A EMPRESA COMERCIAL DO FUTURO

Por Almir Reis | 06/08/2011 | Adm

Muitos empresários brasileiros de pequenas e médias empresas, sobretudo, no Estado da Bahia onde atuo como Consultor e Assessor Especialista em Gestão de Varejo Supermercadista perdem o foco nos negócios por não compreenderem a finalidade da existência de um empreendimento comercial. Eles, geralmente, detém um vasto capital em recursos financeiros, o que lhes dá a falsa impressão de poder conceber um negócio do qual possam auferir bons rendimentos imediatos e a longo prazo para complementar suas aposentadorias falidas ou empobrecidas pelo sistema previdenciário virgente. Se tornam empresários sem serem empreendedores. Baseiam suas noções comerciais no empreendimento do vizinho que acreditam está dando certo. A empresa comercial do futuro é aquela que se estrutura hoje com bases nas experiências assertivas do passado. A empresa comercial é aquela que foi criada para servir, seja na prestação de serviços necessários ou na venda de mercadorias ou bens de consumo imediato. Esse tipo de empresa se define como Empresa Social. Uma empresa que se adapta às necessidades da Sociedade. Nascida para atender, atrair clientes com empatia e simpatia e servir sem impulsividade nem bajulação. E não como ensinam os cursos oportunistas de técnicas frias e mecânicas de vendas. A empresa comercial-social do futuro deve servir de forma natural e espontânea. Deve agradar sempre seu público alvo. Repito, nada de bajulação ou promessas inoportunas como sugerir que o visitante encomende e volte outro dia para comprar o produto que estava em falta, nem tentar oferecer um produto similar ou genérico. Muitos varejistas pecam no atendimento e perdem clientes potenciais pela maneira interesseira e falsa como os abordam. Param tudo pela tola expectativa de entrada daquele suposto consumidor que estacionou à frente do estabelecimento um automóvel caro de marca nacional ou estrangeira e frequentemente, são indiferentes com aquele que chegou à pé, de bermuda e camiseta, arrastando as sandálias. Dão as costas para aquele visitante que pergunta o preço de tudo e parece nunca se decidir, reservando-se o direito de comparar ofertas vistas em outros estabelecimentos. Isto porque o treinamento de vendas do atendente comercial o fixou na idéia de atender visando sua comissão e não o foco do negócio, servir socialmente. Outras vezes, perdem grandes negócios ao vigiarem e quase sufocarem aquele visitante que acaba de entrar no estabelecimento com uma caneta, um bloco de anotações e uma calculadora fazendo pesquisa de preços. Pessoalmente, quando quero livrar-me deste tipo de situação, observo bem antes o estabelecimento, seus produtos ou seus atendentes. Quando cansado de ser seguido, depois de algum tempo, pergunto por um serviço que não existe ali, ou por um produto ou pela cor ou marca de um produto que já vi que não tem na loja. O atendente fica frustrado e não me enche mais. Mas, só faço isso com os chatos e insistentes que andam à cata de comissão e não estão nem aí para minhas necessidades. A empresa comercial do futuro jamais deve deixar de ser uma Empresa Social.