A Extrema Esquerda Do Correio Braziliense
Por Félix Maier | 19/04/2007 | PolíticaO jornalista Lucas Figueiredo, do Correio Braziliense, escreveu o seguinte em seu artigo "Livro Secreto do Exército é revelado" (edição de 15/4/2007, "Política", pg. 2):
"O mistério que dura duas décadas chega ao fim. Há 19 anos, uma dúzia de oficiais da reserva esconde uma espécie de 'santo graal' da linha-dura das Forças Armadas: um livro produzido pelo serviço secreto do Exército, que conta o que seria 'a verdade' sobre a luta armada promovida por organizações de esquerda, entre 1967 e 1974. A obra nunca foi publicada e até mesmo seu título foi mantido em sigilo. Alguns poucos exemplares artesanais passaram de mão em mão, num círculo fechado. Apenas 40 páginas da obra (menos de 4% do total) circulam livremente pela Internet, postadas no site do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), que reúne militares e civis de extrema esquerda".
Como bem observou o coronel Brilhante Ustra no artigo "O livro secreto do Exército", postado hoje no Mídia Sem Máscara (http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5733&language=pt), nada de novo é apresentado pelo Correio Braziliense, que anos atrás até foi chamado de "Diário Oficial do PT" durante o governo do então petista Critóvam Buarque. Como em outras ocasiões, trata-se de requentar coisas velhas, para que pareçam novas, de preferência em datas específicas - como o Dia do Exército, 19 de abril - para que a chama do revanchismo esquerdista não se apague nunca. A respeito dessa prática esquerdista que se repete na mídia ano após ano, per omnia saecula saeculorum, eu escrevi "Annus Gramscii", publicado no site do Olavo de Carvalho (http://www.olavodecarvalho.org/convidados/0135.htm), que convém ser lido uma vez mais, para entender como funciona a prática esquerdosa da desinformação neste País.
Não é a primeira vez que o Correio Braziliense comete um grave equívoco. No artigo "Correio Braziliense: central da desinformação" (http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=2969), de 20/11/2004, eu abordo a prática de esquerdistas empedernidos, como Rudolfo Lago, em disseminar a mentira despudoradamente. Eis um trecho do artigo:
"Apesar da faxina feita, periodicamente o Correio tem uma recaída maniqueísta, quando pesca piranhas em lagos turvos e as vende à população como belos robalos. A última pescaria de Rudolfo Lago (que retornou ao jornal com força dobrada, para resgatar o tempo perdido) e companheirada, trouxe uma fotografia de um homem nu, com as genitálias à mostra, que seria de Vladimir Herzog. Ocorre que, depois de periciada a foto, chegou-se ao nome de um padre que tinha por hábito pular o confessionário para se encontrar com uma freira. 'A forma sensacionalista e mentirosa com que esse lamentável episódio de nossa história foi agora retomado, só mostra a sua motivação eleitoral, oportunística. É um fato que está na memória coletiva daqueles que o viveram de alguma forma, ainda que à distância, como foi o meu caso. Provavelmente, aqueles que o ressuscitaram estavam interessados também em ressuscitar eleitoralmente candidaturas fracassadas, ou em vias de, dos queridinhos da esquerda, a exemplo da candidata Marta Suplicy, em São Paulo. Foi um tiro n'água, até porque não passou de grossa mentira, uma armação primária que um jornal decente não teria feito publicar em suas páginas. Não por acaso a matéria saiu no Correio Brasilienze, uma das publicações mais provincianas e descredenciadas do Brasil' (José Nivaldo Cordeiro, in O caso Herzog).
Esta última investida do Correio Braziliense, iniciada em 17 de outubro com uma série de reportagens sobre Vladimir Herzog, não é novidade, pois volta e meia o jornal-panfleto requenta matérias bolorentas em seu velho microondas, como a Guerrilha do Araguaia, o caso Mário Eugênio e outros. É uma tática tipicamente esquerdista, que elege os temas tendo em vista apenas seu próprio interesse, que é enaltecer antigos terroristas e satanizar as Forças Armadas que no passado combateram a peste vermelha. Tal agenda, que escolhe temas adequados para o calendário esquerdista, pode ser melhor entendida lendo-se o artigo Annus Gramscii. O problema não é a abordagem que jornais como o Correio fazem dos recentes fatos históricos ocorridos em nosso País, como o dos governos dos generais-presidentes, mas o enfoque dado aos temas, como faz a maioria dos jornalistas, viajando somente em pista de mão inglesa, a pista da esquerda".
Agora, aparece essa reportagem de Lucas Figueiredo, sobre um livro "secreto" de que toda a sociedade minimamente informada já tomou conhecimento, se não com os inserts publicados pelo Ternuma, pelo menos com o brilhante livro do coronel Brilhante Ustra, "A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça", de 2006, onde ele cita várias o dito livro "secreto", chamado de "Orvil" (livro, ao contrário), que na verdade atende pelo título provisório de "As tentativas de tomada do poder".
O mais interessante do artiguito de Lucas Figueiredo foi ele se referir ao pessoal do Ternuma como sendo "militares e civis de estrema direita".
Invariavelmente, a esquerda tasca vários apelidos a quem não pensa segundo o Evangelho da Peste Vermelha: "fascista", "anticomunista ferrenho", "nazista", "extrema direita". Com isso, tipos da estrema esquerda, como Lucas Figueiredo, entendem que são seres superiores, angelicais, embora defendam governos tenebrosos como os de Cuba e da antiga União Soviética, onde era comum a tortura por empalamento, utilizando-se um espeto em brasa. Apesar de defender o capeta, tipos assim têm a ousadia de falar em tortura no Brasil!
É um mistério como pessoas cultas e até geniais, como Oscar Niemayer, que este ano irá comemorar 100 anos de idade, até hoje defendam o comunismo. Niemayer, um gigante da arquitetura, torna-se um anão político ao defender o crime monstruoso do Gulag e os 100 milhões de mortos colhidos pela Peste Vermelha no século XX.
O Correio Braziliense, ao trazer reportagens míticas e mentirosas, sempre enaltecendo a esquerda e satanizando as Forças Armadas, também se torna um jornal anão, um pasquim de péssima qualidade.