A CONTROVÉRSIA DIGITAL NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM – REALIDADE DE MUITAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS EM MOÇAMBIQUE

Por Jausse Elias Camuacossa | 04/09/2018 | Educação

INTRODUCAO

O presente ensaio que sustenta o tema “ A controvérsia digital no processo de ensino e aprendizagem – realidade de muitas escolas secundárias em Moçambique” visa reflectir de uma forma critica e passiva sobre os conflitos entre gerações no âmbito educacional entre os nativos digitais e os imigrantes digitais.

A crescente onda de globalização e profundas mudanças curriculares que tem vindo a ocorrer no campo da educação no nosso país a todos os níveis de ensino, está impactando seriamente o PEA, levando os seus intervenientes (Professores, Estudantes, Gestores, entre outros) a adoptarem novos métodos na mediação dos conteúdos, servindo-se da multimídia para alcançar seus objectivos primários que é de potenciar os jovens num sentido técnico profissional, em suma ensinando-os a saber fazer; uma das competências básicas no presente modelo de ensino e aprendizagem.

As novas tecnologias e seu uso eficaz e orientado na aprendizagem constituí um grande desafio para a maioria de estudantes em nossos estabelecimentos de ensino, desde o primário ao universitário, devido a falta desses recursos em suas actividades diárias sendo que muitos dos estudantes aprendem a usa-los por pressão e na execução de tarefas que tem de apresentar para avaliação. Outro factor é devido as condições socioeconómicas das famílias de origem dos próprios estudantes nas zonas rurais, já para a realidade das zonas urbanas os professores que constituem a camada dos imigrantes digitais, devem estar a altura de conseguirem falar a mesma linguagem digital dos seus alunos pois estes por serem a maioria nativos digitais já dominam a linguagem dos computadores, vídeo games, redes sociais entre outras aplicações digitais.

 CONCLUSÕES

Trabalhar nesse ensaio foi frutífero pois ajudou a entender melhor a distinção entre os nativos digitais e imigrantes digitais e ficou sublinhado que a idade do indivíduo não é razão pela qual pode-se determinar se tal individuo é nativo ou imigrante digital. Mas tudo depende do meio social em que o indivíduo está inserido.

Partindo dessa conclusão na nossa realidade moçambicana temos duas situações a acontecer: a primeira acontece nas escolas localizadas nas zonas urbanas onde o nível de conhecimento e uso das tecnologias digitais é mais comum entre os alunos e os professores garantindo a aprimoracão dos conteúdos leccionados, trabalhos de pesquisa, jogos interactivos entre outras possibilidades oferecidas pelas tecnologias digitais. Nesse meio urbano, tanto o nativo bem como o imigrante digital todos aprendem e se atualizam sobre as novas versões de dispositivos digitais que vão sendo divulgados pelas mídias e outros utentes. A segunda acontece nas escolas das zonas rurais onde os recursos deixam a desejar e é constrangedor para o professor e para o aluno, e vem outra problemática comum em muitas escolas até as das zonas urbanas que é o racio aluno por cada computador. Uma vez que em cada escola secundaria pode talvez ter uma só sala de informática para um grande número de alunos, tornando assim a formação desse aluno superficial e não motivador. Nesse ambiente rural o professor age como um nativo digital, mesmo não o sendo, pois, muitos alunos que vivem nesse meio tem pouco ou quase nenhum contacto com as tecnologias digitais de informação e comunicação; suas atividades se resumem apenas em impressões de trabalhos e copias.

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