A EDUCAÇÃO EM LIBRAS NA ALFABETIZAÇÃO
Por GRAZIELA SILVA | 14/01/2010 | EducaçãoA EDUCAÇÃO
GRAZIELA CHRISTINE DA SILVA
RESUMO: Este artigo trata da questão da importância sobre a valorização de diversas culturas no meio social, entre elas a alfabetização de alunos com D>A> em classes regulares e sua importância na alfabetização. Aceitar e valorizar a diversidade de classes sociais, de culturas, de estilos individuais de aprender, de habilidades, de línguas, de religiões e etc, é o primeiro passo para a criação de uma escola de qualidade para todos.
PALAVRA CHAVE: Alfabetização – Alunos com deficiência auditiva
INTRODUÇÃO
Na sociedade contemporânea em que vivemos precisamos de pessoas com um modelo social que busquem soluções para as necessidades dos educandos, por diferentes que sejam, precisamos de pessoas com espírito critico e capaz de agir com autonomia e com alternativas a fim de diminuir a distância entre o que se aprende e o que se ensina, de significativo conhecimento contribui para a sua vida como cidadãos.
A inclusão trouxe a necessidade de repensar a educação e a instituição escolar, principalmente pelas dificuldades enfrentadas pelos docentes.
A Legislação do Brasil (Constituição Federal/88, LDB 9394/96) prevê a integração do aluno com necessidades especiais no sistema regular de Ensino.
Acreditar que o Deficiente auditivo é capaz de aprender, verificar se o aluno deficiente se ele quer partilhar dados sobre sua deficiência e só em caso afirmativo passar essa informação para outras pessoas.
Diante de tantos conceitos, é importante salientar que, para haver inclusão, é necessária uma mudança nos paradigmas, na percepção do que é educação, sendo que a formação de novos valores deve partir do respeito às diferenças e do aprender a conviver com os diferentes ao conhecimento e à cultura e progredir no aspecto pessoal e social.
No processo de inclusão, a criança com necessidades educacionais especiais não pode ser vista apenas por suas dificuldades, limitações ou deficiências. Deve ser vista na sua dimensão humana, como pessoa com possibilidades e desafios a vencer, de forma que os laços de solidariedade e afetividade não sejam quebrados
A EDUCAÇÃO
Refletir sobre as questões de uma escola de qualidade para todos, incluindo alunos e professores, através da perspectiva socio-cultural significa que nós temos de considerar, dentre outros fatores, a visão ideológica de realidade construída sócio e culturalmente por aqueles que são responsáveis pela educação.
Entender sobre a inclusão de surdos, a partir de uma concepção construtivista de aprendizagem. Entende-se que esta, considera o ensino como algo que possibilita a transformação e a evolução gradativa da aprendizagem e do desenvolvimento dos educandos.
O objetivo principal é discutir a alfabetização do indivíduo surdo, e, para isso, é preciso saber de que alfabetização estamos falando - da alfabetização
confundem.
Aceitar e valorizar a diversidade de classes sociais, de culturas, de estilos individuais de aprender, de habilidades, de línguas, de religiões e etc, é o primeiro passo para a criação de uma escola de qualidade para todos.
Educar indivíduos em segregadas salas de educacão especial significar negar-lhes o acesso à formas ricas e estimulante de socialização e aprendizagem que somente acontecem na sala de aula regular devido a diversidade presente neste ambiente.
A pedagogia de inclusão baseia-se em dois importantes argumentos. Primeiramente, inclusão mostrou-se ser beneficial para a educação de todos os alunos independente de suas habilidades ou dificuldades.
Todos estes estudos nos mostrarão que inclusão é possível e que inclusão aumenta as possibilidades dos indivíduos identificados com necessidades especiais de estabelecer significativos laços de amizade, de desenvolverem-se físico e cognitivamente e de serem membros ativos na construção de conhecimentos.
O principal ponto da pedagogia de inclusão é que todos os indivíduos podem aprender uma vez que nós professores, identificamos o quê estes indivíduos sabem, planejamos em torno deste prévio conhecimento, e conhecemos o estilo de aprender e as necessidades individuais dos nossos alunos.
Todos os alunos podem se beneficiar das metodologias de inclusão e todos podem descobrir juntos que existem diferentes aspectos, para diferentes necessidades.
Escolas devem se torna um lugar de aprendizagem para todos. Nós não podemos nos dar ao luxo de criar currículos e programas educacionais que somente favorecem uma parcela privilegiada da sociedade, seja em termos econômicos ou em termos de habilidades físicas e cognitivas.
Nós precisamos ter currículos e programas que proporcionem uma educação de qualidade para todos.
Aos educadores devem ser dados os instrumentos necessários para que eles possam ver a todos os alunos, incluindo os alunos com deficiência, com um potencial ilimitado de aprender.
A Língua Brasileira de Sinais foi desenvolvida a partir da língua de sinais francesa. As línguas de sinais não são universais, cada país possui a sua. A LIBRAS possui estrutura gramatical própria.
Os sinais são formados por meio da combinação de formas e de movimentos das mãos e de pontos de referência no corpo ou no espaço. Segundo a legislação vigente, Libras constitui um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas com deficiência auditiva do Brasil, na qual há uma forma de comunicação e expressão, de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria.Decretada e sancionada em 24 de abril de
"O sistema educacional federal e sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente".
Um dos pressupostos teórico-metodológico é o Bilingüismo, cuja perspectiva compreende que o indivíduo surdo deva adquirir sua língua materna, língua de sinais, e a língua oficial do seu país.
É de suma importância as duas línguas (Língua Portuguesa Brasileira – LP e Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS) na vida do surdo na alfabetização, uma vez que se trata de um indivíduo bicultural ,ou seja , aquele que está inserido ao mesmo tempo em mais de uma cultura, neste caso, a cultura surda e a cultura do ouvinte.
Referencias Bibliográficas
BRASIL, Constituição; Republica Federativa do Brasil. Brasília/Senado Federal. Centro Gráfico.
DAL FORNO, Josiane Pozzatti; OLIVEIRA, Valeska Fortes de. Ultrapassando barreiras: professoras diante da inclusão. 2005. Monografia (Especialização
MANTOAN, M. T. E. A integração de pessoas com deficiências: contribuições para uma boa reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon, 1997.Secretaria de Estado da Educação do Paraná Departamento de Educação Especial.