A CRIANÇA COMO PROTAGONISTA DA APRENDIZAGEM ATRAVÉS DE JOGOS E BRINCADEIRAS
Por Laura Beatriz de Arruda Rosa | 30/11/2023 | EducaçãoA CRIANÇA COMO PROTAGONISTA DA APRENDIZAGEM ATRAVÉS DE JOGOS E BRINCADEIRAS
ROSA, Laura Beatriz de Arruda¹
Resumo: O presente artigo teve como propósito investigar sobre os jogos e brincadeiras como instrumento de aprendizagem no ambiente escolar, principalmente na Educação Infantil onde o conhecimento está totalmente ligado ao desenvolvimento cognitivo da criança, partindo do pressuposto de que essas estratégias pedagógicas ajudam a contribuir na aprendizagem dos discentes. Assim, teve como objetivo geral demonstrar a importância da ludicidade na fase inicial da infância, onde a curiosidade, a criatividade e a busca por novos saberes está presente em todas as descobertas e atitudes espontâneas da criança. Para isso, utilizou-se de pesquisas baseadas na fundamentação teórica de Piaget (1978), Friedman (1996), Vygotsky (1998), Wallon (1981), dentre outros, pela qual contribuiu com as perspectivas analisadas por meio da bibliografia realizada, como base das vivências feitas dentro e fora da sala de aula, valorizando a aprendizagem e o contexto escolar da criança, que ao adquirir experiências por meio dos jogos e brincadeiras, passam a adquirir novas cognições de desempenho, onde facilita sua construção histórico-cultural. E, ao analisar a formação dos docentes como sujeitos aliados ao estímulo dos discentes, realizou-se uma reflexão sistemática sobre a necessidade de adequar-se as normas estabelecidas pelas diretrizes curriculares, onde possa garantir a ampliação da aprendizagem dos alunos. Os resultados obtidos por meio da análise permitiram a valorização da ludicidade por meio de atividades que promovam a socialização, a expressão de opiniões, a aceitação de regras e a obtenção da autonomia, dando oportunidades para a ampliação das habilidades motoras, bem como a construção do conhecimento.
Palavras-Chave: Afetividade. Aprendizagem. Brincadeiras. Criança. Jogos
Introdução: Esta pesquisa teve a intenção de refletir sobre as práticas de Jogos e brincadeiras como instrumento e aprendizagem no ambiente escolar, de forma que contribua significativamente na prática pedagógica, proporcionando aos leitores a ampliação de novos conhecimentos e possíveis ideologias sobre o assunto abordado. Fez-se necessário destacar que a escolha do tema se deu pela importância que o brincar têm nas fases de desenvolvimento pessoal e intelectual da criança, em casa e no ambiente escolar, tendo duração de longos estágios de descobertas e aprendizagens até a fase adulta, visto que ao estar em contato com os jogos e brincadeiras, a criança pode assimilar os conteúdos trabalhados em sala de aula de forma lúdica e interativa, pela qual se torna prática e prazerosa. Usou-se a metodologia da pesquisa bibliográfica, embasado nas contribuições de Piaget (1978), Friedman (1996), Vygotsky (1998), Wallon (1981), entre outros autores que fazem grandes referências sobre o desenvolvimento integral da criança, usando como principal estratégia para a compreensão e aproveitamento de alunos e docentes para o aprimoramento da aprendizagem e do conhecimento contínuo de forma interativa e prazerosa. Entretanto, acredita-se que é mediante as possibilidades de socialização que a criança pode expressar sua criatividade e ter mais aproveitamento no ensino e aprendizagem, sendo de grande utilidade como recurso pedagógico, contribuindo no desenvolvimento infantil e auxiliando-os de forma constante e significativa durante o período de desafios e descobertas ao longo da infância. O texto deste trabalho foi organizado em partes específicas para melhor aproveitamento do tema: esta como Introdução, Objetivo, Metodologia, Avaliação de resultados, Conclusão e Referências.
Objetivo: Refletir e discutir sobre as principais perspectivas teóricas que abordam o uso de jogos e brincadeiras na escola, de modo afetivo e transformador, em que a criança é vista como protagonista de sua aprendizagem, bem como a importância para seu desenvolvimento cognitivo, social e emocional a partir de uma abordagem interacionista.
Metodologia: A metodologia foi adequada a intervenção de estudos bibliográficos, de modo a revisar a literatura com auxílio de variados estudos publicados na área sobre o assunto, visto que, precisou-se ao mesmo tempo refletir sobre propósitos eventuais da atuação do docente bem como as condições utilizadas no espaço escolar para a prática pedagógica.
Avaliação dos Resultados: Para realização desta análise foi necessário compreender que a realização de jogos e brincadeiras em sala de aula ou em espaços diversificados do ambiente escolar podem trazer possibilidades de aprendizagem ao serem introduzidos como recurso pedagógico já que facilita intervenção entre professor e aluno na medida que a ludicidade se torna o principal foco do ensinar e do aprender por meio do repertório minucioso de ideias e oportunidades oferecidas às crianças. Ao nos referirmos sobre o brincar na educação infantil, principalmente quando tem relação a jogos e brincadeiras, podemos afirmar por meio dos estudos obtidos com esta pesquisa que a criança pode desenvolver novas habilidade ao estar em contato com o brinquedo e o desafio na hora do jogo, de forma que busca por explicações momentâneas que se torna agradável a busca do saber, usando a imaginação e ao mesmo tempo, possibilitando-os de seguir regras estabelecidas pela própria brincadeira. Os jogos são em geral fundamentos de exercícios de memorização e liberdade de se aventurar com os objetos e os sentidos em cada brincadeira vivenciada. A criança só precisa entender o funcionamento dos jogos e das brincadeiras pelas quais lhes são propostas para que assim possa ter o contato dominado pela imaginação e o raciocínio lógico e desafiador, pelo qual possa lhe proporcionar um contexto motivador para suas tarefas diárias, que no caso não deixa de ser a diversão, a cooperação e a alegria que a brincadeira pode lhe atribuir. Por meio da brincadeira é que a criança desenvolverá suas potencialidades e autoconfiança, está relacionado ao todo, ao passo que vai se descobrindo. O brincar faz parte da vida da criança. É brincando que ela inicia, desde a mais tenra idade, sua interação com o mundo, estabelecendo formas de comunicação, relacionamento e experimentação.
O brincar é atividade constante e natural, que estimula o aprendizado e a apreensão de valores culturais e sociais. O adulto de maneira geral vê as atividades lúdicas quando praticadas por ele como atividades de lazer e ócio e quando se trata da criança, acredita que a brincadeira tem sempre valor educativo. Nem sempre é assim. O brincar é livre. Tem valor essencial no desenvolvimento dos seres, mas é também atividade criativa, de diversão e descontração. E, ainda assim, é no brincar que a criança tem a possibilidade de desenvolver habilidades motoras, perceptivas e cognitivas. Muitos estudos com crianças sugerem que o brincar da criança requer estratégias sociais de grande complexidade. A criança não se limita a imitação do mundo adulto, elas reinventam a todo tempo, um novo mundo. Esse mundo tem um pouco do que recebe de informação e um pouco dela mesma e de seus gostos e paixões próprias. (MORAIS E PÚBLIO, p.13).
Conclusão: Este trabalho apresentou de forma relevante o quanto a metodologia utilizada como estratégias pedagógicas, através da introdução de jogos e brincadeiras é interessante e eficaz. Podemos dizer que é de suma relevância que a ludicidade se torne presente no dia a dia em sala de aula, durante as práticas de atividades principalmente na educação infantil, onde as vivências de regras para criança pequena possam trazer estímulo, potencializando o desenvolvimento integral da mesma. Ao sistematizar o consenso entre os autores investigados, um dos requisitos à potencialização do conhecimento e da aprendizagem foi aguçar o raciocínio lógico da criança e auxiliando-os na interpretação e formação de conceitos e que possam desenvolver o conhecimento, tornando-se é mais uma forma de descobrir os benefícios que os jogos e brincadeiras podem proporcionar ao aprender. Contudo, ao utilizar o jogo como recurso pedagógico e a brincadeira como estratégia, é necessário que o professor organize o planejamento antecipadamente, pensando nas possibilidades do espaço interativo, no tipo de jogo a ser trabalhado e no material a ser utilizado para execução do mesmo, visto que ao intervir no jogo, o educador deve orientar e valorizar as ideias que a criança pode ter de forma espontânea, motivando-a a não desistir ao encontrar desafios. Isso possibilitará novas alternativas de vivência aos discentes, de forma que sintam liberdade de apreciar as atividades de modo significativo e espontâneo. Foi de grande relevância analisar a influência que os jogos e brincadeiras podem fazer como instrumento de aprendizagem no ambiente escolar, pela qual ao desenvolver as habilidades motoras por meio dos desafios propostos pelo Professor e pelos colegas na hora do brincar, se tornam envolventes e estimulantes. Uma vez que a criança aprende interagindo uns com os outros e participando de forma diversificada com o grupo. Presume-se que o referido trabalho venha colaborar com a ação educativa e de forma que a criança no futuro possa ajudar na concepção de uma sociedade mais justa.
Referências.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Brincadeira, brincar, brinquedo. In: Dicionário Aurélio escolar da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 198. 105p. FRIEDMANN, Adriana. Brincar: Crescer e aprender – o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996 MORAIS, Aline; PÚBLIO, Rafael. Brincar é coisa séria! In: Brinquedos e Brincadeiras Inclusivos. IMG (Instituto Mara Gabrilli). Disponível em: http://img.org.br/images/stories/pdf/brinquedos.pdf, acesso em: 25/05/2019. PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
SANTOS, S. M. P. dos. Brinquedoteca: sucata vira brinquedo. – Porto Alegre: Artmed, 1995, p. 9 a 101.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989. VIGOTSKI, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6 ed. Rio de Janeiro: ZAHAR editores, 1998. VIGOTSKY, L. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996. WALLON, H. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007 (Coleção Psicologia e Pedagogia). https://www.webartigos.com/artigos/jogos-brinquedo-e-brincadeiras-na-educacao-infantil-sobe-o-olhar-de-piaget-vigotsky-e-wallon/127257/ ACESSO EM: 25--05-2019 https://www.pedagogia.com.br/artigos/reflexaobrincar/?pagina=0 acesso em: 25-05-2023.
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¹Professora Psicopedagoga na E.M.E.I Escola Municipal de Educação Infantil “Rosidelma Almeida Ferraz” e cursista dos Projetos Vivenciais da Formação Continuada SME - Secretaria Municipal de Educação de Primavera do Leste-MT. E-mail: lauraarruda.pva@gmail.com
Instituição: EMEI Rosidelma Almeida Ferraz. E-mail: emeirosidelma@gmail.com