A CULTURA DA COMPETITIVIDADE

Por Benedicto Dutra | 10/12/2009 | Educação

Aqueles que raciocinam com lucidez começam a questionar os fundamentos da educação convencional propiciada às novas gerações. Em muitos países, considera-se que o sistema educacional está se desestruturando sem alcançar os resultados esperados.

A competição tem sido o grande elemento motivador das atividades humanas.Atualmente, as escolas no mundo desenvolvido estimulam a competitividade entre as pessoas, sobrecarregando os estudantes com inúmeros exercícios de pouca utilidade prática, exercendo forte pressão cerebral para o raciocínio calculista, em detrimento da parte interior do ser humano.

Somos induzidos a buscar a felicidade no consumismo. Sem compreender a transitoriedade da vida, o ser humano empenha-se prioritariamente na conquista de bens terrenos, atuando num ambiente de comparações e competição, sempre se avaliando em relação aos demais. Importa o ter, não o ser.

Na vida, as pessoas estão sendo separadas em vencedoras e perdedoras. Os que se consideram vencedores adquirem uma falsa idéia de superioridade em relação aos demais, adquirindo certa arrogância. As pessoas concentram-se em si mesmas sem considerar o que é importante para a comunidade, achando que o fim justifica os meios. Mas a epoca é outra, e agora as consequencias de atuarmos em desacordo com as leis naturais não se fazem por esperar e tudo fica tumultuado, porque nem todos estão agindo com consciência cósmica. Compartilhar e cooperar com os outros são opções que se tornam menos atrativas, prevalecendo o interesse individualista.

Os acontecimentos em geral, a desestruturação das escolas, a falta de segurança, até nas salas de aula, tornam indispensável que o ser humano da atualidade adquira uma visão geral, sem lacunas, sobre todos os tempos, do começo da humanidade até agora, para que enfim se humanize e humanize o mundo. Neste mundo, somos peregrinos em busca da evolução. Fazemos parte do povo dos seres humanos. Não temos o direito de obstar o crescimento do próximo nem de desrespeitá-lo. A existência terrena deve propiciar o surgimento do ser humano de valor.

Para isso, torna-se indispensável que o ser humano receba o adequado preparo para a vida, para que esteja apto a alcançar uma existência condigna através do ganho com o trabalho próprio, pois dessa forma haverá responsabilidade e consideração ao próximo e a esperança de alcançarmos um mundo melhor.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Atua na coordenação dos sites www.library.com.br e www.vidaeaprendizado.com.br e é autor dos livros Encontro com o Homem Sábio, Reencontro com o Homem Sábio, A Trajetória do Ser Humano na Terra e Nola – o Manuscrito que Abalou o Mundo, editados pela Editora Nobel com selo Marco Zero. E-mail: bidutra@attglobal.net

 

 

 

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