A EDUCAÇÃO BÁSICA COMO BASE DE DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO

Por Angele Conceição dos Anjos Pena | 29/07/2023 | Educação

A EDUCAÇÃO BÁSICA COMO BASE DE DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO

                              

                                                                Nascimento, Maiara Maia do.[1]

PenaÂngela Conceição dos Anjos[2]

 RESUMO

O tema escolhido requer apresentar consiste em destacar o contexto histórico da profissionalização do ensino, para estudar a profissão docente e os desafios na globalização, e, por conseguinte discutir a respeito das contribuições da formação continuada em serviço para fazê-lo pedagógico já que consiste numa deficiência colocada em nossas escolas públicas de modo geral, pois ainda constitui uma drástica realidade da educação, que ainda tem por aprimorar muitas idéias ainda vinculadas em papel, mas que precisa de amadurecimento da sociedade docente, pois no país em que vivemos ainda requer em olhar a questão econômica de nossos professores, que se submetem a estar em sala de aula em condições precárias e submetidos a baixos salários. Estas discussões são importantes para que possamos nos situar em um contexto representado por inúmeros desafios econômicos, sociais e culturais os quais os professores se deparam com situações que refletem no seu trabalho, pois os cursos de formação de professores em sua maioria não atendem a essas expectativas, o que torna a sua profissionalização fragmentada e as consequências gera em um ensino precário e são nossas crianças, jovens, que buscam sair de um mundo cercado de carência de igualdade social.

 

Palavras Chaves: Educação, profissionalização, Igualdade Social, Formação Continuada.

 

ABSTRACT

 

 The chosen theme requires presenting consists of highlighting the historical context of the professionalization of teaching, to study the teaching profession and the challenges of globalization, and therefore discuss the contributions of in-service continuing education to make it pedagogical since it is a deficiency placed in our public schools in general, as it still constitutes a drastic reality of education, which still has to improve many ideas still linked on paper, but which needs maturing of the teaching society, because in the country in which we live it still requires looking at the economic issue of our teachers, who submit to being in the classroom in precarious conditions and subjected to low salaries. These discussions are important so that we can situate ourselves in a context represented by numerous economic, social and cultural challenges which teachers face situations that reflect on their work, as most teacher training courses do not meet these expectations, which makes their professionalization fragmented and the consequences it generates in precarious education and it is our children, young people, who seek to leave a world surrounded by a lack of social equality.

Key Words: Education, Professionalization, Social Equality, Continuing Education

 

1 INTRODUÇÃO

             A educação básica é composta pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. O principal objetivo da educação básica é assegurar a todos os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer meios para progredir no trabalho.  Em média a educação básica tem duração ideal de 10 anos e é durante este período de vida escolar que se torna posse de conhecimentos mínimos, necessários para a formação de um cidadão.

            Serve também para tomar decisões e ter consciência sobre o futuro profissional e a área de conhecimento que se identifique. Nesta base é possível assegurar que estas formações sejam equilibradas de forma a identificar o saber e o saber fazer, teoria e a prática, cultura escolar e a cultura do cotidiano.

 Assegura-se que criança com necessidades educativas especifica, com deficiências físicas e mentais precisam de condições adequadas ao seu desenvolvimento e pleno aproveitamento das suas capacidades, é preciso fomentar o gosto por uma constante atualização de conhecimentos, ainda neste momento da educação básica é preciso o processo de informação e orientação educacionais junto com as famílias.

 No desenvolvimento da educação muitos são os elementos, atores e situações envolvidas, desde a elaboração de uma proposta nacional apresentando pensadores da educação e finalizando com atitudes profissionais em sala de aula.

 Ainda temos que aprender a olhar nossa educação como prioridade, ainda sim que tenhamos a saúde também como uma questão de necessidade e premiação, que também atende um enorme significado, mas que ainda em construção temos educação básica clamando por pedido de ajuda, que sofre com a deficiência de uma aprendizagem digna, para aquilo que é consolidado como a estrutura de base para a designação na formação de alunos que ainda tem muito a aprender. Neste exato momento, nossa educação esta se reformulando. O que se deve desenvolver em relação à lei de diretrizes vigentes em sua prática?

2. A FORMAÇÃO E IDENTIDADE DOCENTE

A identidade é compreendida como um processo de construção social de um indivíduo dentro do seu contexto histórico. Quando falamos de identidade profissional, essa se constrói baseado no significado social da profissão, de suas tradições e também no movimento histórico de suas contradições. A profissão docente manifesta-se num cenário como resposta às necessidades colocadas pela sociedade, sendo um corpo organizado de saberes e um conjunto de normas e valores.

Ressaltamos que a construção da identidade do professor, apresenta-se na atualidade como uma problemática para qualificação da educação brasileira. Nesse cenário, é importante refletir a respeito das reais necessidades do professor no exercício da sua ação pedagógica, LIBANÊO (2001) revela que a profissionalização docente destina-se a condições de trabalho para o bom exercício da docência que, por sua vez, é imprescindível que o professor tenha acesso à qualificação e formação acadêmica, além de adequadas condições de trabalho como forma de ressignificar o papel social do professor na sociedade.

Sobre a formação e a identidade docente, é interessante destacar três definições de um perfil docente: o pesquisar que é aquele que busca as melhores maneiras de atingir os alunos no processo ensino-aprendizagem; o conteudista se preocupa apenas em ensinar os conteúdos que estão no currículo, e o tradicional é aquele que apresenta os conteúdos prontos e acabados.

Atualmente, um professor conteudista ou tradicional não é o mais adequado, uma vez que, estamos inseridos em uma sociedade que se encontra em constante processo de transformação, logo, o docente precisar levar em consideração que modernidade exige um ensino mais dinâmico, onde o aluno possa ser o autor da sua aprendizagem, e o papel do professor é ser mediador deste processo. 

A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re) construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir a pessoa e dar estatuto ao saber da experiência. (Nóvoa, 1995, p.25).

3 FUNDAMENTAÇÃO NAS LEIS

É em busca de acrescentar um pequeno levantamento sobre a educação básica, no que concerne a lei e ao colocá-la em um tema de fundamentação legal ao trabalho apresentado, levando então uma consideração de questionamentos pertinentes ao nosso espaço escolar, considerando a evolução do sentido da própria educação.

Segundo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) em um país como o Brasil, com autonomia entes federados, acentuada diversidade cultural e profundas desigualdades sociais a busca por equidade na educação demanda currículos diferenciados e adequados a cada sistema, rede e instituição escolar. Por isso, neste contexto, não cabe a proposição de um currículo nacional.

             Ainda conforme a BNCC, querem que a experiência escolar seja acessível, eficaz e agradável para todos, sem exceção independentemente de aparência, etnia, religião, sexo, identidade de gênero, orientação sexual ou quaisquer outros atributos, garantindo que todos possam aprender.

Dessa forma vejamos que nossas escolas de certa forma procurem igualar aqueles que buscam conhecimentos. Mas será que de fato, a nossa realidade é essa?

            Ainda temos por enfrentar um sistema egocêntrico e o desafio de trabalhar muitas mentes ainda em desenvolvimento, tratar o que hoje se coloca como bullyng e assim reaver também nosso modo de interagir com a aprendizagem, o que de certa forma nos trás grandes desafios dentro de sala de aula como educadores, pois muitas vezes não precisamos tratar só da questão intelectual com nossas crianças, jovens ou adultos, mas sim, fazer com que eles também superem seus medos avassaladores de problemáticas, que muitas vezes vem de casa, por conta de famílias desestruturadas e que muitas vezes refletem de certa forma em ´´travar´´ a aprendizagem e libertar o ser humano a explorar de fato aquilo que busca.

            A compreensão na fase da educação básica é de extrema importância ao desenvolvimento do aluno e é nesta fase que ele forma suas opiniões e destaca seu interesse em um universo de leituras a cálculos, o que de certa forma lhe acompanhará para o resto de sua vida.

Selecionar e aplicar metodologias e estratégias didáticas pedagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessárias, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e suas culturas de origem, sua comunidade e seu grupo de socialização, etc. (Fonte: mec. gov.br/BNC 2020)

 

            Segundo Vigotsky (1991) A aprendizagem acontece por meio de uma zona  de desenvolvimento proximal que pode ser definida da seguinte forma:

 A zona do desenvolvimento proximal é a distancia entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial. O nível real exprime o desempenho da criança ao realizar suas tarefas sem ajuda de ninguém, e o nível potencial representa aquelas tarefas que a criança só consegue realizar com ajuda de alguém. (Vigotsky, 1991 p.97)

                 

            Alguns assuntos então abordados sobre a educação básica, de certa forma, não corresponderam à perspectiva; principalmente nas disciplinas de português e matemático onde se encontra maiores dificuldades entre os alunos.

             Como todo ser humano que tem seu grau de dificuldades, nós docentes precisamos estar preparados para lhe dar com as diferenças, como já citados acima, neste período de consolidar idéias e colocar em pratica aquilo que é necessário para educação.

            A alfabetização é um processo decisivo na escolar do indivíduo, através dela que o aluno inicia o seu processo de construção de saberes decisivos, que lhe possibilita produzir, ler e interpretar textos de forma crítica, tornando o ser humano capaz de ampliar o seu conhecimento, participar da vida social e exercer de forma amorosa e afetiva em sua cidadania.

            Alfabetizar é uma tarefa complexa e exige empenho tanto do professor, quanto do aprendiz, o educador precisa criar condições propicias para uma aprendizagem significativa, aprimorar o desenvolvimento de habilidades e contribuir na qualificação de um futuro brilhante.

 Leite (1998) relaciona o fracasso escolar a fatores extra-escolares como a realidade socioeconômica a que está inserida a maioria da população brasileira, resultantes das relações de trabalho e pobreza. E também a fatores interescolares como a distância cultural entre a escola pública e sua população formação inadequada de professores e problemas de natureza metodológica. Fonte: monografias Brasil escola.

 Entende-se a seqüência de problemáticas aplicada a nossa escola publica, como queremos lutar por uma educação justa, se ainda buscamos uma melhoria de política?         Enquanto não aprendermos a definir nossos governantes, ficara difícil atender aos temas principais de nosso país, como saúde, segurança e muito mais que especial nossa educação.

Professores do 1º ao 5º ano tentam trabalhar estratégias de seleção de conteúdos, estudam procedimentos que possam conduzir um método de aprendizagem eficaz para essa educação de base, permitindo avançar em busca de esclarecimentos.

A linguagem, a leitura, a dominação de cálculos conduz a busca inusitada de artifícios a uma vida digna, faz com que nossos alunos se distanciem da realidade cruel que muitos alunos têm. Às vezes, a rebeldia exposta dentro de sala de aula, retrata o que eles acabam presenciando dentro de casa, então, é neste momento que devemos preparar um universo de estimulação a aprendizagem, sendo assim, moldamos nossas crianças a buscarem a constante vontade de vencer.

4 CONCLUSÃO

            Através deste estudo, foi possível chegarmos à conclusão de que nosso método de educação ainda está em uma dependência de métodos tradicionais, que precisam ser revestidos em modo audacioso para a construção de um aprendizado dinâmico, para quem sabe assim, ter o retorno de algo construtivo e adaptado melhor a nossa nova realidade, que esta relacionada também a colocar em seu cronograma o uso de tecnologias, como de prestes a internet.

            As dificuldades são imensas, apresentam-se na escrita, de forma codificada, na leitura, na interpretação, no raciocínio, problemas de estrutura familiares, falta de incentivo cultural, alunos que não vêem a importância da escola para o seu futuro.

 Eis então a imensa dificuldade em relacionar os alunos com a vontade de seguir em frente aos seus estudos. O importante também seria de fundamental importância, a contribuição significativa dos órgãos governamentais, para uma maior e melhor estruturação da educação brasileira, buscando minimizar as desigualdades e promovendo o acesso à educação de forma democrática, e igualitária para todos os setores da sociedade.

REFERENCIAS 

BRASIL. Congresso Nacional. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

_______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Programa de Desenvolvimento Profissional Continuado Parâmetros em Ação, Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1999.

_______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referenciais para Formação de Professores. Brasília: MEC/SEF, 2002.

_______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Rede Nacional de Formação Continuada de Professores. Brasília: MEC, 2004. Disponível em: Acesso em: 27 ago. 2017.

_______. Congresso Nacional. Lei n. 11.502, de 11 de julho de 2007. Modifica as competências e a estrutura organizacional da fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 133, 12 jul. 2007.

_______. Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica. Parecer n. 7, de 4 de abril de 2010. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 jul. 2010.

basenacionalcomum.mec.gov.br/ BNCC.  Publicação monografias Brasil escola   mec. gov.br/BNC.  Acessado em junho de 2020 

Cortez, 2000. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

NÓVOA, Antônio (Coord.). Os professores e a sua formação. 2 ed. Lisboa: Dom Quixote, 1995.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

 

[1] Pós Graduanda em Psicopedagogia pela Escola Superior Madre Celeste – ESMAC. maiaramaia17@yahoo.com.br

[2] Psicopedagoga, Pedagoga e Professora da Escola Superior Madre Celeste – ESMAC. angela.pena@esmac.edu.br

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