A Epistemologia de Karl Popper.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 30/03/2013 | Arte

A Epistemologia de Karl Popper.

Sir Karl Raimundo Popper, eminente professor de matemática e física, ele teve interesse pelo desenvolvimento do pensamento da escola de Viena, particularmente de Carnap e Wittgenstein, entretanto, Popper discordava radicalmente do ponto de vista positivista defendido por ambos e do mesmo modo da escola de Viena.

Também teve certo encantamento pela teoria da relatividade desenvolvida por Einstein e foi muito estudioso da mecânica quântica, interessava por tudo o que dizia a respeito da natureza e da sua funcionalidade.

Pesquisou bastante em referência aos métodos aplicados às ciências da natureza, a questão fundamental da lógica da pesquisa científica e como seria seu desenvolvimento no mundo prático das ciências.

Em 1934 ele começa opor com veemência a escola de Viena, a respeito do chamado positivismo lógico desenvolvido pelo círculo de Viena, defende a ciência pela aplicação do método empírico e o conhecimento desenvolvido pelo procedimento dedutivo.

Ameaçada pela expansão alemã, Popper com medo deixa a Áustria vai dar aulas na Nova Zelândia fica por lá, até ao ano de 1945,  em que começa publicar seus principais livros desenvolvendo uma grande crítica ao historicismo.

Suas concepções políticas contra a Filosofia marxista, a magnífica obra, Sociedade aberta e seus inimigos, como também a Miséria do historicismo.

 Posteriormente, já na Inglaterra, como professor de lógica aplicada à pesquisa científica escreve outra obra interessante, Conjecturas e refutações, já no ano 1953, esse trabalho oferece epistemologicamente nova concepção à ciência e das suas metodologias.

Grande pensador, homem estudioso, da epistemologia contemporânea, Popper ajudou muito na elaboração do desenvolvimento para modificação do método e da constituição das ciências empíricas.

 Seu  desejo era eliminar a hegemonia do Círculo de Viena, para atender tal procedimento, formulou o seu racionalismo crítico, que tinha como objetivo acabar definitivamente com o positivismo da escola em referência.

Ele defende a falsificabilidade como princípio fundamental aplicado a ciência associa a ideia da existência como critério confiável que sustenta o estatuto científico de qualquer teoria. A grande questão como compreender uma teoria quando ela é científica ou ideológica apenas.

Exemplo à relatividade de Einstein e a dialética do materialismo histórico marxista ou por outro lado, as psicologias em geral, particularmente a de Freud.

Uma teoria pode ser denominada científica não porque a referida pode ser comprovada cientificamente ou verificada, a questão é mais profunda cientificamente.

 Podemos  encontrar diversas teorias que em inúmeros aspectos são conformadas empiricamente, Popper opõe a escola Viena atacando a escola contra ao princípio do verificacionismo.

Como fundamento compreende a lógica justificando que a mesma é por natureza falsificável, podendo ser desmentida a qualquer momento. Toda teoria dizia ele em condições específicas poderá ser considerada falsificável então como considerá-la científica, se a mesma permite por sua lógica aplicativa a invalidação.

Na prática não existem a não serem práticas negativas. Com efeito, quanto mais uma teoria for falsificável mais ela é científica, simplesmente em razão de estar mais exposta, correr maior risco, ao fato de estar sempre submetida a teste.

Ele cita como exemplo, a teoria marxista, a psicologia ou a psicanálise, discursos absolutistas, que procuram explicar tudo, na racionalização das ideologias, em possíveis domínios dos fatos, com segundos interesses, o que significa na prática que as ciências humanas, não seriam classificadas como ciências.

Quando uma ciência dá explicações para todos os fatos, isso significa que é uma ideologia, o que explica tudo, não explica exatamente nada, a questão também da religião, o que justifica a obra escrita como crítica a  miséria do  historicismo.

Popper ataca o método empírico indutivo e com isso defende o método empírico dedutivo, procede dessa forma com o propósito de atingir a escola de Viena, a referida  defende que é pelo caráter empírico que a ciência distingue da falsa ciência, particularmente da metafísica.

Defende Viena a partir do seu método positivista, a ciência é empírica e procede pelo método indutivo, partindo Sempre de fatos particulares e não universais, mas das particularidades descobrem as leis universais.

 Popper não aceita essa metodologia e diz por não ser científica, classifica como fonte de ilusões, propõe outra metodologia como critério científico.

Ele propõe o método dedutivo, da teoria devemos deduzir enunciados singulares  que permitem examinar ao campo experimental, se a teoria resistir sempre o teste ela vai aos poucos transformando em uma teoria científica.

 Mas por enquanto é determinada como provisória na prática toda teoria é apenas resultada de uma conjuntura, sujeita a sua refutação, isso na mudança para outra conjuntura.

Para Popper toda teoria é apenas uma conjectura, portanto é provisoriamente, nenhuma experiência permite validá-la definitivamente, essa é a grande questão colocada por ele.

As teorias são apenas conjecturas hipóteses, por não serem verificáveis e estarem sempre à preposição de uma refutação posterior.  Contra o comportamento dogmático a respeito de uma possível teoria não refutável pela experiência.

 Popper defende o emprego do racionalismo crítico, que consiste na defesa como erro, da etapa posterior à evolução da ciência, a negação acontece por meio de rupturas, por tentativas e erros e acertos não por acúmulos de saberes, a construção de novos paradigmas.

Edjar  Dias de Vasconcelos.