A Embalagem e o Consumidor
Por Paulo Eduardo Pereira | 11/02/2013 | EducaçãoAproveitando o lançamento do site www.tanacaraqueebom.com.br que foi uma forma que o Comitê de Usuários de Embalagem da ABRE (Associação Brasileira de Embalagem) encontrou para informar o consumidor sobre tudo o que se refere a embalagem, principalmente o valor que na realidade ela agrega ao produto, eu não poderia deixar de contribuir com essa campanha reforçando os pontos que tornam a embalagem uma necessidade para o produto. Eu particularmente sempre considerei a embalagem como parte integrante do produto. Vamos analisar simples exemplos como frutas: imaginem só uma laranja, uma maça ou uma pêra sem a sua casca, que nestes casos podem não protegê-las exatamente de quedas ou outros danos, mas que protegem o seu conteúdo garantindo o seu sabor e até mesmo garantindo um certo tempo de validade, para que possamos degustar o seu conteúdo limpo e saudável. Vocês já imaginarem as laranjas, maças e pêras sendo expostas sem casca? Seria impossível, pois ficariam sujas e mais, imaginem que vocês comprariam as frutas que provavelmente algum outro consumidor já colocou as mãos para escolhê-las. Por isso considero a embalagem algo importante para o produto em vários sentidos. Primeiro no sentido de ser a proteção adequada para o produto e para o consumidor, garantindo que o produto chegue integro ao consumidor, depois de passar por vários manuseios durante o transporte, distribuição, estocagem e colocação nas prateleiras, sem contar a resistência aos fatores ambientais como luz, temperaturas altas e baixas, etc. Segundo no sentido de sua responsabilidade ambiental, pois uma embalagem desenvolvida adequadamente representa economia em toda a cadeia, pois protegendo o produto, ele será consumido e não jogado no lixo e provavelmente com a embalagem. O produto sendo consumido, a embalagem poderá ser descartada corretamente e ser coletada para ser enviada para a reciclagem, podendo depois voltar a ser uma embalagem para outro novo produto, economizando assim os recursos naturais usados para a produção das embalagens. Em terceiro lugar como veículo de propaganda do produto e da empresa, pois a embalagem é o primeiro contato que o consumidor tem com o produto. É com ela que o consumidor interage primeiro antes de consumir ou usar o produto. Ela tem a responsabilidade de informar o consumidor qual é o produto que ela contém, como usá-lo ou consumi-lo, como guardá-lo, bem como divulgar o nome da empresa e do produto, e ainda vender o produto por si só, pela simples exposição, que evidentemente pode ser muito valorizada com um design bem feito e adequado e por fim pode contribuir para a perpetuação da marca e ainda ajudar a contar a história da evolução do mundo, pois ela também evolui à medida que chegam as novas tecnologias. Conforme vocês poderão ver no site, por exemplo, as matérias primas utilizadas antigamente para embalagem foram o bambu no Egito, o barro na Grécia e a porcelana na China, quando não se tinha muita tecnologia para a produção de embalagem como hoje que temos embalagem que tem cheiro, piscam, acendem e até falam. E evidentemente eu não poderia deixar de falar que a embalagem tem uma grande responsabilidade econômica, pois o mercado de embalagem movimenta um valor monetário bastante expressivo, além de empregar milhares de pessoas em vários setores, direta ou indiretamente, possibilitando assim o crescimento do mercado e das empresas.
Tudo isso parece muito óbvio para nós que estamos diariamente envolvidos de alguma forma com embalagem, sendo fornecedor, cliente, designer, profissional de criação gráfica ou desenvolvimento estrutural, etc, mas muitos consumidores não se dão conta da importância da embalagem no seu dia a dia. Por isso a ABRE resolveu lançar essa campanha, para que o consumidor tenha acesso a muitas informações relativas a embalagem, podendo conhecer todos os seus benefícios e funções, quebrando assim o paradigma de que a embalagem é um mal necessário para o produto, pois ela é na realidade um bem necessário não só para o produto e para a empresa, mas principalmente para o consumidor.
Por Paulo E. Pereira