A contribuição do Engenheiro de Produção no Mercado Financeiro

Título do trabalho: A contribuição do Engenheiro de Produção no Mercado Financeiro.

Autores: Alex Sisdelli Costa; Jordaliel Bonfim Fechis

Titulação: Ambos com graduação em andamento.

Cargo: Ambos são bancários.

Instituição de Ensino Superior: Faculdade São Luís de Jaboticabal - SP

Departamento; áreas de interesse: Engenharia de Produção

Endereço para correspondência: Rua Benedito Paro, nº 25, Jardim Botânico, Pitangueiras/SP, CEP 14750-000

E-mail: alexsisdeli@hotmail.com; jordaliel@hotmail.com       

Telefone: Alex (16)99380-7570; Jordaliel (16)99621-1042

Tipo de publicação: Artigo Original

Financiamentos: Não houve financiamentos para elaboração do artigo.

Resumo 

O engenheiro de produção vem sendo cada vez mais utilizado no mercado financeiro nacional, devido sua base analítica de situações e de dados, estatísticas e noções matemáticas. Neste contexto, nota-se uma grande procura por esse profissional abrindo mais uma opção em um leque amplo que é o da engenharia de produção. Tendo isto por base, o presente artigo tem como questão norteadora: A inserção do engenheiro de produção no mercado financeiro. Desta forma adotou-se como objetivo investigar sobre o engenheiro de produção no mercado financeiro, a fim de verificar, no contexto discutido aqui, quais as características este profissional pode agregar ao mercado e como utilizar seus conhecimentos a fim de contribuir para a evolução das organizações. Para isso, adotou-se a metodologia de revisão bibliográfica. Como resultados, verificou-se que, o engenheiro de produção pode contribuir positivamente por ser um profissional com características de adaptações às mudanças de mercado, habilidades de análise, familiaridade com matemática e estatística aplicada, adaptação e aderência de novas tecnologias e habilidades de gestão, além do fato de possuir conhecimentos e habilidades com ferramentas típicas de melhoria contínua, que tem apresentado resultados significativos para as instituições financeiras. 

Palavras-chave: Engenharia de produção, mercado financeiro, melhoria contínua.

1 – INTRODUÇÃO 

O Engenheiro de produção é um dos profissionais mais multifuncionais do mercado. Segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Produção: 

Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia. Compete à Engenharia de Produção, ainda, especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto de engenharia (ABEPRO, 2006). 

Podendo atuar em diversas áreas do mercado de trabalho, os engenheiros, conseguem mais mobilidade por conta de sua base técnica em matemática e nas teorias multidisciplinares que tem em sua grade curricular. Neste contexto, pode-se compreender que não há apenas as indústrias para a atuação do profissional.

Ao longo dos anos houve-se uma grande migração dos engenheiros de produção para o mercado financeiro, grande parte devido aos altos salários e grandes projeções de carreira. Além disso, o mercado financeiro brasileiro tem passado por crescentes evoluções e as habilidades técnicas dos engenheiros foram bem aceitas. Segundo BRITO (2009, pg 31), o mercado financeiro brasileiro apresenta produtos complexos e intenso uso de tecnologia, se tornando referência nos mercados emergentes e até desenvolvidos.

Os engenheiros de produção, utilizando sua linguagem técnica matemática, análises gráficas, entendimento de mercado e inovação, vem ganhando um campo ainda pouco conhecido pelos engenheiros, mas com muita demanda e constante evolução.

Ante ao exposto, o presente artigo tem como questão norteadora: A inserção do engenheiro de produção no mercado financeiro. Desta forma adotou-se como objetivo investigar sobre a atuação do engenheiro de produção no mercado financeiro, a fim de verificar, no contexto discutido aqui, quais as características este profissional pode agregar ao mercado e como utilizar seus conhecimentos com a finalidade de contribuir para a evolução das organizações. Para isso, adotou-se a metodologia de revisão bibliográfica de artigos que versam sobre o tema.

2 – O MERCADO FINANCEIRO

Dando início ao desenvolvimento deste artigo, se faz necessário conceituar o mercado financeiro. Denomina-se mercado financeiro como todo o ambiente que envolve as operações de compra e venda de ativos financeiros, tais como valores mobiliários, mercadorias e câmbio. Considera-se todo o ecossistema que envolve as operações de investimentos financeiros. Ele pode ser um mercado amplo, onde diversos produtos são comercializados, ou um mercado especializado, onde apenas uma mercadoria é negociada (REZENDE, 2019). O mercado financeiro se divide em quatro mercados, conforme vemos a seguir: 

Mercado de capitais – É uma forma de distribuição de valores mobiliários que tem como objetivo gerar liquidez aos títulos emitidos pelas instituições e viabilizar o seu processo de capitalização. Ou seja, objetivo é direcionar os recursos financeiros da sociedade para o comércio, a indústria e outras atividades econômicas, remunerando melhor o investidor. Ele é formado pela Bolsa de Valores, corretoras de valores e instituições financeiras autorizadas, como, por exemplo, gestoras de ativos. A Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, tem a função de disciplinar, fiscalizar e desenvolver este mercado (CAVALCANTI; YOSHIO, 2001). 

Mercado de crédito – Fazem parte deste segmento diversas instituições financeiras e não financeiras que prestam serviços de intermediação de recursos de curto, médio e longo prazo para agentes deficitários que necessitam de recursos. É o segmento onde ocorrem operações de empréstimo, arrendamento e financiamento (REZENDE, 2019). 

Mercado de câmbio – Define-se como o mercado que envolve a negociação de moedas estrangeiras e pessoas com interesse em movimentar essas moedas. No Brasil, as operações de câmbio não podem ser praticadas livremente e devem ser conduzidas através de um estabelecimento bancário autorizado a operar em câmbio (FORTUNA, 2008). 

Mercado monetário – É definido como o mercado onde se concentram as operações para controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto e curtíssimo prazo, com finalidade de zela e garantir a liquidez da economia. É formado pelas entidades ou órgãos financeiros que negociam títulos ou valores, concedendo empréstimos a empresas ou particulares em curto prazo, em troca do pagamento de juros (REZENDE, 2019). [...]