A ETNOMATEMÁTICA: RESUMO
Por adriano pereira dos santos | 25/05/2011 | EducaçãoA ETNOMATEMÁTICA
De acordo com Ambrosio, desde os primórdios na pré-história, a primeira manifestação matemática foi na construção da pedra lascada, a partir daí houve diversos desenvolvimentos de instrumentos necessários a sobrevivência da espécie humana. Também o desenvolveu se um entendimento de espaço e tempo e de instrumentos de caça, como, a lança. Mas o surgimento da agricultura representou uma transição maior, mudando até o conceito dessa época, que era matriarcal,e passou a patriarcal. Tendo até este momento uma referencia de divindades feminina, depois do surgimento da agricultura se criou divindades masculinas. A partir da agricultura também tiveram a necessidade de criar outros instrumentos, mas agora intelectuais, por exemplo, o planejamento do plantio, uma forma de dividir as terras em parte iguais. Surgiu como consequência a divisão hierárquica, fundada na estruturas de poder econômico, fez se necessário estudos sobre o espaço e tempo, o primeiro para a divisão das terras , e o segundo para saber o período correto para plantar e colher. Surgindo assim a geometria, que significa medida da terra, iniciada com os faraós no Egito. Neste momento também surgiu os calendários que, entre outras coisas, também era usado para o planejamento da agricultura. Nos dias de hoje ainda são usados 40 tipos de calendários.
Portanto foi a necessidade do ser humano que o fez desenvolver os diversos instrumentos matemáticos, durante toda a sua história. Sendo peculiar a cada grupo ou comunidade, de acordo com suas necessidades em comum, causada também por dificuldades no ambiente em que viviam. Fez se assim necessário desenvolve a caça com lanças, o fogo, a pedra lascada, a agricultura , e com a agricultura a geometria e os calendários. Até os dias de hoje, com os instrumentos mais complexos, para fins de extrema precisão. A partir dessa noção de matemática originada nos grupos e comunidades pré-histórica que, foi registrada e passada de geração em geração, oralmente, ou por outros meios, é que o autor traz o conceito de etnomatemática. Segundo ele, etnomatemática é um programa de pesquisa em história e filosofia da matemática, com obvias implicações pedagógicas. Destaca o fazer matemático, e dá nos um exemplo, um estudo de Terezinha Nunes, o qual mostra que crianças que ajudavam seus pais no comércio numa feira em recife, desenvolveram uma habilidade maior com dinheiro, fazendo trocos e, fazendo descontos sem levar prejuízo. Mostrando praticas que são aprendidas fora do ambiente escolar. Sendo esse uma importante componente da etnomatemática. Ou seja, uma visão critica da ralidade. Portanto essa matemática é desenvolvida para a necessidade de certas etnia, com características própria.
Na educação a etnomatemática não deve ser entendida como substituta da matemática usual, simbolizada por Pitágoras e outras formas dessa ciência. Mas privilegiar um raciocínio qualitativo sobre a matemática, relacionando-a, a realidade presente. Portanto uma matemática mais ambiental e de produção étnica, que leva em consideração o multiculturalismo da sociedade atual. Ambrosio ressalta ainda que, como educadores podemos oferecer as crianças de hoje, uma visão do presente, e os instrumentos intelectuais e materiais que dispomos para serem mais críticos. A proposta pedagógica da etnomatemática, é fazer da matemática algo vivo, ligados com situações reais no tempo e no espaço. E através da crítica, questionar o aqui e o agora. Ao fazer isso estaremos mergulhando-os nas raízes da cultura, praticando-o na dinâmica dessa cultura, e reconhecendo assim, as varias culturas, e promovendo uma nova civilização. A civilização transcultural e transdisciplinar. E conclui que a etnomatemática é um caminho para a educação renovada, que é capaz de preparar gerações futuras para construir um civilização mais feliz.