A escola sustentável - formadora de capacitadores

Por Brenner Marques | 11/05/2018 | Educação

A escola sustentável é um projeto de intervenção em políticas públicas que pretende gerar transformações a comunidades diante da crise mundial do meio ambiente. Esse projeto reconhece a escola como um espaço educador em três dimensões conectados: o espaço, o currículo e a gestão.
Com a formulação do mundo pós-industrial, pode se observar as consequências de todo o processo dessa nova sociedade, e surge a necessidade de agir em defesa do meio ambiente. Foi com esse pensamento que a ONU, junto de vários países estabeleceu propostas para resolver o problema, e decidiram que a escola e a universidade fazem parte dessa solução. A implementação no Brasil ocorre com o decreto 7.083/2010 assinado pelo, até então, presidente Lula.
A escola sustentável é administrada por vários setores do MEC, que capacitam a formação individual de cada agente da educação, como os alunos, professores e gestores, e comprovam essa formação com a impressão de certificados. Além disso, se tem uma preocupação aos detalhes arquitetônicos nas instituições, afim de formular modelos de sustentabilidade para a comunidade.
De modo que a formação realizada pelo MEC aos profissionais da educação, preocupa-se em estabelecer uma aprendizagem caracol e contextualizada dos problemas de cada região, para que ao educar o aluno, o discente, perceba e atue em defesa sócio-ambiental da comunidade.
Com essa visão, o projeto não é uma visão direta ao problema, mas uma formadora de futuros capacitados a solucionar é realmente combater o problema.
Um outro ponto extremamente relevante é a preocupação dos gestores em compreender a comunidade onde a escola atua, e tentar formar projetos que contextualize com a realidade sócio-econômica para trazer melhores resultados ao local. Por exemplo: Em uma região de praia, do litoral carioca, a escola pode desenvolver projetos para a importância do descarte correto de componentes tóxicos a vida marinha, pois parte das atividades comerciais voltam-se para áreas pesqueiras. Como também, a escola pode levantar projetos aos alunos, em forma de murais ou palestras comunitárias, sobre formas e métodos para orientar ao descarte de lixo dos turistas que estão visitando o local. Perceba que a escola preocupa-se em primazia em formar esse cidadão com a preocupação de um ambiente mais limpo, e jamais, levantarão ideias sobre a proibição das atividades pesqueiras ou turísticas na região.
Para deslumbrarmos casos concretos, apresento dois exemplos excepcionais dentro da própria América do Sul, onde as mídias afirmam constantemente que pouca importância se dá ao critério de educação. O primeiro destaque fica com a Escola Estadual Erich Walter Heine, em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, pois além da escola receber o prêmio de primeira escola sustentável da América Latina, possui mais de 50 medidas que atestam a eficácia sustentável entre a escola e a comunidade. Em segundo, o Colégio La Vieja, localizado em Cali, na Colômbia, porquê a escola toda foi construída em bambu coletado na própria região, uma medida como essa além de concretizar uma nova forma de construção sustentável, ajudou na respiração só planeta por não produzir grandes quantidades de gás carbônico pela transportação de materiais.
Portanto, a realidade que temos sobre critérios que abrangem educação e meio ambiente são cada vez mais reais em nossa sociedade, embora falte muito a ser feito, em parte por maior incentivo dos líderes de opinião pública, em parte pela conscientização de gestores, e em parte pela conscientização de nosso próprio povo, conseguimos subir o primeiro degrau desse novo desafio, e cabe a cada um de nós, não permitir que desçamos por nada.
Referências 

TRAJBER Rachel – Escolas Sustentáveis: incubadora de transformações nas comunidades;
Sustentarqui.com.br
www.Rj.gov.br