A EMPRESA COMO UNIDADE ECONÔMICA GERADORA E IRRADIADORA DENTRAL DA RIQUEZA DE UM PAÍS

Por JAQUELINE APARECIDA DE ARAUJO SANABIO | 08/05/2017 | Adm

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais

Curso de Ciências Contábeis

Contabilidade Avançada

Contabilidade de Entidades de Previdência Privada e Seguradoras

Contabilidade Fiscal e Tributária

Microeconomia

Planejamento e Gestão Governamental

Psicologia Aplicada as Organizações
 
 

 

 

 

 

 

 

A EMPRESA COMO UNIDADE ECONÔMICA GERADORA E IRRADIADORA DENTRAL DA RIQUEZA DE UM PAÍS

 

 

 

  

 

 

 

Abraão Lucas Freitas de Souza 

Aldo Oliveira Carvalho
 Breno Baeta Baumgratz

Bruno Rogério de Souza

Jaqueline Aparecida Araújo    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Belo Horizonte 21 maio 2012




  

RESUMO

 

Este trabalho irá abordar os aspectos tributários sobre o Valor Adicionado pela empresa e sua relação com o PIB. Conceituar e analisar a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). Apresentar as demonstrações do Plano de Previdência Complementar bem como a modalidade do plano de beneficio oferecido pela entidade. Estudar a importância desses benefícios na política de recursos humanos e o comportamento humano da entidade. 

A metodologia usada foi através de pesquisas bibliográficas e de campo. Apresentando suas demonstrações, métodos e critérios utilizados pela entidade.

 

 

PALAVRAS-CHAVE

 

Demonstrações. Benefícios. Receita. Despesa. Tributos.

    

  1.  INTRODUÇÃO

 

O objetivo deste trabalho é esclarecer como o Valor Adicionado é distribuído dentro da sociedade, quais os benefícios e malefícios dos tributos, se a mesma usufrui dos incentivos fiscais, a importância da Demonstração de Fluxo de Caixa já que sua divulgação passou a ser obrigatória com a 11.638/2007. Sua participação no PIB, como os planos de benefícios são aplicados e os mecanismos usados para mover o comportamento humano.

Os dados pesquisados e coletados foram da empresa Mendes Junior Trading e Engenharia S/A, uma sociedade de capital aberto do ramo de construção civil pesada. O foco deste trabalho é prestar maiores esclarecimentos sobre suas obrigações contábeis perante o governo e seus acionistas.

Pretende-se, com este artigo, despertar alunos e técnicos da área para a rigorosidade dos fatos e aplicações dos conceitos apresentados.

 

 

2    DVA e DFC

 

2.1 DVA – Demonstração do Valor Adicionado 

Segundo o CÔMITE DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (11 jan. 2008, p.2), a Demonstração do Valor adicionado representa um dos elementos que compõem o Balanço Social e tem como objetivo ratificar a riqueza criada pela entidade e sua respectiva distribuição (a qual deve ser apresentada na seguinte ordem pessoal e encargos, impostos, taxas e contribuições, juros e aluguéis, juros sobre capital próprio e dividendos, e lucros ou prejuízos do exercício). Os dados desta demonstração são retirados, principalmente, da Demonstração do Resultado.

Valor adicionado representa riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade (CPC 09).

A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é o informe contábil que evidencia, de forma sintética, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua respectiva distribuição, respeita o princípio contábil da competência. É utilizada para:

1) Como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e

2) Como índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos Acionistas.

3) O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.

 

2.1.2 DVA – Comparativo técnico 2009 e 2010 consolidado

 A empresa obteve um valor alto de receitas financeiras tanto em 2009 quanto em 2010 com um leve aumento de um ano para o outro pode perceber que, em 2010, o lucro aumentou significativamente na parte de serviços e de empreitadas de obras. Se comparado com o ano de 2009, notar-se-á um acréscimo do nível de atividade econômica da empresa bastante significativa nessa área, os custos de serviços e serviços de terceiros diminuiu bastante se comparado os anos de 2009 e 2010.

 Além disso, a empresa teve 16,71% de capacidade de gerar riqueza através do valor distribuído sobre o ativo total.   Ela diminuiu seus gastos com a aquisição de material, serviços terceirizados e consumo de energia elétrica. A redução da depreciação se dá por isso, já que o número dos estoques (insumos adquiridos de terceiros) teve uma recaída.

Os lucros retidos diminuíram muito comparados ao ano anterior e gerou nesse ponto um fator positivo. As taxas e impostos diminuíram, sabendo-se, também, que a entidade recebeu mais incentivos fiscais em 2010 do que em 2009.

 

2.2 DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa

De acordo com o CPC 03, a DFC apresenta a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de liquidez Portanto, esta demonstração serve como medida avaliativa dos usuários referente a empresa para a tomada de decisões.

A Lei das Sociedades por Ações, alterada pela lei 11.638/07, em seu art. 176, §6º tornou obrigatória à elaboração e publicação da demonstração do fluxo de caixa para todas as sociedades anônimas. Contudo as companhias fechadas com patrimônio líquido inferior a R$ 2.000.000,00 estão dispensadas da elaboração dessa demonstração.

2.2.1 Apresentação do Relatório de Fluxo de Caixa

     Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às demonstrações contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas. Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas:

1) Caixa: compreende numerário em mão e depósito bancário;

2) Equivalente de Caixa: são investimentos a curto prazo, de alta liquidez que são prontamente conversíveis em valores conhecidos de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor.

3)Fluxos de caixa: São entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.

4) As Atividades Operacionais são explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa.

5) As Atividades de Investimento são os gastos efetuados no Realizável a Longo Prazo, em Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas.

6) As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros.

 

2.2.2 DFC – Comparativo técnico 2009 e 2010 consolidado

Após análise, verificou-se que do ano de 2009 para o de 2010, a empresa aumentou seu lucro em 314.726 milhares de reais, o que representa um aumento de 81,39%.

Nas demonstrações consolidadas, do ano de 2010, podem-se verificar nas Atividades operacionais que foram recebidos poucos ativos e que a Mendes Júnior teve um aumento significante na redução dos seus ativos, obteve através dele um aumento grande na baixa de estoques, mas esse conjunto teve uma diminuição no seu quadro geral, teve aumento da redução do seu passivo também. No grupo de atividades financeiras os dividendos mudaram de RS 0,00 para RS 39.496,00.

Os impostos representam grandes custos da empresa, sendo o valor de 366.059, que é muito grande em relação ao caixa líquido proveniente das atividades operacionais. Ela aumentou seus títulos a receber, fazendo assim com que seu caixa liquido também aumentasse.

 

 

3 CONTABILIDADE DE ENTIDADES DE PREVIDÊNCIA PRIVADA E SEGURADAS 

 

3.1 Importância do plano de benefícios na política de recursos humanos

     Souza Júnior (2002, p.29) define essa importância como:

 

Política de recursos humanos. A criação e desenvolvimento de um fundo de pensão, especialmente com a divisão de encargos, condiz com a moderna política de recursos humanos visando melhorar relações laborais. O empregador consegue despertar o interesse do trabalhador pela empresa, seu sucesso comercial e este, dela, acaba sendo parte integrante. Quando admitido, o trabalhador pode aplicar seus recursos em fundo de pensão, juntamente com as contribuições vertidas pela patrocinadora, dando-lhe tranqüilidade e segurança para a execução de seus serviços profissionais.

 

Dentre outros objetivos específicos do plano de beneficio para a empresa podemos destacar a busca de um diferencial na hora de reter e buscar profissionais qualificados. É importante para a empresa competitiva ter um plano de benefício espontâneo, pois assegura o nível de satisfação dos funcionários e garante um maior comprometimento e envolvimento com a organização, podendo gerar produtividade.

 

 

3.2 Beneficio oferecido pela entidade

A Sociedade, em conjunto com outras empresas do Grupo Mendes Júnior, é patrocinadora da MENDESPREV – Sociedade Previdenciária, entidade fechada de previdência complementar, estabelecida sob a forma de sociedade civil de caráter não econômico e sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira, é constituída com o objetivo de assegurar aos seus beneficiários complemento dos proventos de aposentadoria e pensão.

A Mendesprev adota dois planos de benefícios, ou seja, Plano CD de Benefícios e o Plano Misto de Benefícios.

3.2.1 Plano CD de Benefícios

     O Plano CD de Benefícios é estruturado na modalidade de Contribuição Definida, em que o valor dos benefícios é ajustado ao Saldo de Conta mantido em favor do Participante, inclusive na fase de percepção dos benefícios, considerando o resultado líquido de sua aplicação, os valores portados e os benefícios, considerando o resultado líquido de sua aplicação, os valores portados e os benefícios pagos.   Os benefícios assegurados são: aposentadoria, aposentadoria por invalidez, pensão por morte, e abono anual.

     Além desses benefícios, em caso de desligamento da patrocinadora, os participantes podem optar por: benefício proporcional diferido, pelo resgate das contribuições pessoais feitas ao plano, pela portabilidade, ou tornar-se autopatrocinado.

3.2.2 Plano Misto de Benefícios 

Trata-se de um plano misto composto de duas partes: uma que é contribuição definida (fase de acumulação de recursos na atividade) e outra de benefício definido (fase de recebimento de benefícios).

3.3 Demonstrações contábeis

  

     As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas em atendimento às disposições legais dos órgãos normativos e reguladores das atividades das entidades fechadas de previdência complementar, especificamente a Resolução CGPC nº 28, de 26 de janeiro de 2009, alterada pela Resolução CNPC  nº 01/2011. Instrução SPC nº 34, de 24 de setembro de 2009, Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 1.272, de 22 de janeiro de 2010, que aprovou a NBC TE 11, bem como as demais práticas contábeis brasileiras. Essas diretrizes não requerem a divulgação em separado de ativos e passivos de curto prazo e de longo prazo, nem a apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa.

     A avaliação atuarial apresentou os seguintes valores:

SITUAÇÃO EM 2009

Reservas Matemáticas: R$ 323.376.551,59

Benefícios Concedidos (RBC): R$ 218.603.252,36

Benefícios a Conceder (RBAC): R$ 104.773.299,22

(+) Benefícios do plano com a geração atual: R$ 108.445.588,97

(-) Outras contribuições da geração atual: R$ 3.672.289,75

Ativo líquido do plano: R$ 328.098.916,69

Superávit técnico acumulado: R$ 4.722.365,10

 

SITUAÇÃO EM 2010

Reservas Matemáticas: R$ 351.643.237,99

Benefícios Concedidos (RBC): R$ 231.162.121,05

Benefícios a Conceder (RBAC): R$ 120.481.116,94

(+) Benefícios do plano com a geração atual: R$ 123.955.389,07

(-) Outras contribuições da geração atual: R$ 3.474.272,23

Ativo líquido do plano: R$ 361.304.605,93

Superávit técnico acumulado: R$ 9.661.367,74

 

     Em 2009, a meta atuarial de 10,36%, foi superada pela rentabilidade do plano de 13,77%. O plano apresenta solvência econômico-financeira e atuarial e será capaz de honrar com

os compromissos assumidos com participantes e assistidos, desde que: seja praticado o plano de custeio apurado, haja regularidade das contribuições mensais e das parcelas da dívida contratada, e os ativos do plano sejam rentabilizados, no mínimo, igual a meta atuarial (INPC + 6% a.a).

     Em 2010, a meta atuarial de 12,85%, foi superada pela rentabilidade do plano de 15,46%. O plano apresenta solvência econômico-financeira e atuarial e será capaz de honrar com os compromissos assumidos com participantes e assistidos, desde que: seja praticado o plano de custeio apurado, haja regularidade das contribuições mensais e das parcelas da dívida contratada, e os ativos do plano sejam rentabilizados, no mínimo, igual a meta atuarial (INPC + 6% a.a).

Sistema de Tributação

A Mendes Júnior encontra-se enquadrada no regime de Tributação pelo Lucro Real, “Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este decreto (art.247, RIR/99)”. O lucro real corresponde ao resultado (lucro ou prejuízo) líquido apurado pela contabilidade da empresa ajustado por adições e exclusões admitidas pela legislação tributária.

4.1  Distribuição da arrecadação por nível de governo

   Ao analisar a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), identificou-se a distribuição por arrecadação por nível de governo da seguinte forma:

Discriminação
2010
 2009
 
 
 
Federais
366.953
180.508
Estaduais 
247
205
Municipais
49
50
 
 
 

4.1.2 Quociente entre gastos com impostos e valor adicionado

   O resultado do quociente demonstrado indica quanto da riqueza criada pela empresa está sendo designada ao Estado, ou seja, aos Governos Federais, Estaduais e Municipais, na forma de impostos, taxas, contribuições.

► Impostos, taxas e contribuições em 2009: 

Valor total impostos  : 180.763 = 0,2166 = 21,67%        Valor total adicionado      :  834.230

► Impostos, taxas e contribuições em 2010: 

Valor total dos impostos: 367.248 = 0,2718= 27,18%        Valor total adicionado        : 1.350.992

4.1.3 IMPACTOS TRIBUTÁRIOS NO VALOR ADICIONADO

      No ano de 2009 21,67% da riqueza produzida pela Mendes Junior foi destinada ao governo, sobre a forma de impostos, taxas e contribuições, em 2010 este percentual foi de 27,67%. Comparando os valores de 2009 com os de 2010 é possível verificar que de um ano para o outro houve um aumento de 25,4% nas arrecadações, o que é bem relevante por se tratar de uma empresa S.A., que acaba impactando bastante as despesas diretas da empresa.

4.3 Tributos recuperáveis destinados ao ativo permanente

      Não foi verificado através dos relatórios contábeis os tributos recuperáveis destinados ao ativo permanente. E através de contato com o departamento contábil o mesmo não pode fornecer o que foi solicitado.

      A empresa não usufrui de nenhum incentivo fiscal.

 

5 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONAL E O PIB

  

     O valor adicionado é a riqueza que a empresa agrega durante seu processo operacional e a forma como é distribuído entre pessoal, financiadores de capital e governo. Dentre os principais indicadores socioeconômicos, o que se relaciona diretamente com a DVA, é o Produto Interno Bruto – PIB.

     O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais, produzidos numa determinada região (cidades, estados ou países), durante um determinado período (mensal, trimestral, anual, etc). O PIB é um dos indicadores mais utilizados com o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região.

   Essa relação direta se dá pelo cálculo do PIB ser semelhante ao do valor adicionado, ou seja, para efeito de comparação, adotamos o PIB é a totalidade da renda obtida internamente num país e o valor adicionado é a totalidade da renda obtida internamente numa empresa.

     Através da DVA o gasto com impostos, taxas e contribuições federais, a empresa com o pagamento destes gerou um aumento do PIB brasileiro. O PIB total do país em 2010, teve como carga tributária 35,13% dele, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O resultado foi maior que os 34,41% registrados em 2009 - uma alta de 0,72 ponto percentual em relação a 2009.

   A empresa teve como capacidade de gerar riqueza em 27,18%, e a carga tributária representou 16,71% do valor distribuído.

 

6 PLANEJAMENTO E GESTÃO GOVERNAMENTAL

     

Conforme as demonstrações financeiras da empresa pesquisada, a Mendes Júnior, é uma empresa de engenharia pesada, que tem atuação em diversos ramos, como indústria de construções, montagens industriais e eletrônicas, entre outras. Nas demonstrações financeiras da empresa podemos verificar que sua carga tributaria é de fundamental importância e de influência.

A entidade por ser uma prestadora de serviços, e após análise de suas demonstrações financeiras, podemos destacar que os impostos que por obrigação são recolhidos ao Fisco, são ISSQN, IRPJ, PIS/CONFINS, INSS entre outros.

Um bom exemplo disso é analisar a DVA (Demonstração do Valor Adicionado) da companhia do ano de 2010. Nela, pode-se perceber que foi recolhido de impostos durante o ano, o valor de R$ 158.194.000,00, ou seja, houve uma despesa da mesma com o Governo e sua destinação dos recursos tributários é para educação, pesquisa e ações e serviços públicos de saúde.

Por outro lado, o do Fisco, a arrecadação de impostos é vista como receita orçamentária, prevista na PPAG referente ao ano e com destinação já prevista também, que no caso dos impostos são em geral: educação, pesquisa e ações e serviços públicos de saúde. No caso de Minas Gerais, foi previsto um recebimento de R$ 29.223.375.110,00 somente com tributos para o referido ano. Porém, ao final do mesmo, foi arrecadado um total de R$28.878.678.000,00. Com isso abordamos que  os tributos que a entidade recolhe são considerados como despesa, mas para o setor público, os entes federados, são visto como receitas. Por isso, a quantidade de impostos que cada empresa recolhe ao Fisco, é a quantidade de receitas arrecadada pelos entes federados.

6.1 RECEITAS CORRENTES

São arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o patrimônio Liquido e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos no programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades publicas e de acordo com a lei nº 4.320/64 art. 11, classificam-se como receitas correntes as receitas provenientes de tributos, de contribuições, da exploração do patrimônio estatal, da exploração de atividades econômicas (Agropecuária Industrial e Serviços); de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito publico e privado; quando destinadas a tender despesas classificáveis em despesas correntes.

6.2 RECEITA TRIBUTÁRIA

É uma das origens da receita corrente na classificação orçamentária por categoria econômica. Quanto à procedência, trata-se de receita derivada cuja finalidade é obter recursos financeiros para o Estado custear as atividades que lhe são correlatas. O art.3º do Código tributário Nacional – CTN define tributo da seguinte forma:

“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”

6.3 Renúncia fiscal

É definida por uma política pública usada pelos governos com o objetivo de incentivar o desenvolvimento sócio-econômico-cultural de uma região ou de um setor da atividade econômica e distribuir renda. Em contrapartida os mesmos entes públicos devem avaliar efetivamente o resultado dessa política no tocante ao desenvolvimento sócio-econômico, incremento da atividade econômica e da receita, acréscimo e melhoria da atividade cultural, bem como a criação de novos postos de trabalho, de acordo com as demonstrações financeiras da empresa os valores incluídos no Refis ainda também não foram consolidados  pela RFB ( Receita Federal do Brasil), estando, portanto, sujeitos a alterações que podem vir a modificar os resultados futuros da Companhia.

6.4 A lei de diretrizes orçamentárias (LDO)

A LDO é a lei anterior à lei orçamentária, que define as metas e prioridades em termos de programas a executar pelo Governo. O projeto de lei da LDO deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano (8 meses e meio antes do encerramento da sessão legislativa). De acordo com a Constituição Federal, a LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro subseqüente, orienta a elaboração do Orçamento (Lei Orçamentária Anual), dispõe sobre alterações na legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências financeiras de fomento. Com base na LDO aprovada a cada ano pelo Poder Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal, órgão do Poder Executivo, consolida a proposta orçamentária de todos os órgãos dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) para o ano seguinte no Projeto de Lei encaminhado para discussão e votação no Congresso Nacional.

 7 COMPREENSÃO DO COMPORTAMENTO

 

     A valorização e reconhecimento das pessoas como fonte de criação e inovação e não somente como mão-de-obra, ocasiona efeitos significativos.   A Mendes Júnior considera a sua força de trabalho o seu maior patrimônio. Por isso, a atuação da empresa não se resume apenas ao atendimento das exigências legais, mas vai além ao garantir a preservação de sua equipe, proporcionando a todos segurança e saúde no trabalho e para a família.

     Ela investe em benefícios, plano de carreira, fornece plano de previdência complementar além da participação nos lucros, isso faz com que ela consiga reter seus funcionários e ao mesmo tempo serve como uma motivação a todos os setores da sociedade. Como conseqüência disso, a empresa contribui para que os seus colaboradores permaneçam satisfeitos e produtivos. Os resultados positivos obtidos na avaliação dos indicadores de segurança e saúde ocupacional foram comprovados durante as auditorias de manutenção do seu Sistema de Gestão Integrada e na Auditoria de Recertificação.

     A utilização desses conceitos ou técnicas auxilia na busca de níveis de excelência de qualidade dentro da empresa, constituindo-se como uma ferramenta indispensável à gestão de pessoas.

 

8 CONCLUSÃO

     O trabalho sobre a empresa como unidade econômica geradora e irradiadora de riqueza de um país nos permitiu conhecer através da análise das demonstrações contábeis sua participação no crescimento PIB nacional e sua relação com o valor adicionado. Os impostos devidos ao governo, nas esferas estaduais, municipais e federais.

     Analisamos através da DVA quanto a empresa gerou de riqueza e em contra partida o quanto ela gastou com impostos.

A DFC nos permitiu verificar a movimentação do fluxo de caixa e como este relatório é elaborado.

     Foi destacada a importância dos funcionários para a empresa e o que a empresa faz para motivá-los através de benefícios. Foi averiguada a correta política do pagamento dos impostos e a carga tributária da entidade.

Através da análise das demonstrações contábeis, foi verificado que é imprescindível a apresentação desta para seus usuários, já que é a principal fonte de recursos para tomada de decisões e análises dos acionistas.

Sendo assim, o objetivo foi alcançado, nos possibilitando o aprendizado sobre o tema abordado e o  desenvolvimento pleno do artigo.

   

9 REFERÊNCIAS

Planejamento e gestão governamental. Disponível em: http://www.stn.fazenda.gov.br. Acesso em 22 abril 2012.

Metas Fiscais. Disponível em: http://www.planejamento.mg.gov.br/governo/planejamento/ldo/arquivos/2009/Anexo_II_Metas_Fiscais_2009.pdf . Acesso em 22 abril 2012.

 

Lei Orçamentária Anual. Disponel em: http://www.planejamento.mg.gov.br/governo/planejamento/ldo/arquivos/2009/Anexo_II_Metas_Fiscais_2009.pdf . Acesso em 23 abril 2012.

 

Plano Plurianual de ação governamental. Disponível em: http://www.planejamento.mg.gov.br/governo/planejamento/ppag/arquivos/20082011/monitoramento/Relatorio_Institucional_Monitoramento-jan-dez_global.pdf. Acesso em 23 abril 2012.

 

 

Demonstrações financeiras da MENDES JUNIOR TRADING E ENGENHARIA AS. Disponível em:

http://www.mendesjunior.com.br/site/portugues/financeiro/Balanco_financeiro_Mendes_Junior_2010_2009.pdf. Acesso em 10 abril 2012.

 

Demonstrações contábeis da MENDESPREV. Disponível em:

http://www.mendesprev.com.br/documentos/contabeis. Acesso em 10 abril 2012.

 

Carga tributária do PIB nacional. Disponível em:

http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/03/carga-tributaria-foi-de-3513-do-pib-em-2010-diz-instituto.html. Acesso em 25 abril 2012.

 

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Demonstração dos Fluxos de caixa. Disponível em: Acesso em 10 abril 2012.

 

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Demonstrações do valor adicionado. Disponível em: Acesso em 10 abril 2012.

 

RECEITA E DESPESA. Disponível em:

http://www.congressocfc.org.br/hotsite/trabalhos_1/269.pdf. Acesso em 15 de abril 2012.

 

 

ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 14 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall , 2010.

 

 

SANTOS, Ariovaldo dos. Demonstração Valor Adicionado: como elaborar e analisar a DVA – 2º edição – São Paulo: Atlas, 2007. Cap. 4 Utilização do Valor Adicionado como instrumento de análise.

 

 

SOUZA JÚNIOR, Geraldo. A Nova Fase da Previdência Complementar no Brasil: Tendências e Aspectos Contábeis. Dissertação de Mestrado apresentada à UFSC. Florianópolis: 2002.

 

SOUZA JÚNIOR, Geraldo. Apostila da Disciplina Contabilidade de Entidades de Previdência Privada e Seguradas.