A CONTRIBUIÇÃO DA ARTE NA EDUCAÇÃO

Por Maira de Mello | 13/05/2019 | Arte

RESUMO

O presente artigo é uma pesquisa bibliográfica, baseado nas Diretrizes Curriculares da Educação do Paraná em Artes e no livro Ensino de Artes. Com objetivo de demonstrar a importância da Arte no currículo escolar desde as Séries Iniciais do Ensino Fundamental já que a mesma está intimamente ligada a vários aspectos da educação formal e não formal. No processo educativo a arte é veículo de expressão do pensar e do sentir e cabe aos educadores explorá-la de maneira adequada tirando o melhor proveito para o ensino no dia a dia. A guisa da conclusão entende-se que a educação em artes favorece a aprendizagem em todos os sentidos para os alunos proporcionando desenvolvimento integral e para os docentes que sentem que através da motivação e sensibilidade é mais fácil atingir os objetivos da escola seja no currículo ou na preparação para a vida.

INTRODUÇÃO

A Contribuição da Arte na Educação cumpre seu papel na medida em que educadores se dedicam a levar o educando a entender efetivamente o papel da arte na sua vida fora e dentro da escola.

O presente estudo demonstra que a educação brasileira tem passado por diversas adaptações curriculares para tornar a arte disciplina obrigatória, demonstrando aos educadores e a sociedade a importância da sensibilização causada pela mesma seja no contexto histórico cultural e ou no cotidiano contemporâneo.

As Diretrizes Curriculares do Paraná em Artes, consoante com estudos e pesquisas regulares e ações federais tem tornado a disciplina de Artes mais clara e objetiva aos educadores que aos poucos se motivam a enriquecerem os conteúdos relacionados.

A arte está presente na vida escolar desde a educação infantil, cabe à equipe técnica pedagógica tirarem proveito de tudo o que ela pode proporcionar para enriquecimento do conhecimento. Valores éticos e estéticos são construídos desde a mais tenra idade e podem ser levados por toda a vida nas mais diversas situações.

Esclarece-se em vários pontos que o valor atribuído a visão artística de cada indivíduo pode colaborar até mesmo para determinação do caráter e personalidade da pessoa.

Ao entender a linguagem estética do mundo, o ser humano se mune respeito e compreensão ao próximo e as mais diversas situações vivenciadas.

Este trabalho está dividido em: O Ensino da Arte no Currículo Escolar;A Educação em Arte; A Contribuição da Arte para a Produção Ativa do Conhecimento e as Considerações Finais.

Educar criticamente é essencial no caminho que vai do reconhecer a realidade ao transformá-la.

1 REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 O ENSINO DA ARTE NO CURRÍCULO ESCOLAR

Os alunos que as Escolas atendem advêm de diversas classes sociais, de variadas regiões com diferentes etnias, e o currículo deverá abranger a todos sem distinção sendo veiculado em forma de conteúdos disciplinares.

Como documento o Currículo deve ser produto de amplo debate, discussões, que tenham envolvido professores, alunos, porém sem a participação ativa dos mesmos. Muitas vezes imposto, elaborados por terceiros sem a participação dos interessados. O currículo como pratica é uma nova proposta que dá ênfase a novos saberes tratando o conhecimento escolar com diferentes olhares.

O Currículo Básico para Ensino de 1º Grau publicado em 1990 e o Documento de Reestruturação do Ensino de 2o grau da Escola Pública do Paraná, publicado em seguida, foram elaborados a partir da pedagogia históricos critica onde o ensino da arte era baseado na humanização dos sentidos, pelo saber estético e trabalho artístico.

Proposta substituída mais tarde pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de 1997 a 1999, fundamentados pela proposta de Ana Mae Barbosa (Metodologia Triangular) [1] onde o planejamento curricular dos PCN sugeria que fosse centrado no trabalho com temas e projetos, o que relegava a segundo plano os conteúdos específicos da arte.

Os PCNs foram muito questionados devido à falta da participação efetiva dos professores na elaboração o que muitas vezes fazia com o tema não estivesse dentro da realidade da sala de aula. Ainda se levantou discussão acerca de que os mesmos foram escritos e distribuídos antes da elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) que, segundo a LDB n. 9394/96, deveriam ser a base legal para a formulação dos PCN.

A partir de 2003, houve mudanças significativas um processo de prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais.

Processo válido onde o professor é o principal sujeito, onde há pesquisa constante de sua disciplina, reflexão da pratica e registro das práxis. Ainda concebem amplo sentido dos conhecimentos em todas as suas dimensões e valorizam o ensino da Arte com amplo material didático e acesso a equipamentos e recursos tecnológicos. Ainda valorizando o Profissional especifico da disciplina diversificando sua formação e estimulando a estudos e pesquisas.

A Arte tratada como concepção leva o professor a rever sua prática para ressignificar o conteúdo e estabelecer vínculos entre os conteúdos e o cotidiano.

Através da metodologia aplicada em sala de aula pretende-se levar o aluno a entender o pensamento artístico, estimular e expandir sua capacidade de criação e desenvolver atitudes e pensamentos críticos.

Mais do que entender a História da Arte e necessário traduzir essa história transportando-a para a atualidade, para o dia-a-dia, efetivando desta forma o processo de ensino e aprendizagem é necessário ainda levar em conta a formação sociocultural, política e religiosa do aluno. Exercendo a função social que a arte pode desempenhar também.

De acordo com Paraná, (1992, p. 149) é fundamental considerar as influências sociais, políticas e econômicas sobre as relações entre os Homens e destes com os objetos, para compreender a relatividade do valor estético, as diversas funções que a Arte tem cumprido ao longo da história, bem como o modo de organização das sociedades.

Novas maneiras de ver e de ouvir não são apenas resultado de aperfeiçoamentos ou refinamentos na percepção sensorial, mas também uma decorrência de novas realidades sociais (...) o ritmo, o barulho e o tempo das grandes cidades estimulam novos modos de ver e ouvir; um camponês enxerga uma paisagem de maneira diversa da de um homem da cidade, e assim por diante (FISCHER, 2002, p.170).

As Diretrizes para o Ensino de Artes apontam para os professores novas maneiras de levar o aluno a apropriar-se do conhecimento, de produzir novas formas de interpretar tanto o mundo artístico quanto seu próprio mundo. E ainda propiciar ao aluno acesso ao conhecimento sistematizado em arte.

Reconhecem-se avanços significativos, porém não se pode acomodar-se e entende-se que reflexões e ações voltadas à compreensão da Arte como campo de conhecimento ainda se fazem necessárias. [...]

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