A confiança e a felicidade do cristão. Morte e a certeza da vida eterna
Por Marco Bahia Duarte | 20/03/2013 | BíbliaA confiança e felicidade do cristão. Morte e a certeza da vida eterna
Concordamos com o salmo 16 em que o salmista Davi, afirmou não existir tesouro mais valioso do que um relacionamento pessoal com Deus (vv.2,5). Com o Senhor Deus como seu refúgio, Davi reconhecia que a sepultura não rouba a vida dos cristãos. Ele disse, “… não deixarás minha alma na morte…” (v. 10). Ninguém que conhece O Senhor Jesus como SEU ÚNICO, EXCLUSIVO E SUFICIENTE Salvador será abandonado na morte.
Pela morte e ressurreição do Senhor Jesus, também ressuscitaremos um dia (Atos 2:25-28 )
25 - Porque dele disse Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, Porque está à minha direita, para que eu não seja abalado;
26 - Por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; E ainda a minha carne há de repousar em esperança;
27 - Pois não deixarás a minha alma no inferno, Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção;
28 - fizeste-me conhecer os caminhos da vida; encher-me-ás de alegria na tua presença. (1 Coríntios 15:20-23) :
20 - Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.
21 - Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.
22 - Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.
23 - Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.
E descobriremos que “… na tua [Deus] destra, [há] delícias perpetuamente” (Salmo 16:11).
Deus é o nosso tesouro neste momento, e com Ele na eternidade haverá delícias perpetuamente.
Às vezes quando o Deus infinito transmite Seus pensamentos ao homem finito, o resultado é o mistério. Por exemplo, há um versículo profundo no livro de Salmos que parece apresentar mais perguntas do que respostas. “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos.” Sal. 116:15. Perguntamo-nos: mas como? Vendo as coisas com os olhos terrenos, é difícil deixar os nossos parentes partirem quando chega a hora de ir desta terra para o céu. É difícil para nós perceber o que é “precioso” no fato de um ente querido nosso morrer, perder para sempre uma pessoa amada. Contudo, começamos a desvendar o mistério quando consideramos que o precioso para o Senhor Deus não está restrito às bênçãos terrenas. Este versículo que acabamos de citar, examina a perspectiva do ponto de vista do paraíso. Por exemplo, sabemos através do Salmo 139:16 que diz “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram inscritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles havia ainda.” É do nosso saber e conhecimento que todos nós temos um curso de vida divinamente pré-determinado. Deus estabeleceu o tempo que ELE planeja nos chamar para a casa. Então sabemos que a chegada ao lar celestial é esperada. Deus fica aguardando a nossa chegada a qual é preciosa aos seus olhos. Portanto, vamos pensar nisto: imagine a alegria do nosso Deus e Pai quando ele dá as boas vindas aos seus filhos e vê o seu completo êxtase por estarem face a face com o Seu Filho. Vejamos o que diz o evangelista João em 17:24 “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.” Quando a morte chega aos seguidores do Senhor Jesus Cristo, Deus abre os seus braços para acolher esta pessoa em Sua presença. Mesmo em meio as nossas lágrimas, podemos perceber como a morte dos cristãos é preciosa aos olhos de Deus. O pôr do sol numa terra é o nascer do sol em outra. Quando o apóstolo Paulo viu que a morte estava próxima, encorajou-se pelo que o aguardava no paraíso: “já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quanto amam a sua vinda.” 2 Tim.4:8. Não importa onde os cristãos estão na jornada da vida, seu destino final é conforme diz Filipenses 1:23 “Ora de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” Isto deveria nos dar a confiança para enfrentar os desafios da vida e nos confortar, quando outros cristãos nos deixam para ir ao glorioso lar que o Senhor Jesus Cristo nos preparou. A maior alegria da vida é a firme esperança da eternidade ao lado do Senhor Jesus.
A experiência nos diz que as pessoas não retornam dos túmulos. Em meio à nossa desolação, quando a morte nos aflige, está a terrível certeza de que nesta vida, não veremos mais os nossos entes queridos. Participamos de funerais para honrar a memória deles e ficamos de luto pela nossa perda, mas não esperamos ser cumprimentados em nossa porta pela pessoa que morreu. Com isso, não deveria nos surpreender o fato de os discípulos de Jesus ficarem relutantes em crer que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Seguindo o testemunho das mulheres que haviam visto um anjo, um túmulo vazio e o próprio Jesus (Mateus 28:1-10), “... os onze discípulos foram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes designara. E quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram” (Mat. 28:16-17). Dentre os que eram mais próximos ao Senhor e tinham ouvido os Seus ensinamentos notáveis e testemunhado os Seus poderosos milagres, alguns duvidaram que o Senhor Jesus de fato estivesse vivo novamente. Mas as dúvidas honestas dos discípulos logo se transformaram em alegria e esperança ao aceitarem a realidade de seu Senhor ressurreto.
Quais as nossa dúvidas a respeito do Senhor Jesus, hoje? A nossa experiência nos diz que nossos erros do passado, as lutas do presente e as perspectivas para o futuro não podem ser modificadas?
Com as lembranças renovadas na Páscoa, confiemos que Ele pode fazer todas as coisas.
Ao observarmos o salmo 16 do verso 1 ao 16 verificaremos que o versíc. 1 é uma oração. Uma invocação ao Senhor e também um apelo pedindo socorro. No restante do salmo, Davi discorre sobre seu testemunho de confiança no Senhor. Diante disso, a oração inicial de Davi é sustentada por dois ciclos de testemunho.
I - Oração introdutória de Davi (16:1)
II - Testemunho de Davi (16:2 a 11)
A - Seu testemunho de comunhão (16:2 a 4)
1 - Dimensão divina da comunhão (16:2)
2 - Dimensão humana da comunhão (16:3 e 4 )
B - Seu testemunho de confiança (16: 5 a 11)
1 - As dimensões de seu passado e presente (16: 5 a 8).
2 - As dimensões de seu presente e futuro (16: 9 a 11).
TÍTULO: HINO DE DAVI. No original e em algumas traduções, Mictão de Davi.
Mictão é uma notação musical. É uma palavra hebraica que aparece no cabeçalho de seis salmos atribuídos a Davi (Salmos 16 e 56 a 60). Este termo pode simplesmente significar que os salmos são inscrições dos episódios que relatam. Apesar de muitas conjecturas; essa designação permanece obscura.
Prosseguindo no Salmo 16 vejamos o versículo 1 – Guarda – me . Pedido frequente feito pelo salmista para que Deus o proteja. Conferir Sal. 17:8A “Guarda-me como a menina dos olhos.” Expressão que se refere à pupila dos olhos humano. Do mesmo modo que uma pessoa protege este órgão vital da visão, assim Deus protege o seu povo; Sal. 140:4 “Guarda – me Senhor das mãos dos ímpios, preserva-me do homem violento”. A ênfase do pedido é por proteção contra ser capturado. Sal. 141:9 “Guarda-me dos laços que me armaram e das armadilhas dos que praticam iniquidade”. Aqui o pedido é para que seja liberto dos planos malignos.
Verificando o versíc. 2 – “Digo ao Senhor. Algumas versões trazem, A minha alma disse ao Senhor, outro bem não possuo, senão a ti somente”. Isto é o mesmo que dizer: O meu bem estar depende totalmente do Senhor.
O versíc. 3 fala dos santos; que literalmente significa aqueles que foram separados. O povo eleito de Deus.
No versíc. 4 o salmista diz que não se envolverá com falsos deuses ou com povos que o adorem. O perigo de adorar a outros deuses era um perigo sempre presente em Israel. O salmista enfatizou aqui que os poderes atribuídos aos deuses pagãos pertenciam, realmente ao Senhor, o Deus verdadeiro criador do céu, da terra, de tudo.
Quanto aos versículos 5 e 6 , Esses versos usam metáforas do Antigo Test. Para descrever a bênção de Deus. Porção, cálice e sorte são três metáforas que descrevem a vida como um presente de Deus. Uma vida segura e agradável.
O salmista referiu ao seu âmago, literalmente nos seguintes versos: 7,9 e 10. Meus rins no versíc. 7 (na versão corrigida). Meu coração em outras versões e Meu espírito ou minha glória; também a minha carne ou meu corpo no versíc. 9. Já no versíc. 10 ele cita a Minha alma. Estes termos representam a pessoa como um todo, portanto, é melhor considerar Meu espírito como se referindo a maneira distinta na qual o homem foi criado a imagem de Deus, isto é, com sua inteligência e capacidade para falar.
A frase “não deixarás a minha alma na morte” refere-se ao livramento da ameaça imediata da morte. As palavras do versíc. 10 expressam a confiança de Davi e demonstram também que o Senhor Deus falou profeticamente da ressurreição do Senhor Jesus Cristo por meio de Davi. São palavras aplicadas messianicamente à ressurreição do Senhor Jesus Cristo, pelo apóstolo Paulo e Pedro. Por Pedro em Atos 2:25 a 28. Vejamos estes versículos já lidos anteriormente: 25 - Porque dele fala Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado;
26 - por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; e, além disso, a minha carne há de repousar em esperança;
27 - pois não deixarás a minha alma no hades, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção;
28 - fizeste-me conhecer os caminhos da vida; encher-me-ás de alegria na tua presença.
E também pelo apóstolo Paulo em Atos 13:35 “pelo que ainda em outro salmo diz: Não permitirás que o teu Santo veja a corrupção”.
CONCLUSÃO: A confiança, a felicidade do cristão e a certeza da vida eterna estão fundamentadas e alicerçadas unicamente no Senhor Jesus Cristo.
Marco Bahia Duarte – mbahiad@gmail.com