A CASA DA MINHA AVÓ
Por Maria José de Azevedo Araujo | 07/09/2010 | PoesiasA CASA DA MINHA AVÓ
Acordar de manhã e renascer para a vida.
Ah... Cama gostosa...
Cama alcoviteira das minhas artes,
Da minha emoção,
E o meu companheiro, meu ombro amigo,
Traz café na cama.
Cheiro bom impregnando o vazio da minha alma.
Cheiro de carinho, de atenção de cuidados.
Lembranças da casa da minha avó...
O café sempre na terrina...
Mesa simples e farta,
Cadeiras pesadas, fortes, toscas,
Minha avó,
Pirão na mesa,
Não pode ser pouco...
Tem que ser muito, prá ficar forte,
Pobreza dividida com os seus,
Alimentos multiplicados por Deus.
Um pouco do quase nada para todos que se aproximavam.
Minha avó Anita,
Cheia de carinho...
Cheia de atenção...
Cozinha com fogão de lenha,
Carnes salgadas dependuradas,
Minha avó lembra abraço macio,
Aconchego e afago.
A casa da minha avó tinha quintal,
Espaço das brincadeiras,
Brincadeiras da minha infância
A casa da minha avó era o lugar ideal,
Para assistir a novela "O Direito de Nascer" com Mamãe Dolores e torcer por Albertinho Limonta...
Lugar ideal para ser muito, muito, muito feliz.