A doce rotina da nave
Por OCTAVIANO AUGUSTO ALVAREZ CARDOSO | 15/11/2014 | PoesiasFim de tarde. O passarinho rumo ao ninho pousa no galho trazendo palha para confortavelmente cantar no seu canto.
A Senhora mistura temperos na panela antiga castigada pelo calor do fogo, uma caldeira transbordante do amor de quem prepara algo bom para seus entes, sua família.
No céu, um arco íris reticente, entre os já frágeis raios do sol e as gotículas de chuva, que em breve sucumbirá à noite vindoura.
Então lá vem a lua sondar: - O que tem, o que há para jantar?
O filósofo arrisca: - Gotas de orvalho que alimentam a vida que não se vê, mas que se esvai a cada milésimo precioso de tempo na rotina da roda-viva, um eterno e estimulante sobe e desce para se encontrar...
A Nossa Maria cozinhou no tacho. Que tal saborear o alimento que a nobre genitora preparou com carinho aos navegantes da grande embarcação?
O belo satélite aprovou.