A destinação dos sonhos.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 13/12/2015 | LiteraturaAgora que sinto a vossa memória.
Que entendo o seu olhar.
Acepção dialética do devir histórico.
Formalizo o vosso destino.
Compreendo o seu caminho.
A diacronicidade de sua linguagem.
E sei de sua escolha.
Agora que posso comparar.
Refletindo o passado e sinalizando o futuro.
Não busco nada além da percepção.
Muito menos a moral deontológica.
Sei o caminho predestinado.
Não separas os vossos sonhos.
De desejos inexauríveis.
Agora que posso dizer do seu encantamento.
Então vejo o brilho da luz.
A morfologia do rancor.
Sei de que é feito a ilusão.
Não me compreendas no passado.
Descrito a imaginação.
Então eu sei.
Por ande passei.
Exatamente o tamanho dos trilhos.
As pedras sobre as quais tive que pisar.
À distância para caminhar.
As montanhas rodeadas.
No alto apenas os sonhos.
Portanto, não pense.
O que poderei ser.
As superações indeléveis.
O desvelamento aleteico.
A substancialidade da vontade.
O que significa o ens realissimum.
A intuição absoluta.
Acidente casual a vossa destinação.
O que significa tudo isso.
A não ser o alético mundo.
Comparações imponderáveis.
Akrasia helênica.
Ao tempo distante.
Da vossa historicidade.
O que devo dizer apenas.
Um olhar pesaroso e melancólico.
Como despedida idiossincrática.
O último dos sinais.
Entretanto, tudo seria diferente.
Se a vossa sabedoria fosse uma antítese.
A priori da sintaxe lexicológica.
Na estruturação da vossa linguagem.
Desse modo sua memória.
Não seria destrutiva.
Compreenderia os antagonismos.
Evitaria a exclusão dos fundamentos.
Arbítrio arquétipo da arché.
Compreendas, com efeito, vossos desejos.
A recordação impossível dos tempos.
Edjar Dias de Vasconcelos.