diretrizes e Bases),elaborou em 1996, os PCNssendo esse documento com o objetivo de organizar, o ensino aprendizagem da Geografia nas escolas, baseado na realidade do aluno, enquanto seu cotidiano, para isso os PCNs, estipula eixos temáticos, o que proporcionou para os professores, desenvolver com os alunos, metodologias e estratégias,  e interdisciplinares dentro  dos conteúdos da disciplina de  geografia.

Segundo PCNS (1998), É fundamental, assim, que o professor crie e planeje situações de aprendizagem em que os alunos possam conhecer e utilizar os procedimentos de estudos geográficos. A observação, descrição, analogia e síntese são procedimentos importantes e podem ser praticados com  alunos e eles  possam aprender a explicar, compreender e representar os processos de construção dos diferentes tipos de paisagens, territórios e lugares. Isso não significa que os procedimentos tenham uns fins em si mesmos: observar, descrever e comparar servem para construir noções, especializar os fenômenos, levantar problemas e compreender as soluções propostas. Enfim, para conhecer e começar a operar os conhecimentos que a Geografia, como ciência, produz (PCN,pág.30).

 

 

 

3 DIFICUDADES E DESAFIOS DE MINISTRAR GEOGRAFIA

 

Dentro da  educação brasileira, as transformações são explicitas assim como infinitas mudanças, sendo  algumas necessárias, outras nem tanto  que , comparados aos modelos de anos anteriores, deixa espaço de dúvidas, conflitos e desafios que gira entorno de faltas de estratégias o desenvolvimento das aulas, por que os  alunos perdem  o interesse em frequentar as aulas, banalizando a  disciplina?Por conta de tantas situações desestimulante o, professor  se sente desmotivado e  desvalorizado.

Cavalcanti (1998), afirma: “Por décadas o Ensino da Geografia Escolar tinha como objetivo simplesmente a transmissão do conhecimento já elaborado e o consentimento da massa populacional subordinada as formas de organização social imposta, está última voltada para o conhecimento, amor e defesa do Estado-nação. O espaço geográfico era visto como homogêneo, não-contraditório e sem crises. No ensino tradicional da geografia cabia ao aluno apenas a memorização de informações, e os conteúdos eram “veiculados como verdades absolutas, principalmente, através de aulas expositivas, nas quais o professor era o detentor do conhecimento e o aluno o receptor deste” (Carvalho, 1998, p. 27).[UdW10] 

Como na disciplina de Geografia, o método tradicional o qual era seguido com afinco, por parte dos professores,o maior foco em anos anteriores se resumia em decorar as informações e as mesmas serem devolvidas pelo aluno, do jeito em que se encontrava em livros didáticos escolhidos por esses professores, junto com a equipe gestora, infelizmente informações não tinha preocupação em trazer para o cotidiano do aluno essa diversidade de informações, formando uma bola de neve e um desafio difícil de encontrar solução, pois assim era devolutiva dos professores quando questionados sobre as estratégias utilizadas na sala de aula, esse professor atrelava essa falta de interesse dos alunos a indisciplina e falta de atenção dos alunos.

Ou seja, o que ocorreu e perdurou durante anos no ensino aprendizagem dos alunos na disciplina de Geografia, foi a educação bancaria citada por Paulo Freire, pois essas informações eram transmitidas para os alunos, os quais não tinham oportunidade de questionamento por já está tudo pronto e os alunos não conseguiam relacionar  essas informações com  seu cotidiano, dessa forma a geografia  foi marcada como uma disciplina preocupada em  fazer os mapas, decorar os estados, quanto a localização, vegetação,  dentre outras informações . Que para os alunos não serviriam para muita coisa em seu aprendizado, pois as locas apresentadas nesses livros, ora eram com paisagens maravilhosos, em outros casos lugares extremamente, mal conservados.

Segundo Brito e Pessoa (2009)  Em geral, se compreende, até mesmo por falta de um debate mais sistemático sobre o tema geografia praticado nos níveis fundamental e médio é apenas uma mera e simples repetição simplificada  na academia. [...] Logo a geografia crítica dá importância à realidade do estudante, as suas experiências, a sua condição de vida, aos seus conflitos e interesses produzidos no tempo e no espaço, se preocupa em formar estudantes-cidadãos,ativos e participativos, desenvolvendo neles criticidade, autonomia e criatividade em face aos problemas encontrados no seu cotidiano e no seu espaço de vivência.( Brito e Pessoa 2009, p. 6-9),

Os conteúdos abordados em geografia eram considerados como fora da realidade do aluno,  que se tornou outro desafio, que provocou com essa situação,entre professor, aluno e disciplina. Contrariando ao desejo de aprendizagem o qual  se almejava, que era a aprendizagem os alunos foram sendo  induzidos para formar  cidadãos reprodutores de uma sociedade que não tinham opiniões e sequer chance de conhecer as paisagens bacanas, o que beneficiava  apenas a pequena minoria de classes econômicas com maiores poder aquisitivo.

Dessa forma a geografia ficou reconhecida como, uma disciplina que envolvia, quadro, gizlivro de anotações e apreciação das paisagens naturais desenvolvidas em livros didáticos, que na visão dos alunos inatingível, dentro da realidade em que se encontravam, temos claro que manter um aluno, com disciplina em uma aula que estava longe da história  social, aumentando o fluxo de alunos desatentos, indisciplinados e com muitas notas baixas foi o resultado mais provável, quando não o abandono dos estudos não só por esses motivos, mas por reprovação em não entender o porquê aprender uma disciplina a qual não fazia parte de sua realidade.

Contudo por meados dos séculos XX,início do  século XXI, a Geografia teve outras mudanças as quais foram reformulados de maneira mais peculiar e  especial  o desenvolvimento das aulas de geografia, o que permitiu uma nova faze, dando mais espaços para que novas estratégias fossem utilizadas no ensino da disciplina de geografia em sala de aula.

A partir dessas propostas de rever as estratégias e métodos utilizados permeou entre os professores vários questionamentos, como chamar a atenção de alunos em sala de aula, sendo que esses alunos não possuíam subsídios  plausíveis a não ser os livros didáticos e  mais ,muitos professores não tinham sequer habilidades com as tecnologias? Como de um a hora para outra repensar algo que já tinham planejado e utilizavam durante anos com alunos e acreditavam estar a contento?

A globalização foi entendida como algo que tinha seus pontos negativos e positivos em relação a aprendizagem de geografia, a ponto de muitos professores rejeitaram os planos que eram apresentados e  que poderia ser uma nova estratégia para conquistar os alunos em sala de sala, por conta de ser um leque de possibilidades, que poderiam ser usados para melhoria da aprendizagem, esse um dos pontos positivos,porém como negativo o descarte das explicações dos professores banalização das aulas e falta de condições por conta de materiais tecnológicos nas instituições em especial escolas  populares, pois até o básico como livros didáticos já estavam difíceis de ser distribuídos aos alunos, quem diria oportunizar aos alunos o uso de computadores, assim eram o pensamento desses professores.

O desafio do ensino de geografia foi muito rejeitado pelo  método tradicional, que  baseado em livros didáticos, que os professores alegavam ser o  mais concreto por conta de ilustrações e exemplos, os quais manipulados os aluno a aprendizagem  que esses livros eram autorizados a desvendar, a partir do momento em que as tecnologias utilizadas na globalização entra em cena, com  exemplos de fatos da atualidade que eram disponibilizados  mundialmente, colocava o aluno em contato com situações conflituosas, quanto a reflexão por soluções para os contratempos .

CAVALCANTI (2002)  afirma  que:Deve levar em conta as transformações pelas quais o mundo tem passado, transformações essas que são econômicas, políticas, sociais, espaciais, éticas, que provocaram alterações no que diz respeito ao mundo do trabalho e da formação do geógrafo e que afetam a formação profissional, as escolas, a identidade dos profissionais. Pensar a formação desse profissional implica considerar a sociedade contemporânea, marcada por essas transformações.  (CAVALCANTI 2002, p. 101)

Ainda com tantos desafios  descritos anteriormente na didática  escolar  na disciplina de Geografia teve  sua estafa, que se apresentou e ainda nos dias de hoje é possível ser identificado  de diversas formas desde a organização espacial, para que os alunos tenha salas de aula equipadas, chamativas, assim como materiais disponíveis para que esses alunos possam manusear, percebendo que vai além  de mapa, quadro, giz, caderno folha de papel vegetal, entre outros simples materiais,  mas computadores que possam funcionar, para o auxílio dessa aprendizagem,  sendo um  recurso estratégico para que o professor também tenha satisfação de uma aula interessante e com sucesso.

Segundo Morais (1994)A descrição, a enumeração e classificação dos fatos referentes ao espaço são momentos de sua apreensão, mas a Geografia Tradicional se limitou a eles; como se eles cumprissem toda a tarefa de um trabalho científico. E, desta forma, comprometeu estes próprios procedimentos, ora fazendo relações entre elementos de qualidade distinta, ora ignorando mediações e grandezas entre processos, ora formulando juízos genéricos apressados. E sempre concluindo com a elaboração de tipos formais,a-históricose, enquanto tais, abstratos[...]Esta concepção, presente em todas as definições apresentadas, emperrou a possibilidade de chegar a Geografia a um conhecimento mais generalizador, que não fosse à custa do formalismo tipológico. Enfim, de que ele ultrapasse a descrição e classificação dos fenômenos.( Moraes 1994, p. 40)

Dentro da escola nos dias atuais, o que se presencia ainda é  uma labuta, por conta da evasão escolar, a preocupação de manter esse aluno matriculado, presente  nas atividades, participativo e interessado, mas e o professor? Por que a cobrança por busca de aulas fantásticas é exigida?  Por que não investir na formação continua desse professor? Em que condições esse professor consegue desenvolver suas aulas, tendo o mesmo que atingir metas, sem a preocupação com reciclagem que auxilia  melhores condições de desenvolver uma boa aula, com qualidade?

Cavalcanti (2002) aponta como referências princípios que devem orientar a reforma curricular da formação profissional do geógrafo. Entre elas estão a Formação contínua e a Autoformação; a Indissociabilidade entre Pesquisa e Ensino; a Integração Teoria e Prática; a Formação e Profissionalização e o Conhecimento Integrado e a abordagem Interdisciplinar.

Para que o atendimento aos alunos em âmbito escolar ocorra com sucesso, também deve ser apontado o desafio de  investir na formação dos Professores se torna ponto crucial, para que esse aluno, a partir do fortalecimento ao professor com formações, continua para que os mesmos possam também expressar suas frustações e desanimo, tornar o desafio na possibilidade de reformular a disciplina, melhorando o desenvolvimento das aulas pois novas estratégias são repensadas em conjunto com  ações que podem ser viáveis para que a evasão diminua e a educação ganhe seu significado verdadeiro que é o conhecimento e melhora na aprendizagem dos alunos, satisfação do professor em estar na sala de aula.

 

Educador e educando (liderança e massas), co-intencionados à realidade, se encontram numa tarefa em que ambos são sujeitos no ato, não só de desvelá-la e, assim, criticamente conhecê-la, mas também no de recriar este conhecimento. (FREIRE, 2005, p. 64).

 

 

4 A TAREFA DE ENSINAR  COM NOVAS POSSIBILIDADES NA DISICPLINA DE GEOGRAFIA

 

E grande o conhecimento de que os professores tem  como tarefa de ensinar a disciplina de Geografia, sendo essa no sentido da palavra ensino  o de ser a  possibilidade, utilizar  e adquirir conhecimento, com  base na valorização das informações disponibilizadas, com

 reflexão, atenção para que seja compreendida, dessa forma o aprendizado sendo principal objetivo seja verificado com resultados que sejam perceptíveis nas aulas, com compromisso e entendimento de realidades apresentadas nessa disciplina.

            [...] o caminho de ensinar, ocorre como um processo crítico em que o ensinante desafia o educando a apreender o objeto ou conteúdo para apreendê-lo em suas relações com outros objetos, ensinar conteúdos implica o exercício da percepção crítica, de sua ou de suas razões de ser. Implica o aguçamento da curiosidade epistemológica do educando que não pode satisfazer-se com a simples  descrição do conceito do objeto. Não devo deixar para um amanhã aleatório algo que faz parte agora, enquanto ensino, de minha tarefa de educador progressista: a leitura crítica do mundo ao lado da leitura crítica da palavra. (FREIRE, 2012, p.94-95, grifos do autor).

            Neste caso como tornar esse desafio em possibilidades é o questionamento que permeia entre professores da disciplina de geografia , sabendo-se que para que novas estratégias sejam agregadas ao desenvolvimento e aprendizagem, requer, um professor mais, flexível, aberto a diálogos, preocupado em acompanhar as mudanças que ocorrem diariamente com os  alunos, como desenvolver temas mais delicados a qual a geografia faz parte também, por que se os alunos ao entenderem a melhor maneira de  aprender  geografia junto com demais disciplinas, que são atuantes em sala de aula, ainda que esses temas pareçam não pertenceram a disciplina, provoca no professor, uma maior investigação de como chamar a atenção e incluir o espaço geográfico com suas condições, possam ser repensados e incluído como aprendizagem.

            Por exemplo, ao se tratar de meio ambiente, tema muito bem explorado em diversas disciplinas, como a geografia, pode ser trabalhada de forma interdisciplinar e dar o seu recado?

            De que maneira é possível o aluno entender que o planejamento dentro do ensino de geografia também é possível, para que todos os membros de uma sociedade, possam desfrutar de um ambiente saudável, porque todas as vezes que surgem assuntos como o meio ambiente, economia  e assim por diante,espera-se que a disciplina de geografia, exponha sua opinião  e que o professor possa refletir  junto as demais disciplinas como fazer sua intervenção de forma positiva e,aproveitar essa  possibilidade para que os alunos entendam, que na questão de ensino todas as disciplinas também podem ser discutidas e refletidas, porem em diferentes âmbitos.

            CAVALCANTI (2002)  afirma que: há uma complexificação do espaço que se tornou global. O espaço vivenciado hoje é fluido, é formado por redes com limites indefinidos e/ou dinâmicos extrapola o lugar de convívio imediato. É, também, um espaço extremamente segregado, onde cresce a cada dia o número de excluídos, de violentados, de desempregados, de sem terras, de sem tetos. Cavalcanti (2002, p. 33).

            Aproveitar como possibilidades, para desenvolver  didáticas possíveis a disciplina de geografia, deve estar além do ciclo de aprendizagem do aluno, seja fundamental II ou ensino médio, pois independentemente da idade, a oportunidade em fazer pesquisas mesmo em um mundo em que muitas mudanças e transformações que o ocorreram e o aluno, não presenciou porem ouviu, alguém contar, permite a esse aluno, uma abertura ao entendimento de problemas e situações que ainda permanecem, dentro da história do pais, seja por conta de infraestrutura, economia, meio ambiente entre outros assuntos.

 

Deve possibilitar que o aluno construa não apenas conceitos e categorias já elaboradas socialmente, mas que (re)signifique tais instrumentais a partir da compreensão do particular, do poder ser diferente nas interpretações e mesmo assim fazer parte do contexto CASTROGIOVANNI, (2010, p. 85).

 

            Como pontos estratégicos no desenvolvimento de aulas na disciplina de geografia o professor, promove inquietações aos  alunos, providas pelas  mídias sociais, sobre diversos assunto como mobilidade urbana, com as qualidades de vida ou não, dilemas sobre realidades apresentadas na comunidade em que o aluno está inserido, todas situações  assim como muitas outras, permitem a possibilidade de desenvolver assuntos com diversas estratégias para que sejam pesquisadas, com o a orientação do professor, sendo mediador para que a compreensão e aprendizagem tenham uma conotação avaliativa com grandes resultados.

            Segundo  CALLAI (2000), Assim, professor e aluno estarão envolvidos em situações de aprendizagem que consideram o empírico, o reconhecimento do que existe no lugar, os conhecimentos que o aluno traz consigo a partir de suas vivencias, e a busca de teorização destas verdades. Contextualizando-as os alunos fazem as abstrações necessárias, trabalhando com os conceitos científicos e desencadeando a compreensão que permite ir cada vez mais além ao sentido de generalizar experiências particulares e entender a realidade de forma mais ampla. (CALLAI, 2000, p. 103).

            Ainda que as possibilidades,nodesenvolvimento da aprendizagem de geografia se depare com críticas, pela forma de ser ministrada, as estratégias devem ser repensadas sempre pelo professor, para que se ele se atualize e suas aulas sejam mais interessantes eexploradas pelos alunos  para que  com isso novas respostas possam ser observadas e registradas pelos alunos.

            Para ter eficácia, o processo de aprendizagem deve, em primeiro lugar, partir da consciência da época em que vivemos. Isto significa saber o que o mundo é e como ele se define e funciona, de modo a reconhecer o lugar de cada país no conjunto do planeta e o de cada pessoa no conjunto da sociedade humana. É desse modo que se podem formar cidadãos conscientes, capazes de atuar no presente e de ajudar a construir o futuro. (SANTOS, 2008, p. 115)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS[UdW11] 

 

            Enquanto aprendizagem da disciplina de geografia, é cercada por desafios o quais, não irão desaparecer como um passe de mágica, pois requer, paciência, reflexão, participar de processos de formação para que novas estratégias tenham efeitos significativos no processo de aprendizagem dos alunos.

            Porque o público alvo dessa aprendizagem sendo eles os alunos, ao contrário a muitos anos atrás hoje, necessita de estratégias que chamem a atenção para que eles tenham interessem em participar e aprender sobre a disciplina, no caso a geografia, essa angustia, também é vivenciada por outras disciplinas, mas isso não quer dizer que não tem solução, mas que se deve repensar como atingir esse ensino com resultados positivos em que o aluno realize discussões e questionamentos pertinentes, entendendo que se ele não conseguir entender o que dentro da disciplina  de geografia não terá como desenvolver esse raciocínio mais crítico, porém mais consciente.

            Visando isso ao se deparar com realidades no cotidiano e nas estratégias que vem sendo disponibilizadas, o professor precisa refletir sobre os fatos do cotidiano e quais são  os que mais intrigam esses alunos e utilizar esses assunto, ligando ao conteúdo a ser desenvolvido, como possibilidade de que se torne a pesquisa ainda que utilizando as tecnologias como  uma estratégia, conseguindo  dessa maneira atingir o conhecimento e aprendizagem dos alunos.

            O professor, não precisa deixar de ministrar o conteúdo planejado por ele, mas aproveitar as oportunidades que ocorrem com tantas informações ainda que corriqueiras, mas que mexem com os aluno, juntar ao seu conteúdo e melhorar a visão do aluno quanto a participação da disciplina de geografia  no momento em que essas indagações surgirem, não é a questão neste artigo, realizar milagres, no processo educativo, mas a partir de situações  sejam elas trazidas pela mídia ou pela comunidade, conscientizar o aluno que a partir do momento que ele entende que a geografia atua como articuladora entre a teoria e a prática vivenciada.

 

 

 

 

 

6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências humanas e suas tecnologias. (Ensino Médio).Brasília:MEC,2013.Disponívelem: . Acesso em: 28 Ago.. 2018.

BRITO,  Franklyn Barbosa de; PESSOA, Rodrigo Bezerra. Da origem da Geografia crítica a Geografia crítica escolar. In:_ Anais do Encontro Nacional de Prática de Ensino de Geografia, X ENPEG. Porto Alegre: ENPEG, 2009

CALLAI, Helena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANNI, Carlos Antônio. Ensino da geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000.

CALLAI, H. C. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANI, A.C. (org.) Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 7. ed. Porto Alegre: Mediação, 2009.

CASSAB, C. Reflexões sobre o Ensino de Geografia. Geografia: Ensino & Pesquisa, Santa Maria, 2009, v. 13 n. 1, pp. 43-50.

CARVALHO, Maria Inez. Fim de século: a escola e a geografia. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 1998. 160 p. – (Coleção Ciências Sociais).

CASTROGIOVANNI, Antônio Castro (Org.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. E agora, como fica o ensino da geografia com a globalização?. Porto Alegre. Editora da UFRGS/ Associação dos Geógrafos Brasileiros. 5ª. Ed. 2010, p. 83 - 85.

CAVALCANTI, Lana de Sousa. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002.

_____________. Lana de Sousa. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 9° ed. Campinas, SP: Papirus, 2006. – (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico.

____________. Lana de Souza. Jovens escolares e suas práticas espaciais cotidianas: o que tem isso a ver com as tarefas de ensinar geografia? In: CALLAI, H.C. (org.) Educação Geográfica: reflexão e prática. Ed. Unijuí, 2011, 320.p.

EVANGELISTA, Armstrong Miranda. et all. Fundamentos de didática da geografia. Teresina-PI: EDUFPI/UAPI, 2010.

EVANGELISTA, Miranda Armstrong; XAVIER, M. Pereira da Silva. O conceito de espaço geográfico do professor de geografia. In: FAÇANHA, Antônio Cardoso. Et all. Teresina-PI: EDUFPI, 2015.

FREIRE, P. À sombra desta mangueira. 10. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012

___________ Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005, 42.ª edição.

MORAES A. C. R. (org.). Geografia: pequena história crítica.20. ed. São Paulo:

Hucitec, 1994

SANTOS, Milton. Técnica, Espaço, Tempo: Globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

 

 

[1] Pós graduanda do Curso Metodologia do Ensino de História e Geografia pelo Grupo Educacional UNINTER, e Professora de Geografia da rede pública de ensino.

[2] Orientadora

Artigo completo: