A Conotação Sexual do Negro Brasileiro
Por José Nunez | 09/04/2010 | LiteraturaA Conotação Sexual do Negro Brasileiro
Antes de tudo sou obrigado a dizem que sou um mulato à maneira Lima Barreto e Machadiana de ser mulato, para que depois eu possa falar do negro e da conotação sexual que existe na sociedade deste a escravidão, e que é conservado até os dias atuais até mesmo pelo negro.
Os estereótipos centenários ao qual o negro está ligado e enraizado não deveria ser motivo de orgulho para ninguém, está caracterizações a qual o negro ao longo da historia vem sendo estigmatizado tem o poder de conservá-lo na mesma condição de qualquer negro escravos São muitos os estigmas, porém o mais preocupando está relacionado à sexualidade e o sexo, esse olhar sexual sobre o negro e a negra é uma prisão histórica de nossa era colonial e da escravidão no Brasil, de um tempo em que as negras eram objetos sexuais dos senhores de engenho e de seus filhos, e os negros homens eram desejados pelas mulheres brancas pelo seu vigor físico e pela sua falta de civilidade e moralidade, a maneira branca e cristão, que os permitiam práticas e desempenho sexuais que para o homem branco e cristão era tabu. A relação sexual com a escrava, certamente era muito mais prazerosa, para o senhor dono de escravos, que a relação sexual com sua esposa, isso é fácil de explicar conhecendo as depravações sexuais humanas, a relação de poder nela envolvida e a distância que há entre sexo, moral e sentimentos. A mulata que rebola e o negro de membro sexual anormal não deve ser orgulho para ninguém, essas caracterizações e essas palavras de conotação sexual é uma máquina de inferiorizar mulheres e homens negros, e reduzi-los no imaginário social a objetos sexuais, deixá-los onde deste a escravidão foram colocados, entre os excluídos e inferiores. Infelizmente o carnaval é a máquina mais poderosa que existe para reduzir mulatas ao seu rebolado e a conotação sexual de sua cor.
Com certa informalidade quero dizer de um filme, comédia, em que a personagem pede que seu marido a “ pegue feito negão” parece inofensiva essa cena, porem ela é mais do que o suficiente para demonstrar a conotação sexual, o divertimento e a função de objeto sexual na qual o negro e a palavra negão estão sobrecarregadas.
Qualquer referência ao negro está sempre associada à cultura religiosas carregadas de preconceitos, a trabalhos desvalorizados e brutais, a violência de todo o tipo, a crimes e as exclusões de todo tipo, quando há alguma referência que aparentemente é valorizada, essa valorização vem acompanhada de estigmas, estereótipos que prende o negro a uma incapacidade e a caricatura grotesca de seu comportamento, cultura e historia.
Para se ter certeza de que essa conotação sexual da qual o negro é vitima é de fato uma máquina de exclusão basta observar que o poder, a parcela da sociedade que tem todos os seus direitos assegurados e a elite, são dominados por indivíduos que a eles não são atribuídas nem uma conotação sexual e estereótipos. O poder, os direitos e a elite são para pessoas que detém os conhecimentos superiores, a intelectualidade e as ciências que constroem a sociedade em qualquer parte do mundo. A cultura negra está reduzida a colaboração cultural, permitida por quem está no poder, a entretenimento e diversão e lucro de quem está no poder, herança cultural manipulada e usada ao gosto consumista e capitalista, ou seja, produto descaracterizado nas mãos do poder.
Eu não votaria em um negro para a presidência da republica só porque ele possui um membro sexual enorme, eu também não votaria em uma mulata com um requebrado entorpecedor, mas eu votaria em um negro e em uma negra maravilhosamente intelectualizados a maneira casal OBAMA, eles são de nos orgulhar.
Porque não valorizamos nosso grande poeta Cruz e Souza, Machado de Assis, com mulato, Lima Barreto etc. Porque não valorizamos a intelectualidade de Martin Luther king, a sabedoria de Mandela.
A valorização da beleza física no negro é reflexo dos preconceitos por eles sofridos e ainda reflexo da conotação sexual da qual o negro é vítima deste a escravidão, essa comportamento e essa auto-afirmação é fruto de um olhar inferiorizado sobre si mesmo, como se essa fosse a única maneira do negro ser valorizado pela sociedade, mesmo que essa valorização sexual os conserva entre os excluídos e sem civilidade. Como se não bastasse agora há uma valorização de elementos que são resultados de nossa exclusão, como é o caso das favelas e dos costumes resultados de nossa falta de conhecimento e caos social.
A conservação da cultura também pode ser a conservação de nossa exclusão e miséria, conservação permitido sinicamente pelo poder que reprime.( do Poema Apartheid Sem Cor)
J.Nunez O IMPARCIALISMO