A difícil tarefa de educar
Por Helenice Augusta da Cunha | 31/07/2012 | FamíliaUma das grandes dificuldades dos pais é como educar os filhos de forma que eles se comportem, sejam motivo de orgulho e elogios, afinal, quando o filho é aplaudido,os pais também se sentem aplaudidos, então se cria um circulo gostoso de viver.
O grande desafio é superar a falta de intimidade, dialogo e a falta de tempo para estar junto, para se conversar, brincar, dar beijos, passear, levá-lo para a escola e participar de sua vida.
Toda essa falta vem gerando pais e filhos emocionalmente instáveis, insensíveis e inseguros.
Pais suprem a necessidade material de seus filhos, mas não conseguem suprir a carência emocional, não conseguem tocar o coração.
Assim se forma uma geração de pais que aceitam que seus filhos tomem o comando da situação e até lhes falte com o respeito, só que esses filhos, são imaturos, inconseqüentes e poderosos. É a inversão de papeis, se no passado filhos tudo faziam para agradar seus pais hoje são os pais que fazem tudo para ter a amizade de seus filhos, não medindo esforços para “tudo dar” e esquecem o principal, de “tudo dar” no mundo afetivo.
Criam-se filhos que preferem assistir televisão, jogar vídeo game, ficar na internet, mexer no celular do que conversar ou sair com os pais.
Pais que não conseguem ter vínculo afetivo com o próprio filho, sentem vergonha de conversar, de tocar, de aconselhar, de ouvir.
Crianças que passam o tempo todo chamando atenção dos pais e professores, pois estão sempre inquietos, barulhentos e agitados. Não conhecem limites, desconhecem o “não” e o significado do “sim”, pois o sim só tem valor para quem conhece o não.
É a geração do “tudo pode” que crescem sem um referencial, desconhecendo as regras básicas da boa convivência, com uma carência afetiva de um tamanho que não se pode medir.
O grave é que estamos convivendo com crianças extremamente inteligentes, capazes e sabem exercer um “poder”, que pensam que tem. Crianças ditas “hiperativas”, que chegam a ser medicadas enquanto na verdade só precisam de um referencial de alguém que lhes imponha limites.
Os pais precisam compreender que quem exerce o comando são eles, que é preciso disciplinar, mostrar caminhos, se colocar á frente, liderar, exercer seu poder de pai e de mãe, não de forma abusiva, mas como aquele que se faz respeitado e amado.
Fazer-se respeitado e amado é uma tarefa árdua, exige presença, capacidade de amar incondicionalmente e de compreender esse amor como algo sublime, não simplesmente para realizar desejos de um filho, mas para direcionar, impor limites, condutas, caminhar junto, estar atento.
É importante tocar fisicamente seu filho, abraçar, beijar, fazer cócegas e também tocar-lhes o coração, e penetrar o coração é um ato de amor, de conquista e de vitorias. Enfim, é preciso criar vinculo, lembrando que seu filho clama por limites.
Você tem que mostrar a seu filho que se importa com ele,que está presente em sua vida e que aprova os bons comportamentos dele elogiando, incentivando e aplaudindo, mas reprova qualquer mau comportamento.
É inaceitável corrigir a criança através do “bater”, embora tenha sido considerado eficaz alguns anos atrás, mas atualmente é notável em algumas pesquisas que é necessário evitar essa atitude.
Um pai quando pratica correção física, pode perder o controle e abusar da sua força. Se considerarmos o tamanho e a força física do adulto em relação à criança é injusto, pois quem apanha não pode revidar.
Educar é penetrar um o mundo do outro, é criar um plano de disciplina, criar regras de conduta, estabelecer rotinas e pensar em causas e conseqüências, deixar claras as atitudes que você reprova e ser consistente em suas palavras.
“Os filhos não precisam de pais gigantes, mas de seres humanos a sua linguagem e sejam capazes de penetrar-lhes o coração.”( Augusto Cury)