A Compra de Votos

Por Francisco Costa | 10/08/2009 | Política

RESUMO

Sempre pensei em levar ao conhecimento do leitor, sobretudo do eleitor, algo que esclarecesse mais, sobre a prática corriqueira e ilícita que é a compra de votos em ano de eleições em nosso País. Quero aproveitar para informar sobre o tamanho da ignorância do eleitor quando pratica este ato, por ser crime previsto me lei, por está contribuindo com a corrupção e por está abrindo mão dos seus direitos em troca da prática de um crime.

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Quem vende o voto é tão criminoso quanto quem compra e que por este motivo devem ser punidos. Quero lembrar ainda, que por um simples capricho ou egoísmo podemos prejudicar nosso município, o estado ou o País. E que devemos preservar nossos direitos de cidadãos cumprindo nossos deveres.
Em ano de eleição já se sabe o que os candidatos aos cargos eletivos são capazes de fazer para conquistar atenção, a confiança e o voto dos eleitores, além de pousarem de bonzinhos em suas campanhas publicitárias na televisão ou nos palanques, falando e se apresentando em defesa dos mais fracos e dos mais humildes; ainda fazem uso do clientelismo, o que chamamos de troca de favores; quando na verdade o povo acaba recebendo em troca do seu voto, o que de direito já deveria ser seu; em nosso país, as eleições acontecem de dois em dois anos, sendo que, num ano acontece à eleição para os cargos de vereadores e prefeitos e dois anos depois acontecem às eleições para os cargos de deputados estaduais e federais, para os cargos de governadores, senadores e presidente da república; estes eleitos e empossados passarão a nos representar perante o poder executivo e legislativo, seja na esfera municipal, estadual ou federal. É como se passássemos uma procuração outorgando poderes para decidirem sobre nossas vidas, ou seja, sobre nossa saúde, nosso trabalho, nossos salários, a educação dos nos filhos, entre outros. Neste período há um jogo muito sujo de acusações, cada um que quer ser melhor que o outro e quer conhecer melhor os problemas da pobreza, prometendo soluções; o que gera uma confusão na cabeça do eleitor, principalmente daquele que tem menos instrução, chegando ao ponto de não entender quem está falando a verdade, por não saber analisar os fatos sobre o que há de concreto e de bom na história e na vida de cada candidato. Vale lembrar que uma pessoa capaz de confundir a mente do eleitor com mentiras e compra de votos não será um bom representante do povo, pois, se já tenta se eleger dentro da ilegalidade imagine o que vai fazer quando estiver eleito e assumindo seu cargo. O voto nada mais é, do que o exercício da cidadania, ou uma maneira eficiente de soberania popular, as pessoas precisam ter consciência e o conhecimento tanto dos seus direitos, como dos seus deveres previstos na Constituição federal de 05 de outubro de 1988, não podem continuar ignorando que as leis devem ser cumpridas e que aplicadas devem funcionar para nos favorecer, desde que sejamos cumpridores dos nossos deveres, e, é por falta de consciência ou por ganância, no caso daqueles eleitores mais instruídos, que acabam contribuindo com a corrupção política e se envolvendo em venda de votos, o que é crime e atentado contra a democracia e contra a administração pública, outros de maior conhecimento negociam seus votos em troca de cargos, empregos, casas, material de construção, serviços de saúde, entre outros. Assim, a democracia na prática deixa de existir e cresce a na política a prática do enriquecimento ilegal, pois os políticos querem se manter no poder a vida inteira e a qualquer custo, ignorando a vontade do povo, e para isto, gastam milhões além do permitido e do necessário se tudo ocorresse de acordo com a lei e para se manterem comprometem até os mandatos futuros, estão sempre pensando em pagar os débitos da campanha passada e já de olho na eleição seguinte. O eleitor oportunista ou de pouco conhecimento tenta justificar a venda do voto, alegando que quando os políticos assumem seus cargos, nada fazem por eles e que o povo só é lembrado em época de eleição e com estes fracos argumentos, trocam seus direitos como serviços públicos de qualidade em saúde, educação, assistência social, segurança, entre outros, por algo que recebem de imediato e que logo se acaba. A venda do voto, ou a captação ilícita de sufrágio, como é chamada na linguagem da justiça, constitui crime eleitoral, previsto no art. 299 do código eleitor, e quem compra ou vende voto pode ser punido com até quatro anos de prisão e multa e para os políticos a punição é a perca de mandato previsto na lei das eleições Nº 9054/2007, art. 41 ?A. Esta prática só faz piorar a situação de vida do povo, pois os governantes não levam mais a sério as questões sérias do povo e do país, pensam apenas em desviar recursos para pagar os gastos de suas campanhas e se tornar cada vez mais ricos e poderosos, já que o dinheiro é quem manda. O pior de tudo isto é que o numero de eleitores que pratica este crime, está aumentando de forma assustadora e a justificativa é sempre a mesma. Se o eleitor parasse pra pensar, o quanto ele é criminoso e egoísta, vendendo seu voto por quase nada, pensando só naquele momento e só nele próprio, o mal que ele causa, quantas pessoas prejudica com sua prática criminosa. Eu até concordo que é difícil confiar em palavra de políticos e que lá poucos estão preocupados m cumprir com sua missão de forma descente e legal, mas, não podemos generalizar devemos buscar as exceções que existe sim, e se não corresponder as nossas expectativas, em outra eleição já se vota noutro, o que já seria uma punição para ele. Diante do exposto, pergunto: Como fazer depois de eleito, se o político precisa comprar votos? Claro que vai tirar o dinheiro que gastou do que devia ser empregado em benefício do povo, uma vez que a prática é ilegal, não existindo recurso financeiro para esta finalidade e assim, os serviços públicos ficam a desejar, como a gente fala no popular são feitos apenas alinhavos.
Precisamos avaliar os planos e os projetos dos candidatos para nossa cidade, nosso estado e para nossa região, devemos cobrar deles ética, justiça e transparência.
Em nosso país, temos obrigação de votar, mas, a democracia nos dar o direito de escolha, governa uma nação num estado democrático, quem o povo quer, pois é através do voto escolhemos os escolhemos. Por isto, não vale a pena abrir mão deste direito, a democracia, é uma das formas de governo mais bonita do mundo, devemos preservá-la sem máculas, como cidadão devemos votar pensando sempre no coletivo, pensando sempre no melhor para nosso município, estado, país; pois, melhorando para o coletivo, melhora pra cada um também, assim, entendemos que não vale a pena a prática criminosa da venda do voto, por em nada contribuir para melhorar a vida do povo, por apenas favorecer a corrupção. E afirmo que este não é o caminho certo para reivindicar nossos direitos, que já são garantidos por lei. Se mudarmos esta prática, até as paixões partidárias vamos esquecer, os próprios políticos vão sentir a necessidade de repensar sua prática, sob penas de não serem mais eleitos ou serem cassados, nós vamos está cumprindo nossos deveres e cobrando nossos direitos, preservando a democracia e nossa cidadania, num estado democrático de direito.