A Cor do Medo

Por Jôsie Duarte Guimarães | 08/03/2016 | Arte

A COR DO MEDO, DIREÇÃO DE ARTE  EM FILMES DE TERROR

 

DUARTE GUIMARÃES, Jôsie

Universidade Estácio de Sá

RESUMO

            Este trabalho discorre sobre a importância da cor em produções cinematográficas, em específico, filmes de terror, e faz uma análise da estética utilizada por diretores de arte. Além da compreensão da cor como componente determinante do medo, busca-se a percepção dos significados que pode transmitir, tanto isolado como combinados com outros elementos de cena. Toda  informação que compõe o cenário contribui na intensidade do suspense e do medo de um filme de terror, um dos elementos determinantes para a construção da narrativa do medo é a cor. Para enfatizar a importância da cor  em um filme de terror, faz-se uma analogia entre “O Exorcista” de 1973 e “O Exorcismo de Emily Rose” de 2006 com base nas tendências e referências de seus respectivos diretores de arte, Bill Malley e Sandi Tanaka, e dessa forma demonstrar a escolha das cores que causam medo nas cenas. Busca por meio de pesquisa bibliográfica enfatizar a cor como elemento determinante no sentido das ações do filme.

Palavras-chave: Cinema, Cor, Terror, Cenários 

INTRODUÇÃO

            Diferente das outras produções cinematograficas o gênero terror tem a intenção de assustar e causar horror através de diversas manifestações de estranheza. Em geral, as ficções de terror exploram os grandes medos da sociedade.

Segundo Oliveira (2005, p. 52), após o término da produção, “[...] a imagem passa a falar por si mesma, independentemente do que seu autor tenha desejado dizer.” A linguagem, composta por todos os elementos, como planos, cores, iluminação, forma de trabalhar os objetos e personagens, etc., guia e concretiza a narrativa fílmica.

            O diretor de arte de filme de terror planeja as cenas acrescentando estímulos causadores de medo, um dos elementos mais poderosos do cinema é a cor. A paleta de cores de uma produção determina a intensidade da cena.  O terror nem sempre é representado pelo vermelho sangue, o uso correto das cores é essencial para a criação do clima e ambiente da cena, sendo a ferramenta mais poderosa de comunicação não verbal.

            A cor no cinema começou a ser utilizada tão intensamente que foram retratando os sentimentos e as personalidades dos personagens pela cor. (BUNGARTEN, 2004).

            Discorrer sobre composição cromática seria impossível sem citar os diretores de arte que o fazem, nesse artigo em especifico Bill Malley, único diretor de arte de filme de terror com indicação para o Oscar e Sandi Tanaka.

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