A CURA DEFINITIVA DAS DOENÇAS

Por SILNEY DE SOUZA | 16/07/2010 | Religião

A Revista Internacional de Espiritismo de Dezembro de 1.999 trouxe uma matéria assinada por Romério de Oliveira que me chamou bastante à atenção. Descreve a reportagem que "Quando exercemos, em toda a sua plenitude, a faculdade natural que possuímos de emitir radiações magnéticas, encontramo-nos diante do magnetismo. Possuímos em graus diferentes, a "força nêurica"(fluído vital), que apresenta certa analogia com o calor, com a luz e com a eletricidade." Explica ainda a matéria que: "Todo ser vivo é um corpo elétrico, constantemente impregnado deste "princípio ativo", mas nem sempre na mesma proporção. Uns possuem mais e outros menos; esse "princípio ativo"pode ser impelido para fora por uns e atraído e reabsorvido rapidamente por outros."
Destaca o artigo que o Magnetismo está ao alcance de todos, mas não podemos esquecer que dependemos também da colaboração dos bons espíritos.
O artigo traz sete instruções para aqueles que desejam trabalhar no bendito campo das radiações magnéticas, quais sejam: 1 ? É preciso ter boa saúde; 2 ? O regime vegetariano é incontestavelmente o melhor; 3 ? Distúrbios nervosos enfraquecem e esgotam prematuramente as fontes preciosas da "irradiação vital"; 4 ? A calma é uma das qualidades mais essenciais para magnetizar; 5 ? A vontade produz uma atividade maior no cérebro e em todos os "plexus" e daí resulta uma emissão de fluído maior, melhor e mais intensa; 6 ? É preciso amar ao seu semelhante; 7 ? A incredulidade não impede a produção dos efeitos magnéticos, porém a confiança é a única que pode gerar a fé, robustecida pelo amor.
Não poderíamos deixar de destacar, no que se refere a esse tema, os ensinamentos de Kardec, quando teorizou sobre "os ramos da medicina" quais sejam, a Alopatia (Medicina Tradicional), a Homeopatia e o Magnetismo Animal. Segundo Kardec, "[??] todos os três estão igualmente na natureza, e têm sua utilidade, conforme os casos especiais, o que explica porque um tem êxito onde outro fracassa, porque seria parcialidade negar os serviços prestados pela medicina ordinária. Em nossa opinião, são três ramos da arte de cura, destinados a se suplementar e se complementar, conforme as circunstâncias, mas das quais nenhuma tem o direito de se julgar a panacéia universal do gênero humano."
A esses 3 ramos da medicina podemos acrescentar, para o efeito de uma medicina integral, os tratamentos descobertos pelo espiritismo ao revelar a existência dos espíritos: a mediunidade de cura, que é o auxílio ao doente pelos fluídos benéficos regeneradores dos bons espíritos, derramados sobre ele pelo médium.
Segundo Kardec: "[??] A prova da participação de uma inteligência oculta em casos patológicos ressalta de um fato material: são as múltiplas curas radicais obtidas, nalguns Centros Espíritas, pela evocação e doutrinação dos espíritos obsessores, sem magnetização, nem medicamentos, e, em muitas vezes, na ausência do paciente e a grande distância deste."(Kardec, 1868, pp. 329-330)
Haveria ainda um QUINTO RAMO, qual seja, a cura das doenças morais. A solução para isto, que Mesmer reconheceu não estar no alcance da ciência do magnetismo animal, encontra-se plenamente atendida na doutrina espírita, quando declara que: "A maior contribuição para a saúde humana é a educação do espírito. É a que se encerra a missão providencial do espiritismo." Em outras palavras, quando a causa da doença estiver no espírito, a cura provém da educação moral. Neste caso, deveria o médico fazer-se moralizador de seus doentes?
Kardec esclarece: [?.] sim, sem dúvida, em certos limites; é mesmo um dever, que um bom médico jamais negligencia, desde o instante que vê no estado da alma um obstáculo ao restabelecimento da saúde do corpo. O essencial é aplicar o remédio moral com tato, prudência e a propósito, conforme as circunstâncias. (Revista Espírita, 1869, p.66)
Em última instância, a verdadeira e definitiva cura física e psicológica passa pelo domínio consciente dos instintos materiais e pela formação de uma personalidade sadia por meio da ação efetiva da vontade no sentido de sua educação moral e intelectual, num despertar das forças latentes da alma.
A educação é, enfim, o mais eficaz instrumento à disposição da medicina para a cura do homem. Uma ligação íntima entre a medicina, a psicologia e a pedagogia é o elo essencial para se alcançar a cura definitiva do homem integral.
Ou seja, a verdadeira medicina é uma harmônica associação das terapias de ordem material, vitalista, mental e espiritual.