A Finalidade da Vida
Por José Maria Borborema | 14/11/2015 | FilosofiaTudo o que existe e ocorre no cosmos são transformações dele mesmo geradas por um programa auto evolutivo, por ele criado, existente dentro das partículas fundamentais que compõem a matéria. Todas as transformações cósmicas são função do programa cósmico e das condições do cosmos onde elas ocorrem. Apesar de as partículas fundamentais da matéria serem as mesmas em qualquer local do cosmos, elas se encontram organizadas de inúmeras formas diferentes, dependendo das condições locais e do estágio de evolução do programa cósmico.
O estágio de evolução do programa cósmico é função do estado de organização das partículas fundamentais, isto é, à medida que o programa cósmico gera um tipo de organização ele evolui para poder gerar uma organização mais complexa das partículas. O estágio do programa cósmico dos átomos é uma evolução do programa das partículas subatômicas, o das moléculas dos programas dos átomos, das substâncias dos programas das moléculas e assim sucessivamente. As diferentes formas de organização das partículas fundamentais formam as diversas partículas subatômicas, átomos, elementos, moléculas, substâncias, enfim todos os tipos de matéria.
Para que uma determinada transformação cósmica ocorra é necessário que uma ou inúmeras outras tenham ocorrido anteriormente. Assim, a existência do átomo depende da existência das partículas subatômicas, as moléculas da existência dos átomos, as substâncias das moléculas e assim sucessivamente. Assim sendo, a existência da vida depende da existência da matéria orgânica, pois não existe vida fora dela. Para que o programa cósmico da matéria orgânica possa gerar a vida é necessário que ela tenha uma organização mínima por ele mesmo gerada.
Apesar de o programa cósmico fundamental da vida ser o mesmo para todos os seres vivos, a manifestação da vida depende do estágio de evolução do ser vivo e dos programas cósmicos de seus diferentes tipos de células, por isso, a manifestação da vida de um vegetal é diferente da manifestação de vida de uma bactéria, a da bactéria diferente da de um verme, a de um verme diferente da de um inseto, a do inseto diferente da de um mamífero, etc.
Como a vida depende da organização da matéria orgânica, ela deixa de existir quando a matéria orgânica não possui mais a organização necessária para sua existência. Não existe continuidade da vida fora da matéria orgânica, pois ela é gerada pelo programa cósmico encontrado neste tipo de matéria.
Como o ser humano é o animal mais evoluído da face da terra, ele possui a manifestação de vida mais complexa de todos os seres vivos, por isso ele é o único animal que procura conhecer o cosmos e a finalidade de sua vida. Devido seu desejo de imortalidade e tendo certeza que sua vida terá um fim, ele procura se confortar pensando que a finalidade de sua vida é algo após sua morte. A religião foi o meio que ele criou para dar sustentação a este seu desejo .
Como o programa cósmico fundamental da vida é o mesmo para todos os seres vivos, a finalidade da vida tem que ser a mesma para todos os seres vivos independentemente de seu grau de evolução. Ao observarmos as manifestações de vida na face da Terra verificamos que as atividades de todos os seres vivos destinam-se fundamentalmente à conservação do indivíduo e da espécie, o que nos leva a admitir que a finalidade da vida é sua perpetuação, porém não a de uma vida específica de um indivíduo e sim a perpetuação do programa cósmico da vida existente em todos os seres vivos. Tendo em vista o acima exposto, conclui-se que a finalidade da vida de uma pessoa é determinada por ela enquanto viver, pois para o cosmos a finalidade é apenas a conservação do programa fundamental da vida, não havendo portanto nenhuma finalidade para uma vida específica após a morte do ser vivo em que ela se manifestava.