A epistemologia de W.V.O. Quine

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 20/08/2012 | Filosofia

 

Quine.

 

Um grande filósofo.

Americano.

Sua obra inicial influenciou.

 A lógica matemática.

Mas o que lhe tornou famoso.

Foi um artigo publicado.

Pelo meado do século xx.

Os dois dogmas do empirismo.

Leitura necessária a qualquer.

Filósofo.

Foi uma violento ataque a filosofia.

Os metafísicos empiristas.

Hipótese sustentada principalmente.

Por Rudolph Carnap. 

 

A visão de que a ciência é.

Como ele mesmo coloca.

O centro final a respeito.

Da verdade.

Jamais a metafísica.

Portanto, só a ciência pode falar.

A respeito do mundo.

De como de fato ele é.

A metafísica é uma deturpação.

Uma das coisas que a ciência.

Fala-nos coerentemente.

Que o mundo é limitado.

Restringido pelos estímulos.

Sensoriais.

 

 

Rejeita a síntese de Kant.

Entre o racionalismo e o empirismo.

Para fundamentar racionalmente.

A nova metafísica.

Com uma possível utilização.

Da empiria com objeto da metafísica.

Diz Quine.

Em seu artigo.

Os Dois Dogmas.

Quine com sabedoria ataca.

As duas hipóteses não empíricas.

Da ideologia positivista.

Primeiro a ideia de Kant.

Usada pelo positivismo.

As proposições analíticas.

Tidas como verdadeiras.

Em virtude de seu significado.

Todas as mulheres são fêmeas.

Isso não diz absolutamente nada.

Afirmava Quine.

Posteriormente as sintéticas.

Proposições verdadeiras.

Como as coisas são no mundo.

Como hoje está sol.

Ele destrói a hipótese positivista.

De forma coerente.

 

 

Como se uma proposição pudesse ser reduzida.

Ao simples fato.

De falar sobre estimulações sensoriais.

Ele mostra de forma esplendorosa.

Que nenhuma proposição pode ser.

Verdadeira.

Fora do campo estritamente da experiência.

Apenas a empiria pode ter base científica.

Mas também por outro lado.

Inclusive com o desejo de atacar Kant.

Que nenhuma proposição.

Poderá ser verificada.

Isolada de uma rede de crenças.

Da qual ela mesma faz parte.

 

A rede de crença.

Verificada por Quine.

Ela mesma é condicionada.

Pela experiência sensorial.

Isso dialeticamente.

Com efeito.

A experiência não pode.

Em nenhuma hipótese.

Ser divorciada da teoria do mundo.

Usada para descrevê-la.

A teoria e experiência.

Caminham juntas.

 

O que para ele parece evidente.

Que a ciência é um exercício pragmático.

Preocupado em predizer.

A experiência sensorial do mundo.

Esse seu modo de entender.

Não limita a ciência apenas ao seu tempo.

No exato momento da produção.

 

 

Em mundo e objeto.

Analise do entendimento.

Formula uma concepção filosófica.

A epistemologia como construção.

Da teoria científica condicionada.

Mas não tão somente.

Pela experiência sensorial.

Desenvolve a crítica do conceito.

Do significado.

Como ataque analítico kantiana.

Destruindo o conceito de sinonímia.

O que significa a mesmidade do significado.

 

Para finalizar sua elaboração sistemática.

Afirma com muita coragem.

Que os objetos físicos são postulados.

Da teoria mais coerente, melhor desenvolvida.

Cujo fundamento até podemos negar.

Revisões fundamentais a etimologia da experiência.

Recalcitrante.

Ele termina seu grande artigo.

Que ele acreditava em objetos materiais.

Mas não em deuses ou sistemas metafísicos.

Ou em teorias cujos fundamentos, desconsideravam.

 A experiência, mesmo que seja em parte.

Referia ao positivismo.

É um  erro científico acreditar em outras coisas.

Mas confessou publicamente.

Que alicerce epistemológico.

Os objetos materiais e os deuses.

Diferem apenas em grau.

Jamais em espécie.

O grande perigo.

Tanto para a empiria como para metafísica.

Todos os tipos de entidades, incluindo objetos materiais.

Entram em nossas concepções por postulados culturais.

Aqui está o perigo.

Porque tudo poderá ser entendido.

Apenas como uma formulação ideológica.

 

Edjar Dias de Vasconcelos.