A FEMILIDADE COMO MÁSCARA

Por Erynat FERNANDES | 22/07/2009 | Contos

Joan Rivíere.

Qualquer que for a direção em que se orientou a investigação psicanalítica , representa em toda oportunidade, para Ernest Jones, a ocasião de demonstrar seu interesse em seus distintos campos.

Em seu artigo sobre a fase precoce do desenvolvimento da sexualidade feminina Ernest Jones dividiu a sexualidade em dois tipos distintos: HETEROSSEXUAL e HOMOSSEXUAL.

Mais eu mesmo, Joan Rivíere reconhece que há fomas intermediárias, de uma forma intermediariame ocuparei eu. Há homens, como já diria Ferensczi, que para esconder a homossexualidade exageram na masculinidade, como uma defesa contra suas tendências homossexuais.

Tratarei de demonstrar que as mulheres aspiram uma certa masculinidade podem adotar uma máscara de feminilidade para diminuir a angústia e evitar a vergonha que temem por parte dos homens.

Aludo aqui há um tipo particular de mulheres intelectuais, não faz muito tempo que as carreiras intelectuais eram quase exclisivamente patrimônio de um certo tipo de mulheres masculinizadas, em alguns casos nem sequer ocultavam seu desejo de ser um homem.

Hoje os tempos mudaram e de todas as mulheres dedicadas atualmente a uma profissão liberal séria, difícil decidir observando o seu modo de vida e o seu carater.

Nos mundos dos negócios se encontram muitas mulheres que parecem responder a todos os critérios de uma feminilidade realizada, são boas esposas, boas mães,donas de casa competentes, participam da vida social e dos acontecimentos culturais,manifestam interesses especificamente femininos e ao mesmo tempo são capazes de assumir sua vida profissional tão bem como qualquer homem.

Há algum tempo no curso de uma análise fiz algumas descobertas interessantes,está mulher responderia ponto por ponto a descrição que acabo de dar, possuia em alto grau a capacidade de se adaptar a realidade e de manter baos relações com quase todas as pessoas que conhecia alguns destas relações indicavam que suas relações não eram tão perfeitas como a primeira vista.

Daremos um exemplo para ilustrar está afirmação: Se tratava de uma mulher de nacionalidade americana, profissionalmente dedicada a uma carreira de militante que a obrigava a falar e escrever toda a sua vida. Toda a sua vida havia sofrido de uma certa angústia, às vezes muito intensa,que se manifestava depois de cada aparicão em público, apesar de seu êxito inegável, de suas qualidades intelectuais era apreendida por um temor de haver cometido um erro.

Havia uma grande necessidade de afirmação, estas necessidades se elevavam , chamando a atenção dos homens, que por sua vez, elogiavam a prontamente, representam a figura paterna junto com estas figuras paternas podemos afirmar:

Que com base nos comprimentos que receberá depois de dirigir uma reunião, indiretamente chegaremos ao interesse sexual destes homens. Falamos de um modo mais claro, o seu comportamento após as reuniões estava destinado a provocar os homens, seduzindo-os de maneira mais ou menos velada. Está atitude demonstrava um verdadeiro problema.

Em análise mostrou que a rivalidade edípica com a mãe havia sido extremamente intensa, paralelamente havia uma rivalidade igualmente motora com o pai.

Seu trabalho intelectual de falar e escrever consistia em uma identificação com o pai, que se havia iniciado como escritor.

A adolescência desta mulher estava marcada por uma consciente rebeldia contra o seu pai.Sonhos e fantasias desta natureza, aonde ela castrava o seu marido, apareciam frequentemente em sua análise. Expeirmentava sentimentos de rivalidade consciente a respeito das figuras paternas, frente as quais reclamava uma superioridade.

Por isso solicitava atenção depois das conferencias, a idéia de que poderia não ser igual a afetava profundamente.

O leitor pode me perguntar como faço para diferenciar a feminilidade fundamental e a superficial. Porém, digo que elas são iguais, o que muda é a causa dos conflitos.

A femilnilidade é mais usada para evitar a angústia da que primariamente para o gozo sexual.

Mulheres assim sofrem de um medo de serem castradas são mulheres fixadas no complexo, desenvolvem suas habilidades para mostrar sua superioridade frente a mãe, procuram um superioridade intelectual para superar a beleza.

Em análise mostro que estas reações são decorrentes de seus relacionamentos paternos na fase sádica-oral

Estas reações são descritas por Melaine Klein, num congresso em 1927 a decepção e a frustação durante a lactânica, interpretadas oralmente origina num sadismo direcionado a figura paterna. O desejo de morder o peito e de arrancá-lo com os dentes se manifesta pelo, desejo de penetrar a mãee de devorá-la, ela e os conteúdos de seu corpo, estes conteúdos representam o pênis paterno e as materias fecais.

O desejo de moder o peito é transferido ao pênis do pai , nesta etapa ambos os pais são rivais, ambos possuem objetos desejados, o sadismo se dirige contra ambos e a criança teme o castigo dos dois, como sempre, no caso da menina a mãe é a mais odiada, e portanto a mais temida.

A mãe poderá dar um castigo proporcional ao crime; destruir o corpo , a beleza de sua filha, pode´ra também devorá-la,torturá-la e matá-la, diante desta situação espantosa, cabe a menina se salvar desta situação reconciliando-se com a mãe e explicando seu crime, então, se identifica com o pai e se serve da masculinidade assim adquirida.

Parece por tanto evidente que o modo de se alcançar plenamente a heterossexualidade coincide com a realização dagenilatidade, tanto a mulher heterossexual com a mulher homossexual desejam o pênis paterno e se rebelam contra a frustração, ou a castração.

Mais uma das diferenças essenciais que as separam é a intensidade do sadismo e também o poder que tem ambas para manejar este sadismo e a angústia que ele provoca.