A Educação e o Ambiente Virtual na Atualidade

Por Emmerson Morvan | 19/05/2009 | Educação

O presente artigo tem como proposta destacar os fenômenos atuais voltados a inserção dos alunos no ambiente tecnológico, virtual “Internet” e de que maneira as novas tecnologias aplicadas no processo de ensino e aprendizagem venham a contribuir para melhor desempenho deste aluno na informática educativa bem como nos atendimentos pedagógicos; ao mesmo tempo que destaca a importância do professor como agente mediador principal que facilita e orienta o aluno quando em contato com o mundo virtual e o que ele lhe proporciona.

Autores como Pierre Levi evidenciam a forma com que as novas tecnologias é capaz de provocar uma modificação humana no que diz respeito à realidade concreta e a realidade virtual. Nesse sentido, a Internet tem papel fundamental como palco para essa democratização do saber, através de sua diversidade e pluralismo.

Para Vygotsky, a criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a linguagem na interação com os outros. Nas interações cotidianas, a mediação (necessária intervenção de outro entre duas coisas para que uma relação se estabeleça) com o adulto acontece espontaneamente no processo de utilização da linguagem, no contexto das situações imediatas.

Em sua teoria sócio-interacionista a respeito do desenvolvimento humano, Vygotsky sustenta que todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações humanas. O homem é visto como um ser que transforma e é transformado nas relações produzidas em uma determinada cultura, e cultura é um produto da vida, da atitude social do homem. Neste viés, podemos compreender a tecnologia como criação humana, produto de uma sociedade e de uma cultura.

O computador, mesmo sendo considerado apenas ferramenta, oferece-nos modelos de mente e um novo meio para projetar idéias e divagações e, através de um canal valioso, a Internet, estabelecemos relações não só com o objeto do conhecimento, como também com o outro, tornando possível, como na abordagem de Vygotsky, o fazer-se homem na intermediação com o outro. A subjetividade de todos aqueles que participam das relações no ciberespaço estão marcadas pelas interações, e o esforço transformador do homem sobre a natureza também traduz-se nessa revolução tecnológica.