A CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN E SEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Por LOURDES DAVARIZ | 25/06/2019 | Educação

RESUMO

Este artigo apresenta como é o processo de aprendizagem de uma criança com síndrome de Down, que devido sua anomalia possui memória de curto tempo e necessita de uma atenção especial e uso de materiais concretos para melhor compreensão, sendo importante dinamizar as estratégias a serem adotadas para organizar a atividade mnésica. Nos estudos de Vygotsky, o desenvolvimento da pessoa com deficiência é compreendido e investigado a partir das implicações dos aspectos socioculturais e emocionais em sua constituição. Para que ocorra a aprendizagem, faz-se necessário um processo de intervenção de forma interativa e dialógica. Uma interação fundamental, que traz benefícios na aprendizagem das crianças, devendo ser uma relação pautada no respeito e na acessibilidade. A metodologia adotada foi a bibliográfica com leitura de artigos e livros.

Palavras – chave: Síndrome de Down. Aprendizagem. Intervenção educativa.

INTRODUÇÃO

Por longos anos, partindo da antiguidade, as pessoas com deficiências sofriam o abandono e o extermínio, formando uma história de exclusão desde a Idade Média, período em que se inicia a segregação desses indivíduos. A igreja acreditava que eram constituídos por anomalias devidos os pecados e castigos que cometiam, sendo também vistos como possessões demoníacas, deixando-os em total isolamento. Atualmente, as crianças não ficam mais segregadas, frequentam escolas e aprendem, de acordo com sua capacidade e suas limitações.  

Muitos termos já foram adotados para definir deficiência, em sua maioria eram carregadas de preconceito, devido suas dificuldades em compreender e aprender Pesquisas demonstram que a motivação é muito importante, pois quando impulsionadas a realizar atividades, as crianças com síndrome de Down têm um desempenho muito bom.

2 CONHECENDO O SUJEITO COM SÍNDROME DE DOWN

Em 1959, os franceses descobriram que a síndrome de Down era um acidente genético. O termo Down vem do médico inglês John LangdonHaydon Down, que identificou a síndrome em 1866.

Conforme cita Sampedro, Blasco e Hernández (apud BAUTISTA, 1997, p. 227 – 228),

No momento da fecundação, os 46 cromossomos unem-se para a formação da nova célula, e a criança normal recebe 23 pares específicos de cromossomas, existindo, em cada para um cromossoma materno e um paterno. O óvulo fecundado com esta única célula cresce por divisão celular; os cromossomas idênticos separam-se no ponto de estrangulação, e cada um deles integra uma nova célula. Assim, as células formadas mantêm os 46 cromossomas de forma constante até a formação completa de embrião. Convém assinalar que durante a gravidez não há nada que contribua para o aparecimento desta anomalia.

Esta alteração cromossômica modifica o desenvolvimento do corpo e do cérebro, produzindo mudanças físicas e cognitivas, o que justifica o diagnóstico da deficiência intelectual. Moreira, El-Hani e Gusmão (2000, apud CORRÊA, 2017, p. 28),

[...] observaram registros na literatura sobre sujeitos com síndrome de Down apresentando desenvolvimento intelectual limítrofe ou mesmo normal e destacam que, ao longo dos anos, “[...] as habilidades intelectuais do Down têm sido historicamente subestimadas”. Os autores registraram que estudos mais atuais demonstram que a maioria das pessoas com síndrome de Down apresenta deficiência mental[1] entre leve e moderada e que a melhor capacidade desses sujeitos resulta de um conjunto de fatores, entre eles condições genéticas e ambientais

O diagnóstico da síndrome de Down pode ser feito logo após o nascimento, considerando as características peculiares à síndrome. A confirmação é feita pelo exame do cariótipo por meio do sangue do bebê realizado em laboratórios de genética. [...]

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