A educação do campo e a realidade social
Por Rejane Teixeira da Silva Barbosa | 28/11/2017 | EducaçãoA Educação do campo nomeia um fenômeno atual, onde trabalhadores desempenham papel importantíssimo nesse cenário. A questão de trabalho e cultura estão atrelados num panorama de lutas sociais pelo direito da terra e pelas políticas de educação dos trabalhadores do campo. E, como análise, é também compreensível à realidade que está por vir, onde a questão nos remete a pensar em políticas de educação do campo ao mesmo tempo em que se projeta um campo cada vez com menos gente ou, ainda pensar numa agricultura capitalista que prevê a eliminação social e mesmo física. Embora muitos movimentos sociais tenham sido organizados para lutar pela implementação de políticas de Educação do Campo, a triste realidade do êxodo rural vem acontecendo em larga escala. Mas para nós, a educação compreende todos os processos sociais de formação de pessoas como sujeitos de seu próprio destino e, compreendida assim, a educação do campo enfrenta lutas para efetivação dos direitos dos povos do campo e os usuários das instituições escolares constatam a triste realidade quanto à insuficiência de política de educação do campo como exemplo, o descaso.
A realidade mais imediata da situação, mesmo que nos últimos anos tenham se obtido conquistas, se dá pela desigualdade social e a dificuldade de acesso aos direitos humanos, em especial o direito a uma educação de qualidade para a população do campo.
Para garantir a qualidade da educação e contribuir para fixar o homem do campo no campo, falta ainda, a adequação dos currículos, a organização escolar e práticas pedagógicas com a utilização de materiais didáticos contextualizados, bem como, instalações físicas e o preparo dos docentes para a etapa ou nível de ensino atuante, sendo que no campo muitas vezes, os professores acabam atuando em turmas que não condizem com a sua formação acadêmica. Neste sentido, o deslocamento do campo para a cidade acaba acontecendo ou ainda, vem a contribuir para a evasão escolar, a repetência e a distorção série/idade, onde muitos estudantes passam a ver a escola como um palco, onde se transmite uma imagem cansativa da realidade.
A educação do campo deve assim, desempenhar o papel de inserir os sujeitos do campo na cultura capitalista, tendo como foco a permanência no campo através da formação adequada com a articulação de saberes, cuja essência denotem a inclusão e o respeito aos atores do campo.
Barbosa, Rejane Teixeira da Silva, pedagoga graduada pela FAEL- Faculdade Educacional da Lapa (PR), alfabetizadora pós graduada pela UNICID – Universidade de São Paulo, cursou Educação do Campo pela UAB/UFMT