A contribuição do lúdico no processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil

Por Mariana Ramalho Dantas | 16/09/2016 | Educação

RESUMO

O presente estudo pretendeu fazer uma análise da contribuição de inserir atividades lúdicas no cotidiano escolar da educação infantil nas series de Jardim II e Alfabetização a faixa etária das crianças é de 05 e 06 anos.

O objetivo geral desta pesquisa constituiu-se em demonstrar a importância da ludicidade da educação infantil como facilitadora da aprendizagem. Apresentando as possibilidades para a inserção dessa metodologia no planejamento escolar.

Fez-se o uso de referências como Piaget (1998), Vygotsky (1984), Kishimoto (2002), Negrine (1994) Antunes (1998) e entre outros, que buscaram através de pesquisas a importância da ludicidade no recinto escolar.

As atividades desenvolvidas com as crianças foram a construção de brinquedos com materiais recicláveis, confecções de murais, boliche, mimicas, teatro, ciranda e outros. Para falar das datas comemorativas é interessante realizar um bom dia temático que envolva todos os educadores e educandos da Educação Infantil. O ato de inserir os jogos e brincadeiras no cotidiano escolar conduz a imaginação, criatividade, socialização e outros.

  1. INTRODUÇÃO

Ao inserir os jogos na educação infantil possibilita uma educação eficaz onde desperta a curiosidade, a interação, o desempenho ao mesmo instante promove a diversão dos mesmo. O lúdico auxilia na assimilação do ensino-aprendizagem das crianças estimulando o interesse do aluno nas atividades propostas pelo educador. Esse estudo trata sobre as contribuições do Lúdico na educação infantil.

Inserir jogos e brincadeiras nas habilidades escolar é fundamental para evitar uma aversão dos educandos no recinto ou na disciplina. Os jogos e as brincadeiras despertam a curiosidade dos estudantes em aprender. Contudo, os jogos não podem ser vistos apenas como uma diversão, mas como um mecanismo facilitador do ensino-aprendizagem.

 Tem como objetivo demonstrar a importância da ludicidade da educação infantil como facilitadora da aprendizagem. Apresentando as possibilidades para a inserção dessa metodologia no planejamento escolar. A pesquisa coloca-se, também como objetivos específicos, os seguintes pontos: demonstrar a importância do lúdico na educação infantil, incentivar os docentes a inserir jogos e brincadeiras no planejamento, como auxilio para o ensino-aprendizagem, apresentar os resultados que os jogos e as brincadeiras trazem para a formação de cidadãos.

É a partir da primeira infância que são estabelecidos os pilares fundamentais para o desenvolvimento físico, psicossocial e intelectual. Partindo dessas premissas originou-se a seguinte indagação: Como o lúdico contribui para superar as dificuldades da aprendizagem e a interação das crianças a partir da educação infantil?

Ao inserir atividades lúdicas no dia a dia escolar reduzirá a postura interdisciplinar, um desafio para os docentes atualmente, a inserção dessa metodologia favorece para uma relação harmônica entre o educador e o educando, tornando a disciplina atraente e os resultados da participação serão homogêneo. O lúdico é fundamental para a aquisição de conhecimento contribuindo para que as crianças aprenda a se expressar, a lhe dar com suas próprias emoções, e descobrindo seus limites.

No decorrer da pesquisa foram observadas as contribuições de inserir jogos e brincadeiras no cotidiano escolar para o desenvolvimento ético, social, cognitivo e afetivo da criança. De acordo com Soares,

(...) o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos e mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade e satisfação pelo que faz, dando, portanto, real valor e atenção às atividades vivenciadas naquele instante (SOARES, p. 3).

Fez-se o uso de referências como Piaget (1998), Vygotsky (1984), Kishimoto (2002), Negrine (1994) Antunes (1998) e entre outros, que buscaram através de pesquisas a importância da ludicidade no recinto escolar que, facilitará a interligação do conhecimento cientifico e do empírico. O procedimento metodológico da pesquisa e de caráter qualitativa que permite ao pesquisador uma interação com a situação investigada. O tempo estimado para a elaboração desse projeto será de três meses, no qual estará dividido em dois períodos cada um deles com 45 dias para o desenvolvimento das atividades em classe, no pátio ou na quadra.

O lúdico é uma ferramenta importante no desenvolvimento da criança, uma vez que ela poderá interagir com o que está a sua volta. É necessário enfatizar que a ludicidade não é uma diversão mas, uma contribuição na aprendizagem principalmente na educação infantil. Nessa ótica percebe-se que através da brincadeira está sendo explorado da criança o esforço físico e mental, que contribuirá no desenvolvimento intelectual no qual será possível observar a maneira como eles compreenderam o jogo e o relacionamento com os outros colegas.

Em alguns casos o educando temem em inserir os jogos e brincadeiras no planejamento para não sofrer alguma repressão dos pais ou da instituição escolar. Vale ressaltar que o mesmo deve ser audacioso o trabalho será árduo mas, os resultados são positivos e gratificante. “na brincadeira somos exatamente quem somos e, ao mesmo tempo, todas as possibilidades de ser estão nela contidas. Ao brincar exercemos o direito à diferença e a sermos aceitos mesmo diferentes ou aceitos por isso mesmo” (FORTUNA, 2008, pág. 465)

A avaliação da pesquisa será por meio da observação, da participação dos estudantes nas brincadeiras e nas atividades e registros realizados pelo educador. Demonstrando a contribuição da avaliação formativa para os bons resultados. Na avaliação é fundamental utilizar diferentes mecanismo que estimulem a responsabilidade, a criticidade e a autonomia de cada criança, valorizando cada uma das suas habilidades alcançadas peles mesmo e ensinando-lhes a superar os obstáculos que surgirão no desenvolvimento da atividade.

A importância do lúdico está nas possibilidades de aproximação da criança ao saber cientifico através de atividades dinâmicas que proporcionam um conhecimento prévio dos conteúdos sociais e culturais.

Os jogos e as brincadeiras promovem o estimulo da imaginação, o desenvolvimento da oralidade, da criatividade, da afetividade, da concentração e da criatividade. Desse modo fica nítido o potencial do lúdico para a educação independente da faixa etária ou série.

  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As crianças estão sendo monopolizadas de desenvolver de habilidades criativas para atender as demandas do atual sistema econômico onde estão sendo preparados desde da infância para saber lhe dar com as disparidades da sociedade hodierna. Entretanto, algumas ideias lúdicas são abortadas dos planejamentos em alguns casos ocorrem por que o docente não se sente seguro para inserir tais atividades no cotidiano escolar da criança ou ainda existem aqueles que tem atrelam as atividades lúdicas como sinônimo de brincadeira em outras situações o ambiente escolar hoje em dia estão centrados na aprendizagem exigida nos conteúdos curriculares. Com o crescimento da escolarização tornou-se necessário padronizar os conhecimentos ensinados de modo que possam assistir as exigências dos conteúdos ministrados. Entretanto o currículo não é somente norteado de conteúdos existem outros fatores como ressalta (HORNBURG e SILVA, 2007), as questões de propostas nas instâncias escolares envolvem relações de classes sociais, raciais, étnicas e de gênero. Ambas não devem se restringir apenas a uma temática de conteúdo, mas estabelecer diálogos sem tabus acerca de cada uma destas temáticas de modo que sejam respeitadas as diversas opiniões que irão surgir.

Na esteira dessa afirmativa (VEIGA, 2002, p.7), discorre:

Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito.

Para Sacristán (2000), o currículo é uma cultura, emanada num modelo coerente de pensar sobre a educação ou aprendizes das crianças e dos jovens. O mesmo é um norte que promove diálogo entre alunos e professores possibilitando uma gama de trocas de saberes científicos e experiência de vida assim não ocorrerá a descontextualização de modo que ambos estão unidos num mesmo significado. Martins (2004), afirma que no currículo descontextualizado a educação continua sendo enviada tendo como respaldo o pretexto da educação universal, onde os docentes perguntam a si mesmo o porquê destes enunciados e termos muitas vezes nem utilizados pelos alunos, mas continuam transmitindo uma vez que serão exigidos pela ementa que devem ser trabalhados. Faz-se necessário trabalhar os conteúdos selecionados nos currículos, mas de modo que ambos estejam próximos da realidade de cada região.

Nesse sentido observa-se o currículo como norte político-pedagógico no qual constroem e reconstroem novo saberes. Conforme Veiga (2002, p. 7) afirma, “a análise e a compreensão do processo de produção do conhecimento escolar ampliam a compreensão sobre as questões curriculares”. Vale ressalta que organização curricular ocorre fragmentada, onde cada disciplina ensina o que considera de mais relevante dentro do conteúdo lecionado.

A partir dessas premissas alguns autores apontam para a possibilidade dos currículos não serem organizados de modo fragmentado, demonstrando a necessidade de abranger as diversas áreas de conhecimento levando em consideração os saberes locais e científicos. Vale abarcar que este desejo encontra-se ainda segregado nos currículos escolares. "[...] a cultura popular representa não só um contraditório terreno de luta, mas também um importante espaço pedagógico onde são levantadas relevantes questões sobre os elementos que organizam a base da subjetividade e da experiência do aluno." (MOREIRA e SILVA, 2002:96). Em alguns casos essa postura de não inserir tais atividades no dia a dia da criança acaba gerando atitudes indisciplinares.

É necessária uma relação dialógica entre aluno e professor almejando uma relação harmoniosa entre ambos. De acordo com essas premissas Freire (2001), afirma que:

Não devemos chamar o povo à escola para receber instruções, postulados, receitas, ameaças, repreensões e punições. Mas para participar coletivamente da construção de um saber, que vai além do saber de pura experiência feito, que leve em conta as suas necessidades e o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe transformar-se em sujeito de sua própria história.

[...]

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