A Carta de Pero Vas de Caminha

Por Paulo Roberto Cavalcante Morey | 26/09/2013 | Literatura

                                               

                                            

                                             A Carta de Pero Vas de Caminha

 
           Pero Vaz de caminha relata que assim como o capitão da frota e os outros capitães das outras frotas, escreverão a Alteza informando sobre a nova terra e comprometendo a escrever apenas o que via acontecer, ele relata que a partida por Belém foi a uma segunda feita, 09 de março passando entre Canárias, olharam as ilhas de Cabo Verde. Ao amanhecer de uma segunda-feira, se perderam da frota Vasco com sua nau, sem existir tempos fortes o capitão fez o possível para achar, mas não conseguiu
            Tentou então refazer seu caminho até que no dia 21 de abril, terça-feira de oitavas de páscoa, eles toparam com alguns sinais de terra, enxergaram ervas cumpridas que deram o nome de Botelho e na quarta do dia seguinte encontraram aves, que passaram a chamar de fura-buchos. Nisso surgiu à primeira vista de que tinha pessoas habitando naquela terra, com pequenos navios chegaram a terra e avistaram sete ou oito homens.

            Retornaram e vieram com o capitão-mor e os outros capitães, assim vieram e chegaram à boca do rio viram que era mais de vinte homens, como dia na carta “eram pardos, nus, sem coisa alguma lhe cobrisse sua vergonha. Nas mãos traziam suas setas. ’’ Eles não se entendiam muito bem, mas os homens eram pacíficos e doaram algumas vestimentas decorativas.

            “Na noite seguinte ventavam muito forte chuva e isso fez com que os portugueses escolhessem um abrigo mais seguro, eis que encontraram na costa:” um recife com um porto dentro, muito bom e seguro Adiante da carta, Pero Vaz de Caminha escreve que levara para os barcos dois destes homens, com seus arcos e flechas. Fizeram uma festa, e todos começaram a reparar nos costumes destes dois, com beiços de baixo furados e metidos neles ossos, sem atrapalhar a fala ou comer e beber. Eles não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao capitão. O mais relevante foi de um deles apontar para a terra e depois para o colar do capitão, que era de ouro. Repetiu o mesmo gesto ao ver o castiçal de prata, isso dava a entender que a terra possuía essas riquezas.

            Sábado pela manhã, ancoraram e deixaram ir os dois homens com alguns pertences “contos e camisas” juntamente com seu arco e flechas, junto com os dois foi também Afonso Ribeiro, um mancebo degredado para lá andar com eles e poder saber do seu viver e suas maneiras como se fosse um espião.

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