A escola e a relação no mundo do trabalho

Por GILSON MARCOS PAGES | 23/03/2012 | Educação

A Escola e relação no mundo do trabalho

 

No contexto atual, a educação deve ser prioridade para o desenvolvimento de qualquer nação. O cenário econômico vigente, advindo das transformações da revolução técnica-científica o mercado tornou-se mais expressivo, informatizado e competitivo. Organismos Nacionais e Internacionais já comprovaram que investir em educação é primordial para o desenvolvimento econômico, social, político, cultural e ambiental, criando possibilidades de cidadania para todos.                                                                                                   A Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB declara no Art. 1° “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Nesse sentido, a educação deve assegurar a formação plena do indivíduo e seu preparo para o exercício da cidadania e vincular ao mundo do trabalho.                                                                                                  Em todo o mundo Ocidental, de um modo geral, os últimos anos foram bastante férteis em discussões sobre as realidades e perspectivas na educação. Nesse sentido, as reflexões e a forma como as instituições de ensino aplicam o conteúdo pedagógico no contexto escolar passa a ter papel essencial no desenvolvimento das pessoas e da sociedade no mundo do trabalho, a serviço de um desenvolvimento sócio-cultural e ambiental. A educação tem sido indicada como um dos elementos essenciais para favorecer as transformações sociais e fazer recuar a pobreza, a exclusão, a submissão e, as opressões de todas as ordens.                                                                                                                  Como lema pregado por Paulo Freire “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.  Assim, reforça-se a concepção de educação voltada para a construção de uma cidadania consciente e ativa, que ofereça aos alunos as bases culturais que lhes permitam identificar e posicionar-se frente as transformações em curso e incorporar-se na vida produtiva e sócio-política.                                                                     Diante do mundo globalizado e competitivo, as pessoas são julgadas pela profissão que exercem, cabe a escola assegurar a formação pedagógica, cultural e científica para a vida pessoal, social, cidadã e profissional, estabelecendo uma relação autônoma, crítica e construtiva, maior competência reflexiva, capacidade de diálogo, comunicação e preservação ambiental, com a cultura e as várias manifestações.                                                                                            No processo de ensino aprendizagem no contexto escolar, os estudantes são instigados a desenvolver o pensamento, a reflexão, as habilidades mentais para dominar os conceitos científicos básicos das diferentes áreas do conhecimento, mas falta diferenciais que os tornem profissionais competitivos no mercado de trabalho. O desafio enfrentado pelos alunos ao completarem certo grau de escolaridade é grande em relação ao mercado do trabalho, daí surge o questionamento, será que as escolas têm acompanhado as demandas e as necessidades atuais deste segmento? Elas desenvolvem métodos que realmente possa transmitir o saber sem segregação e exclusão, que naturalmente possa contribuir para o fracasso escolar?                                                                              No mundo do trabalho as exigências são cada dia maiores, como inovações tecnológicas, multiplicidades de saberes, de experiências, dinamismo, flexibilidades, percepção, comunicação, visão de conjunto e globalizada. Por outro lado, o padrão escolar tradicional, de conservadorismo, não esta preparando  indivíduos que atendam estas diversidades, principalmente quando se trata do primeiro emprego. Não estou afirmando que o modo de ensinar está errado, e que os alunos não devem empenhar mais na busca do conhecimento, mas precisa haver maior aproximação entre as cadeiras das instituições de ensino e as do mercado de trabalho, pois o destino dos cidadãos ao formar em qualquer área de atuação é buscar um posicionamento de sucesso no mundo do trabalho.                                                                                         Basta olhar a situação atual para entender esta realidade, uma massa de desempregados que não consegue vender sua força de trabalho, seja por falta de habilidades, qualificação ou formação escolar, e que aceitam os empregos com baixa remuneração e alta rotatividade, são excluídos dos padrões homogeneizadores da nova economia e da escola. É preciso entender que o mundo mudou, vivemos em uma sociedade do conhecimento onde a escola é responsável pela inclusão social, ela é o principio, o meio, jamais poderá ser o fim.                                                                                  A escola então deve ser um referencial para a formação humana, para o crescimento cognitivo e profissional, espaço privilegiado na transmissão e construção do saber, um manancial de conquistas. Deve haver a criação de novos métodos e práticas de ensino, mais qualidade no processo de ensino-aprendizagem, a necessidade constante de inovação e ter tratamento prioritário na agenda dos governos e sociedade, principalmente referente as políticas públicas e a distribuição dos recursos para a educação. Se fracassá-los, teremos um empobrecimento social, com conseqüências perceptíveis no nível da qualidade de serviços existentes no mercado.                                                                                  Portanto, percebe-se que existe uma relação estreita entre os bancos escolares e o crescimento profissional. Sairemos vitoriosos se for dado o valor merecedor aos jovens de uma educação de qualidade, voltada para uma sólida formação humana, crítica, cidadã e também profissionalizante, que atenda os anseios do mercado de trabalho, para que possamos fazer face aos desafios do mundo novo, deste milênio. Então fica evidente que a educação é um mecanismo de transformação na vida do cidadão bem como está diretamente ligada ao crescimento pessoal atrelada aos atos pertinentes ao homem em sua constante evolução.